MARIA BONITA, MULHER CORAGEM, COMPANHEIRA DE LAMPIÃO
Visitante nº
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
A PRESIDENTE DILMA E AS GREVES
MARIA BONITA, MULHER CORAGEM, COMPANHEIRA DE LAMPIÃO
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
MINISTRO MANTEGA E A MANTEIGA DERRETIDA
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
JUÍZO FINAL
O MUNDO É UMA PERDIÇÃO
O desejo de partir, se dependesse dele mesmo, não tinha, mas as circunstâncias lhe obrigavam. Fez nenhém com Verônica. A moça mais bonita do lugar, para complicar era de menor. O juiz de Direito, Dr. Lauro Pacheco , não perdoava: " ou casa ou vai para a cadeia." Pensava Dionísio:: " Nem cadeia, nem casamento, tenho que fugir, enquanto há tempo. " Seu João e dona Ingracinha dormiam, ainda cansados da feira de Simão Dias, que era no sábado. Tinha ambos ido a pé e voltado também da cidade.
A Feirinha da Rola sem luz, a claridade, naquele tempo , era do candeeiro, do lampião e da luz da lua. Que atraso! Mas o governador Sergipe era de Simão Dias, Dr. Sebastião Celso de Carvalho.
A notícia se espalhou na Feirinha da Rola, Verônica era uma moça perdida. Zé Malaquias, fofoqueiro de primeira linha, campeão da notícia de boca e boca , foi o maior responsável pela divulgação.
A beata Severina, virgem de corpo e alma, aconselhava as moças do lugar:
- Não ande com Verônica , pois é uma mulher perdida.
E as meninas daquele tempo, 1964, cumpria rigorosamente a recomendação da come hóstia.
Verônica chorava e o pai Anastácio:
- Cachorra, safada, bandida. Você ou casa ou vai para o cabaré do Bico-da-asa.
Verônica até pensou em se matar, mas lembrou de dona Lourdes, uma professora aposentada e religiosa:
- Minha filha, tudo tem seu tempo, diz as Escrituras. No momento de agonia, é preciso muita calma!
Verdade seja dita, Verônica não se arrependeu um tiquinho, até gostou de ter perdido o cabaço para o fugitivo. Medo tinha de ser lançada no olho da rua, de ficar com as pobres putas do cabaré do Bico-da-Asa.
Dionísio tinha 19 anos. Experiência com mulher nenhuma. Foi Verônica a primeira mulher que o sujeito papou. Quando menino transou com uma jega e também com uma bezerra. A bestialidade foi justicada em nome do tabu sexual da época. Coisa tão comum no interior do Nordeste Brasileiro.
Dionísio veio da Feirinha da Rola até Simão Dias a pé. Carro só milagre de santo macho. A sorte estava do lado de Dionísio, quando chegou na cidade dos capa-bodes, a marinete ia partir para Aracaju. O sujeito entrou no ônibus e conseguiu um lugar na janela. E lá ia Dionísio remoendo recordações, a queda do cavalo aos 8 anos, o chamego com os animais, o primeiro dia na escola.
o banho no rio. O primeiro prazer no banheiro. Tinha a impressão que ouvia de seu pai:
- Acorda, moleque, passarinho que não deve nada a ninguém já se acordou.
E o menino acordava para ir tirar o leite da vaca malhada.
Em São Paulo, os primeiros dias, dormiu na rodoviária, depois conseguiu uma vaga na pensão de dona Maria da Paz, uma viúva portuguesa, sem nenhum filho.
Anacreto, ajudante-de-ordem da pousada foi assassinado e dona Maria da Paz convidou Dionísio para trabalhar na pousada.
A velha Maria da Paz dizia aos hóspedes:
- Que tinha Dionísio como filho.
Só que todos sabiam , que Dionísio e Maria da Paz adormeciam na mesma cama.
Maria da Paz morreu do coração , mas deixou um testamento que favoreceu Dionísio.
Depois de 40 anos , Dionísio retornou à terra natal. Visitou a cova de seu pai e de sua mãe. Soube que Verônica passou uns dias no cabaré do Bico-da-Asa. Mas o cabo Jesus da polícia militar a levou como mulher. Tiveram três filhos: Anita e Silvia, professoras e André, oficial da polícia militar da Bahia.
Dionísio casou com a cearense Josefina. Do relacionamento, nasceram 4 filhas: Lindete, Josicleide, Maria e Dulcineia. Nenhuma casou, todas elas se tornaram mães solteiras. Duas netas de Dionísio: Sara e Cláudia engravidaram aos 13 anos. Dolores foi ser freira e Ana se amigou com Sandra.
E Dionísio sempre a dizer:
" O MUNDO É UMA PERDIÇÃO."
terça-feira, 23 de novembro de 2010
DÍVIDAS NOSSAS DE CADA DIA
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
MORTE E VIDA NO ASSALTO
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
PEQUENO SER
Escrevemos este pequeno poema:
PEQUENO SER
Não festejem a desgraça
Do animal menino!
Criança, planta e animal são graças,
Indague ao Divino?
Que desatino!
Vi vermes que devoravam a carne
Do pequeno ser!
Ai, meu Deus! Jogado no pasto
Malditos maus vaqueiros!
O animal rinchava de dor e desespero!
Qual pobre menino
Abandonado ao relento.
E os desgraçados ainda riam festeiros!
Cedo ou tarde, chegará o dia,
Virá a resposta do divino,
Que bom o justo castigo!
Ó gente má, de agonia!
Morreu um inocente sem abrigo!
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
VALADARES E DÉDA E A UNIVERSIDADE DE SIMÃO DIAS-SE
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
DÉDA E A MORTE DA ÁRVORE
Um livro indicado para crianças e adultos.
Meu filho, Marcos Vítor, de 8 anos, já leu.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
GUERRA ENTRE SERRA X DILMA
O prêmio para cada menino era o ingresso grátis.
Lá ia o Palhaço pelas ruas de Simão Dias-SE e nós, meninos no cortejo.
O palhaço:
- Hoje tem espetáculo?
Os meninos:
-Tem sim, senhor!
- Nove horas da noite?
- Tem sim, senhor!
Hoje vai haver um debate na tevê Globo entre os candidatos à presidência do Brasil, JOSÉ SERRA, um paulista; e Dilma Rousseff, uma mineira.
Isto me faz lembrar o tempo de criança:
Onde o palhaço indagava e os meninos respondiam.
O palhaço de circo prometia aos meninos e cumpria, dando os ingressos.
Logo mais à noite começa o espetáculo: GUERRA DE ACUSAÇÕES, PROMESSAS, UM COLOCANDO DEFEITO NO OUTRO.
Quem melhor representar conquistar votos no domingo 31 de outubro.
O palhaço, apesar de risonho, brincalhão, não enganava as crianças.
Depois do poder, será que o presidente ou a presidenta eleita vai enganar o povo?
E, nesta hora, o povo é palhaço ou menino?
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
ANJO OU DEMÔNIO NA PRESIDÊNCIA DO BRASIL
Domingo, dia 31 de outubro, o povo brasileiro vai escolher entre o homem, José Serra, ou a mulher, Dilma Rousseff, o presidente do Brasil. Um ou outro será o presidente. É pena que o polvo que acertou o campeão da copa do mundo, morreu.
Ainda bem, que a campanha não partiu para a baixaria: "VOCÊ, DILMA, É OBESA; VOCÊ SERRA, É MAGRICELA." Mas a campanha de ambos é do salve-se quem puder, guerra de defeitos. De um lado, a turma de Dilma diz: "Serra vai privatizar a Petrobrás, já a gente de Serra fala: "Dilma já privatizou o pré-sal a empresas estrangeiras.
A campanha de Presidente do Brasil transformou-se em Torre de Babel, uma confusão danada, ninguém se entende.
Segundo Jung: " Em cada um de nós existe um outro que não conhecemos. Ele dirige a nós em sonhos e conta como ele nos vê de modo diverso daquele que nós nos vemos." O que se vislumbra é que todo ser humano possui um anjo.
A italiana Paola Giovetti escreveu um bom livro ANJOS. O obra cita vários casos, provando a existência do Anjo.
Há sempre o outro, quando se trata do mundo político, este outro não é o anjo, mas dona perfídia.
Quando o sujeito chega ao poder, a promessa é jogada no rio Tiête ou no Rio São Francisco.
Nos anos trinta, havia a política CAFÉ COM LEITE, ou era escolhido como presidente do Brasil, um paulista ou um mineiro. Getúlio Vargas deu um Golpe, ele era gaúcho.
Dilma é mineira; Serra é paulista. Tomara que no futuro não haja a política Café com Leite. O Nordeste já foi preterido, nem o vice de Serra é nordestino, nem o de Dilma.
A campanha de Presidente não é de anjos. Todo ser humano possui defeitos. Na alma humana, o perfeito não existe.
Se houver a incorporação do Polvo Paul, ele bem poderia demonstrar quem vencerá domingo, por enquanto é só esperar.
domingo, 24 de outubro de 2010
SANGUE NO LENÇOL
A professora Tânia encontra-se neste momento em Madrid. Saudações cordiais, Osvaldo Abreu
Até que poderia chamá-la de perdida,
Dama-da-noite, estrela solitária,
Sem exagerar diria: mulher de minha vida!
Não vou buscar tal caminho...
A tua perturbação deixou mágoa!
Noite inteira, tu sempre em meu lençol...
Magricela, a morder meu corpo!
No instante, só tu ao meu lado.
Aí, houve metamorfose,
Virei assassino, cometi pecado!
'Inda bem que a notícia não chegou ao jornal,
Crime passional!
Mas veio o advogado
No Tribunal do Júri
E gritou: Legítima Defesa.
Salvei-me!
Assassinei uma magricela,
Pernas de cambito,
Dei um grito
De alivio,
Não vou me esconder,
O Júri em seu veredicto
Ofertou a sentença: Absolvido.
Matei um inseto,
Bandida, descarada, safada,
Perturbou-me noite inteira,
Deixando profundas marcas,
Também o corpo ficou ferido.
Agora me sinto bem melhor,
Assassinei , afinal, uma muriçoça,
Sangue no meu lençol.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
BOCA VIRGEM
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
MARINA E PILATOS
Confesso que marinei e marinaria , caso Marina Silva fosse para o segundo turno.
A melhor proposta dos candidatos era a de Marina.
Além de eleitor de Marina, tornei-me um fã, daquela moça que fala macio, tão magrinha, que não aguenta uma ventania soprada em qualquer parte do Brasil. Todavia, a professora Marina é uma guerreira. Alfabetizou-se quando tinha 16 anos.
Competente senadora que não se curvou aos grandes.
Fico cá torcendo que Marina Silva não lave as mãos, dizendo que não apóia nenhum um, nem a outra.
É preciso embutir as propostas do Partido Verde no Projeto de quem ela apoiar para presidente do país verde-amarelo.
O verde tem que escolher ou José Serra ou Dilma Rousseff. A omissão é coisa de Pilatos que sacrificou o grande mestre Jesus.
Marina, não podemos demolir a sua estátua.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
REVELAÇÃO DO CASAMENTO
- Dulcinha, se Abelardo souber quem você é no íntimo, lhe deixa na porta da Igreja.
Respondia ela:
- Minha mãe , os homens são abestalhados, da mulher autêntica eles fogem como o diabo corre da cruz.
Dona Beatriz:
- Dulcinha, é melhor ser autêntica, dizer o que pensa, pois depois que a máscara cai, não há como levantar, isso, minha filha, eu tenho muitos exemplos, é por isso, que hoje em dia, o casamento não dá certo!
Dulcinha casou com Abelardo, o casamento não durou seis meses.
Nas brigas do casal, dizia Abelardo:
- Pensei que estava casando com uma mulher decente, casei com uma víbora.
Os xingamentos eram de ambos.
E dona Beatriz:
- Minha filha, seu pai era raparigueiro, safado, sem-vergonha, mas nunca passei na cara. Via nele sempre as virtudes. Hoje , estou viúva, vivemos por mais de 50 anos.
Ele elogiava sempre a minha comida.
Para sobreviver ao casamento é preciso ver as virtudes e não os defeitos. Elogiar faz bem.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
A INDESEJADA MORTE
O choro é estampado no semblante. Quase ninguém está preparado para a morte.
A morte iguala todos sem discriminação. Todos irão ao mesmo caminho da sepultura. Não há privilégio nem do pobre, nem do rico.
Escrevemos um poema a INDESEJADA MORTE:
NÃO LAMENTES A PARTIDA DERRADEIRA,
JÁ FOI,
FOI A HORA DA DESCIDA NA LADEIRA.
BOA HORA INEXISTE!
NÃO FIQUES TRISTE!
VOA A FLOR,
VOA A FOLHA,
VOA AO VENTO.
NADA CHEGA ANTES,
É O TRISTE INSTANTE.
NÃO HÁ A MÁ SORTE!
TODOS SEGUIRÃO O CAMINHO
DA INDEJADA MORTE...
domingo, 5 de setembro de 2010
A PUTA E A SANTA
A PUTA E A SANTA
Poema de Osvaldo Abreu
Gotas de orvalho
Caídas duma planta,
Ilude!
No vermelho do lençol,
Nenhum homem deseja a santa,
Almeja a puta!
Bem melhor!
E na luta entre uma e a outra,
A mulher vai ao hospício,
Enlouquece, fica louca!
Aí vem o conflito,
Coisa de mulher:
"Sou a santa
Ou sou a puta."
E, quando se é totalmente a santa,
O homem viaja
E vai buscar tantas...
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
O ESTUPRO E O SUICÍDIO DE ZEFINHA
sábado, 21 de agosto de 2010
VIDA E SOLIDÃO
Estás só,
Por favor, não queiras dó!
A nota musical é sol:
Sol nascente
Sol ao entardecer.
O sol não morreu!
Vê o encanto do arrebol...
O sol adormeceu!
Noutro dia vem melhor!
Tu és sol,
Luz e vida.
Não chores, querida,
Não lamentes o adeus.
A primavera chegou,
Uma flor nasceu.
Tu suspiras,
Possuis alento!
Contratempo?
Coisa da vida...
Viva, viva, viva!
Fugiu aquele instante,
Viver sempre o momento.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
FORÇA NACIONAL E EXÉRCITO EM SERGIPE
Não tome como surpresa, nas eleições do pequeno Estado de Sergipe, a chegada da Força Nacional e também a presença do Exército, afinal o desembargador Luiz Mendonça, que sofrera um atentado de morte na quarta-feira, é o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE).
Embora muitos acreditem que não seja um crime político, prevenir é bem melhor.
Quem viver verá a presença da Força Nacional e do Exército!
Surpresa é a ausência!
domingo, 15 de agosto de 2010
O SUICIDA E O ANJO DO SENHOR
-
sábado, 14 de agosto de 2010
BUENO DOMINGO
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
O CABARÉ DO BICO-DA-ASA
terça-feira, 10 de agosto de 2010
TRAÍDOS E TRAIDORES
A traição é inerente à alma humana. Seu cavalo, seu gato, seu cão - eles não traem. A mulher sempre com medo da traição do marido. O medo da traição persiste no dia a dia de uma fêmea. O grande Nélson Rodrigues, torcedor do meu Fluminense, já se foi, mas continua eterno, escreveu a peça teatral : "Perdoe-me por mim traíres." Alguém outro dia disse:
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
VOCÊ ESTÁ VIVO
Ainda há tempo de você modificar a sua vida,
Você está vivo!
Por mais que seja sua vida sofrida,
Ainda há tempo,
Você está vivo!
Só não há solução para quem já morreu!
Você está vivo!
Para ler um livro,
Plantar uma árvore,
Brincar com o seu filho,
Você está vivo!
Para ver o sol nascer
Quem sabe à tarde
Contemplar o arrebol,
Dormida do Sol.
Você está vivo!
Para não se entregar,
Para não se render.
Acomoda-se é morrer!
Você está vivo!
Para modificar a sua vida,
Há um Deus dentro de você,
Há um anjo de luz.
A depressão é instantânea,
O surto vai embora,
Sorria!
A via vai melhorar
Por favor, não chora!
Você está vivo!
É tempo de modificar!
Você está vivo!
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
A JEGA DE MANEZINHO
terça-feira, 3 de agosto de 2010
CARTA DE UM PAI NORDESTINO
Cheguei em Buenos Aires às três horas da manhã. Se fosse por aí numa cidade do Nordeste brasileiro provavelmente um galo cantaria num quintal qualquer. Aqui nenhum nordestino canta de galo, fica igual pinto pelado tremendo de frio. Ainda ontem o termômetro marcou quatro graus na madrugada. O homem da televisão falou que daqui para sábado o termômetro vai atingir quatro graus negativos.
Quem pensou que os argentinos só beijavam uns aos outros no futebol, se enganou. Aqui o beijo é comum entre os homens. Se inventarem tal tradição em nosso Nordeste de cabra macho! Imagine nos anos 30, Lampião beijando seus companheiros - cangaceiros. O que poderia dizer Maria Bonita?
Nas ruas de Buenos Aires, casais dançam o tango para turista. Os de bom coração ofertam uma moeda. O peso é o dinheiro da Argentina. O nosso real vale mais do que o peso. Um real vale dois pesos. Aí está nossa vingança: o peso, houve um tempo, valia mais do que o nosso real. A coisa mudou!
Aqui sempre a gente vê as passeatas de protesto.
O argentino quase não come feijão. Não venha fazer inveja lembrando de nosso cuscuz, nossa farinha, nossa carne-de-sol.
Meu filho, ainda hoje o professor de Direito Internacional mostrou um mapa do Brasil e lá estava o pequeno Estado de Sergipe, o maior lugar do mundo para bem viver.
Meu filho, quase que eu ia esquecendo do voo até Buenos Aires. Como sempre a turbulência, esse treme-treme do avião , é nesta hora que o cabra valente também treme.
Uma saudade danada de nosso sol, de nossas praias, do bate-papo com os amigos.
Não é à toa que o poeta já dizia: " que o nosso céu possui mais estrelas."
sábado, 31 de julho de 2010
BOTECO DO FERREIRO CAFÉ
Estou de malas prontas, o boteco do Ferreiro bem parece com os bares de Buenos Aires: um bom vinho, um bom chopp.
Hoje fui ao Boteco do Ferreiro Café e escrevi um poema:
BOTECO DO FERREIRO CAFÉ
No boteco do Ferreiro Café,
A vida corre mais relaxada!
Um bom vinho!
Que tal um chopp?
Grita o gentleman Luís.
A moça bonita passa,
Exalando o seu perfume francês.
Sem querer,
A gente torna-se freguês.
Um conversa aqui,
Outro papo acolá,
Conversa de boteco
É mais proveitosa!
Chega o poeta;
O funcionário público;
Vem o empresário;
Em riso, o poítico;
Não se pode olvidar o povo.
E a moça bonita?
Enriquece o ambiente!
A vida torna-se diferente...
Pra que pressa de chegar...
A conversa varre a madrugada.
O boteco do Ferreiro Café
Que chamego!
Que cafuné!
Tudo vai longamente,
A noite criança
Brinca madrugada.
Ao se olhar o relógio,
Raiou o amanhecer, nova jornada.
Onde se encontra o cantor cearense Belchior? E aquela letra da música que dizia: "fOI COM MEDO DE AVIÃO QUE EU SEGUREI PELA PRIMEIRA VEZ EM SUA MÃO."
Na copa de 1998, na França, o Brasil, naquele tempo, também fracassou. Viajei a Paris. Nossa turma não conseguiu assistir nenhum jogo ao vivo, não conseguimos ingressos. Na hora turbulência, lembrei do cantor cearense, ao meu lado uma mulher que não possuía mãos.
Voltamos ao Brasil sem lenço, com o documento passaporte perguntando: quando vai voltar? Não mais retornei à França. Tenho que mudar de assunto. Que bom! Chegou a inspiração de um poema:
A RUA SOL
A rua Sol habita o vento.
De quando em tempo,
Voa uma folhinha de papel.
Um menino barriga de verme
Brinca de esconde-esconde.
A rua Sol foi recanto de prostituta,
A lua sempre fazia clarão,
A estrela brihava na terra
Não mais que a do céu.
Do alto, descia o firmamento.
A rua Sol foi de movimento,
Foi de contentamento.
Pobre rua,
Encontra-se só.
Tão sozinha, tão solitária.
Um pássaro voando,
Carecendo duma galha,
Pra fazer um pouso.
A rua Sol, moço,
É a rua da nossa vida,
Uma lágrima escondida,
No mar, um barco sozinho,
Um passarinho voando
Em busca de abrigo, ninho.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
DÉDA E JOÃO NA PROCISSÃO
sexta-feira, 23 de julho de 2010
E TU, IDIOTA!
A vida corre no fio,
No rio vermelho,
No relógio tic-tac...
A qualquer instante
Um grito, um ataque,
Uma enxurrada de lamento,
Um frio vento
Bate à porta.
Um corpo estendido,
Vida, vida, ó vida,
Metamorfose morta!
E tu, idiota,
Esqueces de viver,
Ver o sol nascer,
O fim-de-tarde,
O arrebol,
Uma criança a brincar,
Corre a bola, futebol.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
E AGORA, DÉDA?
Às quatro horas da tarde, aos domingos, lá vinha o seu Antônio Borges com uma lanterna acesa, perguntando:
- Quem foi o fio do cabrunco que gritou!
A grita era geral dos meninos de minha infância. Ninguém acusava ninguém. O velho Antônio tinha pavor de gritos.
Os dois proprietários já se encontram no cemitério São João Batista na praça de São João em Simão Dias.
O menino, de ontem, Marcelo Déda também ia para o cinema. Hoje, o cabra é pai de cinco filhos, de cabelos brancos, pertencente ao clube dos coroas de 50 anos. Déda morava na mesma rua Coité, rua de mais de trinta e cinco viúvas. É isso mesmo lá os homens morrem primeiro. A rua do Coité, está dividada parte é Getúlio Vargas e outro flanco é governador Sebastião Celso de Carvalho, mas para a velha guarda , que tomava banho no Chora-menino, a rua continua do Coité.
O governador Marcelo Déda , juntamente com o secretário de Educação, Belivaldo Chagas, ambos bem poderiam dar uma boa notícia a gente capa-bode de minha terra, desapropriando o prédio do cine Brasil e transformando-o em Teatro e Cinema Zeca Déda.
Zeca Déda, avô do governador, era um homem voltado para a cultura. Escreveu livros, possuía o jornal a Semana. A homenagem não é subserviência, puxa-saquismo, é dar valor a quem possui.
Ainda há tempo. A ideia está lançada e agora, DÉDA?
ELIZA SAMUDIO - COISA DO DESTINO
A Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) ligada à Presidência da República emitiu nota lamentando a não aplicação da Lei Maria da Penha:
" É triste constatar a não aplicação desta Lei por parte de seus operadores, uma vez que foi criada especificamente para proteger as mulheres da violência doméstica."
Há uma pergunta no ar: A morte de Eliza poderia ser evitada? Será que estava escrito no livro do Destino que Eliza veio ao mundo para se assassinada?
Indaga-se ainda, porque alguns seres humanos morrem cedo e outros tarde?
Possui a resposta?
quinta-feira, 8 de julho de 2010
MORTE DO GOLEIRO BRUNO DO FLAMENGO
O bom goleiro é doravante um morto-vivo, a carreira vai para o beleléu. Quem não se lembra do cantor Lindomar Castilho, grande sucesso, depois que assassinou a sua esposa, o cabra se arrombou! A palavra é esta mesma, para que eufemismo. Igual destino está reservado para o Bruno das Dores. Os patrocinadores já estão rescindindo o contrato. A boa imagem do patrocinador dever ser preservada.
Pobre Elisa Samudio! Desaparecida desde o dia 4 de junho. O menor, em seu depoimento, disse que o corpo de Elisa fora jogado aos cães.
O bom goleiro, agora é pichado como assassino. Bruno que tem o nome das Dores. É o causador da raiva, da ira, da decepção e da revolta. Mas não deve ser julgado precipitadamente, sob pena de injustiça. Cautela não faz mal a ninguém.
Antes de morrer, Elisa deu uma entrevista, encontra-se na internet, que fora torturada por Bruno. O homem queria que a estudante abortasse o filho que ia nascer. A criança nasceu. Briga judicial. A Justiça, como sempre, morosa.
Outra briga, quem vai ficar com a criança. O avó ou a avô da modelo Elisa. São divorciados.
Em alguns muros de Minas Gerais e do Rio de Janeiro: BRUNO ASSASSINO.
A vida de Elisa Samudio foi ceifada. A carreira de Bruno também morre. O filho do casal crescerá com problema. Superar o trauma , com a palavra os psiquiatras e psicólogos.
E a criançada do faz-de-conta que nas peladas de futebol, quando no gol, dizia:
- Eu sou o Bruno.
Já não pode dizer.
Ninguém pode matar ninguém. A vida é um dom de Deus.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
UM MORTO-VIVO
É preciso viver o instante, como se não viverá o amanhã. Beijar e abraçar a pessoa amada. Vê o sol nascer. Contemplar o arrebol. Brincar com o seu filho. Torna-se criança.
Semear a boa semente. Ajuda a velhinha que deseja atravessar a rua.
Dançar, pular, correr.
Mudar o modo de vida.
Ainda há tempo.
A maldita morte quando chega, não anuncia.
Suas pequenas coisas serão jogadas na rua.
Ainda há tempo.
Viver, viver, viver.
Segue o nosso poema VIVER:
O tempo corre...
O vento frio vem...
A cada dia, a gente morre!
A inesperada chega
Sem o apito do trem.
Não há nesga,
O que a gente possui:
Lembranças, valores no baú,
A mão alheia sem reluz
Atira tudo na rua,
Presente para os urubus.
Devemos afugentar a fase da lua.
E, neste vai-e-vem,
É mister viver,
Antes do sol posto.
Mas viver, viver sempre...
Para não se tornar um vivo-morto.
domingo, 4 de julho de 2010
PROMESSA NÃO CUMPRIDA DO POLÍTICO
quinta-feira, 1 de julho de 2010
VALADARES E O JOGO DO BRASIL
terça-feira, 29 de junho de 2010
É PRECISO TENTAR
Todos nós devemos decidir: ou por um caminho ou por outro. E se não decidir, pode acontecer , o que ocorrera com aquele pescador que ficara no meio do mar, não sabia se ia para a esquerda ou para a direita. E veio o tubarão e comeu o indeciso pescador.
Acertos e erros fazem parte do nosso dia a dia.
O primeiro passo é necessário.
Tente, lembrando o eterno Raul Seixas:
" Tente mais uma vez, pois a água viva ainda está na fonte."
É melhor o fracasso porque se tentou, do que o comodismo de não ter a iniciativa.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
RESPEITE O FORRÓ
sexta-feira, 25 de junho de 2010
ALGUM PROBLEMA, DUNGA
quinta-feira, 24 de junho de 2010
PUTA DE MINHA VIDA
Ó fêmea, teu desejo quer-quer.
Tua volúpia ardente,
Um bêbado desejando mais aguardente,
O vício sempre o machuca.
A alma indomável,
Cio incontrolável,
Almeja a cachaça maluca.
Teus seios, que pétalas!
Colibri a beijar.
Uma criança chora,
Quer peito
Todo ser possui defeito...
A carne enfraquecida,
Que ilusão o celibato!
O desejo não é demoníaco
Do poeta há o grito:
"Puta da minha vida!"
Poema de Osvaldo Abreu
segunda-feira, 21 de junho de 2010
O CACHORRO DO SECRETÁRIO
sexta-feira, 18 de junho de 2010
SÉRVIA DERROTA A PODEROSA ALEMANHA
Vê lá nos escritos bíblicos o pequeno David venceu o gigante Golias.
Há tanta gente que se acha.
Na política, há o erro do IBOPE e de outros institutos. De repente, vence quem não estava apontado na pesquisa.
VIVA OS GUERREIROS SÉRVIOS!
quinta-feira, 17 de junho de 2010
ARGENTINA E O BEIJO
quarta-feira, 16 de junho de 2010
FRACASSO DO ATLETA
- Minha filha, a pior inveja é de mulher. O homem lhe olha desejando. A sua coleguinha lhe secando.
E, na Igreja de Nossa Senhora S'Antana, Bartira foi se casar. Marcos era seu futuro esposo. As moças do povoado Feirinha da Rola, não estranhe o nome não, o nome é esse mesmo, sonhava na alcova com Marcos. O cara era um atleta, rosto feminino, até os machão o chamavam de bonito.
No dia de sábado, a Igreja de Simão Dias estava repleta. Moças curiosas e invejosas querendo ser a noiva. Até a beata Zifinha:
- Meu Jesus de Nazaré, com este homem eu perderia a minha virgindade.
O padre Josué perguntou se alguém tinha alguma coisa contra aquele casamento.
A vontade das moças era gritar que Sim.
O casamento foi realizado.
Dona Letícia, moça velha do lugar, disse:
- Um par perfeito.
Na hora da lua-de-mel, Marcos, o bonitão do lugar não conseguiu marcar o gol da partida.
Bartira virou a noite em insônia, enquanto o desgraçado dormia como criança.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
COISA DA VIDA
Por ti fui preterido,
Tornei-me pássaro de asa quebrada!
No silêncio fiquei escondido
De alma machucada!
Não penses que fui vencido.
Há vida, há jornada...
Quem atira pedra,
Fica esquecido!
Quem as recebe,
Do atirador espera mancada!
Às vezes na corrida
O cágado vence a lebre,
Coisa da vida!
quarta-feira, 9 de junho de 2010
INFÂNCIA DA VIDA
A vida no interior, no tempo em que nasci, era tranquila.
Hoje, os pais devem acompanhar os filhos até à escola. Na esquina, pode se encontrar um pedófilo, um homem oferecendo droga.
A cidade do interior perdeu a tranquilidade. No campo, os marginais estão atacando. Pior do que no tempo de Lampião, os meliantes estão sempre encapuzados. Os poetas da Inconfidência Mineira - vida bucólica do campo - iam morrer de tédio nos dias atuais.
Escrevemos o poema INFÂNCIA DA VIDA:
A infância querida
Ou bem amada
Sempre retorna à vida:
Uma cidade estagnada,
Uma folha caída,
O almejo duma namorada,
Uma última partida,
A primeira viagem na marinete,
Primeiro dia na escola,
Uma criança que chora.
E aquele pivete,
Filho de Nossa Senhora S'Antana,
Que brincadeira!
No cabelo chiclete.
O dlim... dlim... dlim...
Do sino da Igreja
Convidando os fiéis.
Belém... belém... belém... belém...
Vem... vem... vem... vem...
As velhinhas de anéis...
A procissão de Santana,
Um louco no cortejo comendo banana.
A menina de pé no chão
O pai, coitado!
Não tinha dinheiro não
Vai sem sapatos
Fingindo promessa!
O beato Nestor,
Pobre homem já viajou!
Acordava os meninos
Que sonhava com os bois de barro.
Ai , ai, Aleluia,
Ladainhas e rezas.
Faltou água na cuia
Os banhos no Chora-menino,
O rio bem criança,
Envelheceu, se contaminou,
Quando entrou na cidade.
Maldita poluição!
Chora dona Iaiá,
Está morrendo o rio Caiçá!
O homem de calças longas,
Sua árvore cresceu...
Vive em agonia,
Gotas de alegria!
No dia a dia,
Retorna à infância:
O amanhecer, a aurora.
É um menino que chora
No primeiro dia da escola.
sábado, 5 de junho de 2010
ISABELLA - ERROS E CONTRADIÇÕES PERICIAIS
quarta-feira, 2 de junho de 2010
SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ
sexta-feira, 28 de maio de 2010
TUAS LEMBRANÇAS
Folhas amareladas,
Desgastadas pelo tempo.
Poderia jogá-las,
Seria desprezo meu,
Afinal, tuas pequenas coisas
São grandiosas.
Penso, a qualquer momento,
Que estás voltando,
Abrindo aquela porta
Como sempre tu fazias
E gritas:
- Cheguei.
Era uma festa a tua chegada.
O semblante banhava de sorriso!
Igual a um menino ,
Sorrias com as pequenas coisas.
Quando tu ficavas sério,
Eu indagava a meu anjo:
"O que está acontecendo."
De repente, que bom!
Fugia a tristeza na velocidade de um raio,
Um raio de sorriso surgia,
Tu retornavas a sorrir!
A nossa casa já não é a mesma...
Desde que tu partiste,
O seu cão faleceu,
O passarinho morreu,
A roseira, que tu aguava com carinho,
Perdeu as folhas
Coitada! Na primavera,
Não botou mais uma flor.
A roseira está morrendo aos poucos.
E o colibri do fim de tarde,
Que cheirava a rosa,
Não mais voltou.
O menino, que tu brincavas,
Sofreu um acidente
Já não corre mais.
Coitadinho! Pra lá e pra cá
Com a sua cadeirinha de roda.
Tudo mudou, depois que tu partiste...
O teu rádio,
Que tu varrias madrugada,
Ouvindo Dolores Duran,
Está no canto,
Esperando o teu retorno.
Já não fala
Já não chia.
O gato fofão
Já não mia,
Perdeu o grito do telhado!
Êta! Animal barulhento
Quando fazia amor!
Sem tesão, está emagrecendo.
A qualquer instante,
A má notícia.
Muitas vezes, quando a porta abre,
Vejo a tua imagem...
Loucura
Ou a chegada de teu espírito
Não sei ao certo!
Sinto a tua presença,
Um perfume chega as minhas narinas.
Nunca conheci perfume tão bom!
Sempre indago a Deus:
Por que tu foste tão cedo?
O Senhor nunca me responde.
É compreensível, há tanta gente
Fazendo pedidos.
Continuo te aguardando,
Na esperança de abraçaste,
Beijaste.
Se eu morrer na ilusão,
Não sou mais um,
Afinal, a vida é uma incógnita,
Repleta de incertezas.
Certeza maior,
A partida do último adeus.
Escrito por Osvaldo Abreu