Guardei comigo as tuas lembranças,
Folhas amareladas,
Desgastadas pelo tempo.
Poderia jogá-las,
Seria desprezo meu,
Afinal, tuas pequenas coisas
São grandiosas.
Penso, a qualquer momento,
Que estás voltando,
Abrindo aquela porta
Como sempre tu fazias
E gritas:
- Cheguei.
Era uma festa a tua chegada.
O semblante banhava de sorriso!
Igual a um menino ,
Sorrias com as pequenas coisas.
Quando tu ficavas sério,
Eu indagava a meu anjo:
"O que está acontecendo."
De repente, que bom!
Fugia a tristeza na velocidade de um raio,
Um raio de sorriso surgia,
Tu retornavas a sorrir!
A nossa casa já não é a mesma...
Desde que tu partiste,
O seu cão faleceu,
O passarinho morreu,
A roseira, que tu aguava com carinho,
Perdeu as folhas
Coitada! Na primavera,
Não botou mais uma flor.
A roseira está morrendo aos poucos.
E o colibri do fim de tarde,
Que cheirava a rosa,
Não mais voltou.
O menino, que tu brincavas,
Sofreu um acidente
Já não corre mais.
Coitadinho! Pra lá e pra cá
Com a sua cadeirinha de roda.
Tudo mudou, depois que tu partiste...
O teu rádio,
Que tu varrias madrugada,
Ouvindo Dolores Duran,
Está no canto,
Esperando o teu retorno.
Já não fala
Já não chia.
O gato fofão
Já não mia,
Perdeu o grito do telhado!
Êta! Animal barulhento
Quando fazia amor!
Sem tesão, está emagrecendo.
A qualquer instante,
A má notícia.
Muitas vezes, quando a porta abre,
Vejo a tua imagem...
Loucura
Ou a chegada de teu espírito
Não sei ao certo!
Sinto a tua presença,
Um perfume chega as minhas narinas.
Nunca conheci perfume tão bom!
Sempre indago a Deus:
Por que tu foste tão cedo?
O Senhor nunca me responde.
É compreensível, há tanta gente
Fazendo pedidos.
Continuo te aguardando,
Na esperança de abraçaste,
Beijaste.
Se eu morrer na ilusão,
Não sou mais um,
Afinal, a vida é uma incógnita,
Repleta de incertezas.
Certeza maior,
A partida do último adeus.
Escrito por Osvaldo Abreu
Folhas amareladas,
Desgastadas pelo tempo.
Poderia jogá-las,
Seria desprezo meu,
Afinal, tuas pequenas coisas
São grandiosas.
Penso, a qualquer momento,
Que estás voltando,
Abrindo aquela porta
Como sempre tu fazias
E gritas:
- Cheguei.
Era uma festa a tua chegada.
O semblante banhava de sorriso!
Igual a um menino ,
Sorrias com as pequenas coisas.
Quando tu ficavas sério,
Eu indagava a meu anjo:
"O que está acontecendo."
De repente, que bom!
Fugia a tristeza na velocidade de um raio,
Um raio de sorriso surgia,
Tu retornavas a sorrir!
A nossa casa já não é a mesma...
Desde que tu partiste,
O seu cão faleceu,
O passarinho morreu,
A roseira, que tu aguava com carinho,
Perdeu as folhas
Coitada! Na primavera,
Não botou mais uma flor.
A roseira está morrendo aos poucos.
E o colibri do fim de tarde,
Que cheirava a rosa,
Não mais voltou.
O menino, que tu brincavas,
Sofreu um acidente
Já não corre mais.
Coitadinho! Pra lá e pra cá
Com a sua cadeirinha de roda.
Tudo mudou, depois que tu partiste...
O teu rádio,
Que tu varrias madrugada,
Ouvindo Dolores Duran,
Está no canto,
Esperando o teu retorno.
Já não fala
Já não chia.
O gato fofão
Já não mia,
Perdeu o grito do telhado!
Êta! Animal barulhento
Quando fazia amor!
Sem tesão, está emagrecendo.
A qualquer instante,
A má notícia.
Muitas vezes, quando a porta abre,
Vejo a tua imagem...
Loucura
Ou a chegada de teu espírito
Não sei ao certo!
Sinto a tua presença,
Um perfume chega as minhas narinas.
Nunca conheci perfume tão bom!
Sempre indago a Deus:
Por que tu foste tão cedo?
O Senhor nunca me responde.
É compreensível, há tanta gente
Fazendo pedidos.
Continuo te aguardando,
Na esperança de abraçaste,
Beijaste.
Se eu morrer na ilusão,
Não sou mais um,
Afinal, a vida é uma incógnita,
Repleta de incertezas.
Certeza maior,
A partida do último adeus.
Escrito por Osvaldo Abreu