Visitante nº

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009


Anastácia não pertence a este mundo. Ela é mulher. Não vai ao salão, não é prisioneira à vaidade. Igual a toda mulher gosta de receber flores.

Anastácia não é colega, ela é amiga verdadeira. Coisa rara! Segredo é com ela mesmo, até mesmo se frequentasse salão de beleza, mantinha a boca calada. Uma mulher não pode viver sem o desabafo, seja a operária ou a catedrática, tudo é mulher. Sem discriminação! Homem é bicho feio, fica, em geral, inchando igual a sapo, morrendo por dentro,

Duvidar de Anastácia aí, a coisa pega. Anastácia torna-se fera.

Quando Anastácia disse no mês de agosto que um autoridade de Sergipe ia ter problema grave de saúde, confesso que duvidei, mas no mês de outubro, quando o governador de Sergipe, Marcelo Déda, ficou internado no hospital Sírio-Libanês e submeteu a uma operação de Pâncreas, tive que tolerar de minha amiga:



"ESTÁ VENDO O QUE EU LHE DISSE."



Calado eu fiquei.



Fora pedido autorização à Assembleia Legislativa de 45 dias para o governador.

Anastácia mais uma vez:



"NÃO VAI FICAR SÓ NISSO."



E disse ela antes da nova licença:

" O governador carece de 4 a 6 meses de licença."



São passados quase 3 meses de licença de Dr. Déda.



Tudo que Anastácia dissera fora colado no nosso blog antecipadamente no mês de agosto e também no mês de novembro.



Anastácia quer me falar algo. Estou ansioso: será que vou ganhar a MEGA do ano novo ou será que uma tragédia vai acontecer no novo ano?



UMA COISA É CERTA: ANASTÁCIA NÃO FALHA EM SUAS PREVISÕES.

Ah! Eu ia olvidando: Anastácia não cobra nada, todavia, para fazer previsão e dizê-la é preciso ser muito amigo de Anastácia, amigo não desses qualquer, mas íntimo mesmo.

VIVA A ESPERANÇA - FELIZ ANO NOVO


Hoje dia 31 de dezembro de 2009, véspera da entrada do novo ano, escrevemos este poema, lembrando do tempo de criança, lá na cidade de Simão Dias-SE, no Nordeste brasileiro.

VIVA A ESPERANÇA


Havia uma estrela na rua da Feira
Na Coronel Loyola ficava ela
Não era uma estrela tão fria
Tão quente era
A mais bela de pisca-pisca
De luzes de alerta
Enquanto os meninos de calça
Festejam Papai Noel na ceia
O menino quase nu
Sonhava com a estrela
Tê-la era impossível
No sonho seu
A quimera poderia ser também de outros meninos
Meninos do nada sem
Sonham com coisas parecidas
Sonhava o menino com a estrela
A vinda de Papai Noel
O sonho é vida
O velhinho descia do céu
Pousava na estrela
Deixava um presentinho
E seguia caminho
Havia outros crianças pobres no mundo
De manhã , bem cedinho
O menino saía de mansinho
Corria à estrela
"Meu Deus, Papai Noel esqueceu de mim."
Vinha uma explosiva lágrima
Uma dor sem mágoa
Batia toc, toc, toc
Menino sabe perdoar
Na chegada do novo ano
Um triste pesadelo
Os homens da prefeitura
Desmontavam a estrela
Uma lágrima descia
O menino ali perdia
Sua estrela maior
Não tem nada não
Contava os dias
Perdia a conta
Na primavera tudo voa
Janeiro a dezembro
Correm apressadamente
As coisas de menino são assim, assim, assim...
De repente,
A chegada da estrela da esperança
A vinda de Papai Noel.
E o menino gritava:
" VIVA A ESTRELA,
OBRIGADO, PAPAI NOEL."


VIVA A ESPERANÇA!

FELIZ ANO NOVO!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

NATAL FELIZ - FELIZ NATAL


A vida mudou. A criança de outrora brincava na rua, hoje os meninos se divertem no computador. Avaliar se é melhor ou pior, julgar não é fácil. Não só houve mudança no mundo infantil, do adulto também. Estamos no mundo da globalização, da internet. Uma coisa não mudou, o desejar as pessoas: UM FELIZ NATAL.


FELIZ NATAL E UM NOVO ANO DE SUCESSO EM TODOS OS PONTOS DE VISTA.


SEGUE UM SIMPLES POEMA DE NOSSA AUTORIA:

FELIZ NATAL

NO MEU TEMPO DE CRIANÇA
SONHEI COM PAPAI NOEL
O PRESENTE NÃO CHEGOU
O VELHINHO DEMOROU NO CÉU
TINHA LÁ ESPERANÇA
DE UMA BOLA
DE UM CAVALINHO-DE-PAU
CRIANÇA SEM PRESENTE CHORA
NÃO É ADULTO
LOGO A MÁGOA VAI EMBORA
A VIDA DA CRIANÇA MUDOU
MEU FILHO, QUEM SABE O SEU!?
QUER UM CAVALO DE VERDADE
CHAMADO LIBERDADE
BOLA NÃO ENROLA
QUER UM COMPUTADOR
NA ESCOLA
TÊNIS DE MARCA
DONA SANDÁLIA, Ó OUTRORA
TUDO MUDOU
FOI O TEMPO DE PAPAI
FOI O TEMPO DE VOVÔ
CRIANÇA NÃO BRINCA NA RUA
DIVERTE-SE NO COMPUTADOR
O PROFESSOR É VOCÊ
CADÊ O SENHOR
FALTA DE RESPEITO
ESQUEÇA ISSO, SUJEITO
SÃO SINAIS DO TEMPO
PARE! NÃO É DEFEITO
'OCÊ NÃO SE MODERNIZOU
ADEUS, TEMPO DE PAPAI
ADEUS, TEMPO DE VOVÔ
SEU FILHO VAI LHE DAR UMA BRONCA
'OCÊ ATRASOU A CEIA
VAMOS FAZER DE CONTA
QUE TUDO É IGUAL
ATÉ MAIS VÊ
FELIZ, FELIZ, FELIZ NATAL!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

PAPAI NOEL NÃO EXISTE


O menino morava no interior. O pai de Alexandro era pedreiro. Igual a toda criança sonhava com um presente de Papai Noel.
No Grupo Escolar Fausto Cardoso, em conversas de meninos:
- Ganhei uma bola de Papai Noel.
Outra criança:
- Ganhei um cavalo de pau.

O terceiro menino:
- Ganhei um time de botão.
Alexandro ouvia todos bem caladinho.

Perguntou a um deles:
- Como eu faço para receber um presente de Papai Noel?
- Antes de dormir, você faz o pedido a Papai Noel, deixa os sapatos na janela e no outro dia, o presente está em cima dos sapatos.
O menino pegou o par de sapatos, um furado e o outro precisando de renovação, colocou-os na janela.
Orou e pediu a Papai Noel uma bola.
No dia seguinte, acordou bem cedinho, cadê o presente de Papai Noel? Um ladrão furtou os sapatinhos da criança.
Hora da escola, dona Zefa, sua mãe:
- Cadê, Alex, os sapatos pretos da escola?
- Mãe, deixei na janela e Papai Noel levou meus sapatos.
- Abestalhado, você é doido, Papai Noel não existe, é ilusão.
Dona Zefa chamou o marido:
Lindolfo, este besta botou os sapatos na janela e um filho da puta levou os sapatos.
O pai:
- Venha cá, moleque!
O menino veio. Coração acelerado. Sabia o quanto era severo o seu pai.
Lindolfo pegou a criança e deu várias açoitadas no pobre menino.

Já é natal, o menino cresceu, tornou-se homem. Pai de dois filhos. Sempre dá presente de Papai Noel aos pequenos, mas nunca disse o que ouvira em criança:
"PAPAI NOEL NÃO EXISTE."

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

HOMEM CAPADO


O fato ocorrera na cidade de Porto da Folha-SE no ano de 1883, tempo de escravidão, o cabra que tentasse estuprar ou estuprasse recebia como pena: CASTRAÇÃO. Perdia mesmo o que possuía guardado no escroto. O juiz de Direito, Manoel Fernandes dos Santos, determinou que o cabra Manoel Duda fosse capado, visto que tentou estuprar a mulher de Chico Bento, esta foi salva por duas testemunhas que chegaram em tempo hábil. A mulher estava grávida e o filho nasceu morto.
A cidade de Porto da Folha nos anos 30 foi muito visitada por Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião.

SURPRESA

Tsunami na Tailândia - Ondas de 30 metros de altura que causaram destruição e mortes


Mariá estava desconfiada. Depois de quinze anos de casamento, Deoclécio raramente a procurava. Mariá era uma mulher bonita, mãe de Gabriel, seios levantados, não se descuidava, todos os dias Mariá ia à academia, tudo em pé.
Mariá tinha vergonha de contar o seu problema no salão Flor e carinho. Ouvia vários relatos de outras mulheres, mas nenhum idêntico ao dela.
Fazia de tudo, usava camisolas provocantes, todavia, Deoclécio nada, nadinha.
"Tinha outra, só pode ser. Bandido, sem-vergonha só vem para casa dormir. Devia ficar por lá mesmo." Assim pensava.

Mariá sofria muito. Sempre fora uma pessoa trancada. Amiga verdadeira para contar seu problema não tinha. Tinha umas faz-de-conta, não vale a pena!
O médico diagnosticou:


" A senhora está com depressão, estresse."

"Meu Deus, sempre fui uma pessoa honesta, várias vezes foi tentada por colegas de trabalho, mas resisti, fui fiel." Até que outro dia quase que o barco vira, ficou meio balanceada por André, seu ginecologista. O homem tinha uma pegada. Aquela pegada não era profissional, era safada mesmo. E o convite para sair.
- Doutor , sou casada e amo meu marido.
- Sua boba! Acha que ele não tem outra?
- Doutor, Deoclécio é de casa para o trabalho, do trabalho para casa!
- O tempo dirá , sua boba!

O tempo de aflição chegou. "Filho da puta, bem que eu poderia ter colocado uma ponta." Ficava Mariá assim conversando consigo mesmo. Dizer o que sentia ao marido, nada podia falar, era preciso ter provas.

Insinuação, desconfiança não provam nada. A verdade deve ser real, sob pena de se cometer injustiças.

Sempre e sempre, o interfone tocava e ele descia e saía com um garotão. "É demais ser trocado por um garotão de programa."

Mexeu nos documentos do marido, como pode? Comprou um carro novo, prestação de R$ 600,00 (Seiscentos reais). Onde está esteve automóvel? Na garragem do prédio não se encontra!
" Já sei: deu ao garoto de programa."

Um certo dia, Deoclécio:
- Mariá, quero lhe revelar um segredo!
Ouvir a verdade ninguém que ouvi-la.
No recôndito d'alma de Mariá: "Meu Deus, que mal eu fiz."

- Diga logo, Deoclécio, o que você que me dizer?

- Mariá, antes de conhecer você, conheci a Lúcia, esta morreu em acidente

- E daí?

- Calma! Ela deixou um filho de nome Mateus, hoje ele tem 19 anos, é universitário do curso de Direito.
- E aí, diga logo, homem , deixe de enrolação?

- Mateus é meu filho. Ele é registrado e carimbado com o meu nome há muito tempo.

- Você não vale nada, por que não me disse nada?

- A bem da verdade, nunca lhe contei, porque tinha medo de perdê-la, afinal, você é a mulher de minha vida.

Mariá chorou, gritou, caiu em pranto!

Cinco dias depois, Mariá conheceu o falso garoto de programa.

- Meu Deus, é a cara do pai.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

NÃO CONFIE NO HOMEM

"A PRISÃO DE CRISTO" é uma quadro do pintor italiano Michelangelo - 1602. Vê o beijo de Judas em Cristo. Os judeus e argentinos se cumprimentam através do beijo.


Era uma vez um Árabe, pai duma pequena criança de 5 anos. A criança estava na janela de seu bela casa.

O pai maliciosamente e até, com piedade da criança, a chamou, já pressentindo que a criança poderia cair da janela, gritou:

- Vem, filho, confia no homem que o chama!
A criança atendeu o pedido do pai, coitada! caiu, quebrou dois dentes.

Um pai em tom professoral:

- Meu filho, os arranhões, as feridas, os desgostos, as contrariedades servem de
aulas no livro da vida. Infeliz de quem confia no homem.

No outro dia, o filho do Árabe encontrava-se à janela, contemplando o sol nascer.
O pai de novo:
- Vem filho, vem filho.
- Não vou pai, lembra-se do que ontem o senhor me disse:

"NÃO CONFIE NO HOMEM."

CRIANÇA NÃO MENTE




Estamos lendo um livro de contos: FEIJÃO DE CEGOS. Há no livro um conto DIA DIFERENTE. Achamos interessante a história contada pelo autor, o desembargador Vladimir Souza Carvalho, uma itabaianense de Sergipe, ceboleiro de Itabaiana, o povo daquele lugar é conhecido como ceboleiro. Pessoamente não conhecemos o autor.

O homem de beca, não segue o preciosismo da profissão, linguagem que só os juristas entendem. Vladimir Carvalho escreve: usando o linguajar do povo no dia a dia de uma casa simples, da rua, da esquina , da feira, duma cidade do interior. E aí, o conto fica interessante, lê o que a gente não compreende, complica. Coisa que não acontece com o autor.


Criança é sincera, fala a verdade. Ruim é quando o adulto a corrompe, a ensina a mentir. Dizer que velho não mente, a expressão não é tão aceitável. Para a criança até que pega bem. Enunciar, em geral, que o velho possui malícia, a afirmação não pode se jogada na lata do lixo.

O texto de Vladimir Carvalho retrata a historia de uma criança de 6 anos, de nome Isidéria que assiste a morte de Ageunita, sua mãe, que fora assassinada por seu pai. Um drama!

E a criança na sua pureza d'alma disse o que aconteceu:

"Papai não veio dormir em casa ontem à noite. Mamãe ficou danada de raiva, reclamando e falando alto, amanhã, ele me paga, gritava. Só veio chegar hoje, depois do almoço, a boca fedendo a cachaça, o que, no pai, aliás, era comum. Mamãe foi logo dizendo que ele não prestava, pinguço sem conserto, só vivia bebendo, só pararia de beber quando morresse de cachaça, rogando praga para ele morrer logo. Papai partiu em cima dela, mandando calar a boca, fia do cabrunco, chamando mamãe de preta safada, você merece é uns murros na cara, bandida da língua comprida. Mamãe botou a mão nos quartos, olhou para ele. Se você é homem, se atreva, covarde, que lhe dou um pontapé nos seus ovos. Aí papai foi pra cima dela, com uma faca na mão. E vi tudo, (...) Tome, fia do satanás, no peito, a faca inteira, até o cabo, (...) Mamãe caiu no chão, ele puxou a faca, e correu. Eu fiquei chorando, se acorda, mamãe, se acorda, mas ela não respondia nada, a boca não se mexeu, toda parada."




Para refletir, vale a pena dizer a uma criança que papai Noel não existe?

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A FERA E O CORDEIRO


Silêncio! Por favor, não faça barulho. Vamos é hora de refletir, só um minutinho. Você já pensou na vida: Se você é fera ou é cordeiro? Ou é a mistura? Ninguém é tão inocente, salvo as crianças. A verdade dói, machuca. Ouvi-la não é lá coisa boa. No dia a dia , há fingimento. Mas vamos ao que interessa , escrevemos um simples poema A FERA E O CORDEIRO:


Fera é fera
Não se acomoda
Na primavera
Fera é fera
Um animal vai devorar
Outro assim se espera
Fera é fera
Lobo é lobo
Cordeiro é cordeiro
Dar flor a quem não é de carinho
É ofertar espinho
Fera é fera
Quem dera
Fera fosse cordeiro
Ó inocência
Fera é fera
Lobo é lobo
Cordeiro é cordeiro
No mesmo ninho
Se bicam até os passarinhos
Divórcio vai acontecer
Fera é fera
Um bicho vai morrer
Quem sabe no sol posto
Ou no sol nascer
Ninguém deve ter desgosto
Fera é fera
Lobo é lobo
Cordeiro é cordeiro
Há feras em todos os cantos
De gesso ou de barro é o santo
Do humano tudo se espera
Fera é fera
Lobo é lobo
Cordeiro é cordeiro
Meu amor, você me decepcionou!
Que horror! Ser besta, Mariazinha,
A vida mudou!
Fera é fera
Lobo é lobo
Cordeiro é cordeiro ]
Olá, meu senhor
Viver a conveniência
Pensar não é crime
Expressar causa dor
Viver no silêncio
Que depressão!
A mulher no salão
Elogia o marido
Enlouqueceu!
Chamando-o de meu
Ah! Se soubesse
Que a dona do salão
Com ele sobe-e-desce
Fera é fera
Lobo é lobo
Cordeiro é cordeiro
Sem dinheiro se vive
Crise
Coisa de burguês
Todo dia o pobre passa agonia
E vive
Rapaz, deixa de tolice
Fera é fera
Cordeiro é cordeiro
Com dinheiro se é doutor
Sem dinheiro pouco cumprimento
Fazer juramento lá no templo
Perfídia, ó traição,
O sujeito possui uma paixão
Muita ousadia, amada no casamento
Fera é fera
Lobo é lobo
Cordeiro é cordeiro
Vive-se em fingimento
A verdade duma criança
De gente adulta dança
Fera é fera
Lobo é lobo
Cordeiro é cordeiro
Quem não deve
Atire uma pedra de gelo
Pra que desespero
Estamos no mesmo barco
Salve-se quem puder
Gosta de homem é problema seu
Bom é amar mulher
Viver como a gente quiser
Fera é fera
Cordeiro é cordeiro
A liberdade sexual
Fechou o cabaré
Fera é fera
Cordeiro é cordeiro
Na alma da gente
Um cordeiro e uma fera
Uma fera e um cordeiro
Fera é fera
Cordeiro é cordeiro
Do bicho homem
Da fêmea mulher
Tudo se espera.
Fera é fera
Cordeiro é cordeiro
Todo era.



PROCISSÃO NO INTERIOR

PRIMEIRA MISSA NO BRASIL - QUADRO DE VÍCTOR MEIRELES - 186O


Lá vai a procissão. Um cachorro de rua alheio a tudo acompanha o cortejo. As filhas de Maria cantam: "Ave, Ave, Ave-Maria." Umas são mães, outras são avós, outras não conheceram homens, coitadas! Ficaram para titias.

Em cada verso da Ave-Maria, o poeta plagiando vai fazendo rimas:


"A velha, a velha, a velha Maria, pouco dinheiro e muita carestia, se não fosse meu pai, minha mãe não paria."


E segue o cortejo. A gente segue com um, dois a dois, uns com fé, outros de pouca fé, há aqueles que vão: não tou nem aí, caminham pela tradição.

Padre novo na Igreja, a estudante desejando seduzi-lo, conversa a boca miúda:

"Que pena, uma perdição!"


A sem-vergonha o que está fazendo ao lado das velhinhas. Pode? É filha de Maria. Que pecado!

Filha da mãe, não perde tempo, deseja o homem de batina de qualquer jeito.


A procissão não é só isso, tem mais e mais, como sempre a igual ladainha da gente do lugar:


"Você viu? Deu mais gente do que o ano passado."


"O governador veio, chegou atrasado."


"Cê besta, a autoridade tem que chegar mais tarde, quem pode, pode. É preciso chamar atenção."


"Pra Deus não tem poder. Todos são iguais."


Atrás da Santa: O prefeito, os vereadores, o governador, vice, os senadores, os deputados, cabos eleitorais e a gente de muita fé. Acordos são feitos. a Santa permanece calada. Será que ela não quer dizer nada!?


O que mudou na procissão?

Aquele homem que, em noite de sábado de Aleluia, acordava os meninos que sonhavam com seus bois de barro, cavalinhos de pau.

- Diga logo , homem, deixe de enrolação!

- Morreu o beato Salvador. Uma voz que acordava os meninos de calças curtas. Que Deus o tenha no céu.

Aquele sim, padre, merece tal recomendação. Mas recomendar para todos é demais. O céu não é para qualquer um, senão vai ser um inferno.


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

EXCELÊNCIA DA UNIVERSIDAD NACIONAL DE LOMAS DE ZAMORA

Alunos de Doutorado em Direito da Universidad Nacional de Lomas de Zamora. Turma formada por Defensores Públicos do Rio de Janeiro, um de Sergipe, advogados, professores universitários.

No mês de setembro fui a Buenos Aires, um medo danado de pegar a gripe suína. Na sala de aula, no curso de Doutorado em Direito na Universidad Nacional de Lomas de Zamora, ofertei os primeiros espirros. Alguns colegas também espirravam. Os primeiros dias foram de agonia, apesar do receio, ninguém pegou a gripe do porco. Um frio danado no mês da primavera, o povo da Argentina caminhava tranquilamente pelas ruas. Para minha surpresa: não vi nenhum argentino de lenço branco no nariz ou com máscara no semblante, é melhor na cara mesmo, a linguagem é criação do povo.

Quando eu dizia há alguns colegas que ia para Buenos Aires, ouvia logo o som da orquestra sinistra:

- Tá doido, você vai morrer, vai pegar gripe suína.

Um desses amigos, cá no Brasil, pegou a gripe suína.

A nossa turma de Doutorado, mais de 25 alunos, todos voltaram para o Brasil são e salvos.

Agora, no mês de janeiro de 2010, estamos retornando à Argentina para dar continuidade ao curso de Doutorado. A Universidad Nacional de Lomas é excelente.
Outro dia, um promotor de Justiça pediu-me informações daquela Instituição, informei-lhe sem exagero.

O homem teimoso fez matrícula noutra Universidade que já teve problemas sérios.

Até que eu poderia fazer como meus amigos:

- Você está doido!

Torço que o representante do Parquet termine o seu curso tranquilamente.


A Universidad Nacional de Lomas abriu inscrições para mestrado e doutorado em Educação. Já fui professor no Colégio Carvalho Neto em Simão Dias, Cristinápolis e em Aracaju. Ainda voltarei ... Fico com uma inveja danada aos que podem fazer agora doutorado em Educação.

Os países desenvolvidos bem investem em Educação, há retorno em todos os pontos de vista.
Saúde, segurança e educação são vítimas da demagogia de alguns políticos, há exceção, evidentemente.


QUE OLHAR, PRESIDENTE!


Esta foto causou polêmica, o olhar de admiração do presidente dos Estados Unidos, OBAMA. Vamos assassinar a hipocrisia, qual homem que não gosta de dar uma olhadinha? Ninguém resiste do mendigo ao presidente.

domingo, 13 de dezembro de 2009

MAIOR SÓ DEUS


No dia a dia, tem gente que pisa, humilha, possui vaidade e arrogância. Pobre gente! Há determinadas pessoas que se acham que são Deus. Ninguém é maior, haverá um dia de choro e ranger de dentes. Cedo ou tarde, virá o dia.

Um dos melhores poetas brasileiros, Jorge de Lima, ele nascido em União dos Palmares em 23 de abril de 1895 e morreu no Rio de Janeiro em 1953, tinha 58 anos. Um poeta dotado de espiritualidade. Escrevia muito e em seus versos sempre Deus. Fizemos um poema: MAIOR SÓ DEUS. O grande Jorge Lima, autor do Acendedor de Lampiões, foi fonte de inspiração:


Estás nas alturas

Avião não és

Pássaro também não

Que loucura!

Pensas que és Deus

Idiota!

O Senhor não adoece

Frágil és

Aquele menino tinha prece!

Foi embora a infância

O poder não permanece

Olvidas

Ninguém é eterno

Tua vaidade

Teu terno

Teu anel de brilhante

Tua arrogância

Assassinaram a esperança!

Vitória não cantes

Deus não és.

Pisas

Humilhas

Forte não és.

O sol nascer não visas

Há canto

Há passarinhos

Belas manhãs

Estás só

Da metamorfose carece

Tua vaidade não permite dó

É mister mudar

Busque Deus

Vá à prece

Quando a gente da altura desce

Encontra a luz

No chão brota a semente

Jesus.

TALHO DA CARNE

TALHADO DA CARNE na antiga rua Joviniano de Carvalho - Simão Dias-SE


Quando os homens do poder resolveram derrubar o antigo Talho da Carne, em Simão Dias, um prédio construído por José de Carvalho Déda, Seu Zeca Déda, que fora interventor municipal lá em 1934. Cada tijolo derrubado assassinava os meninos da minha infância, todos eles hoje homens feitos: uns pais, outros já avôs. Naquele tempo, o interventor estadual era Augusto Maynard.
O interventor da cidade era avô do governador de Sergipe, Marcelo Déda Chagas. Ali em frente ao mercado da carne , havia o Jornal a Semana de Seu Zeca Déda, vizinho ao escritório do avô de Déda , a bodega de meu pai.
Na infância, 1967, os meninos de nossa rua, o nosso campo era o Beco do Açougue. Coitada de dona Maria de João Fontes, o seu telhado era quebrado. Quando a velha cismava, rasgava a bola, não a entregava. Dona Maria tinha um coração bom. Depois vinha o arrependimento.
O velho Zeca com o seu charuto fedorento. Na parede, um retrato do homem fumando , talvez ali estava a sua caricatura. Quando a bola entrava ali, o homem nada falava.
Pior, de tudo na vida é o silêncio.
Ficava uma disputa danada para ver quem ia buscar a bola. A disputa era muitas vezes no palitinho. A gente tinha receio de uma bronca do homem que nada dizia.
Os homens do poder construíram um Banco no lugar do Talho da Carne. Bem poderiam manter a construção antiga, o BANCO não se preocupou com a Memória e a História de um povo.
E a história ficou na banca de carne qual boi morto, fora devorada pela ganância do dinheiro.
Em nome do novo, destruíram a memória de uma gente.

SIMÃO DIAS EM VERSOS NA NET


O Estilo Colonial bem lembra o Pelourinho em Salvador. Um bom gosto do empresário Alberto
Carvalho, Betinho da Concorde Veículos.



Estudei no João que tinha Carvalho
Estudei no Grupo
Fausto Cardoso
Estudei lá no Bonfim
No Colégio Carvalho
Que acrescentava Neto
Tudo foi bom um dia
Lá na minha Simão Dias
Criança aceita mais
Depois vem o menino
Surge o rapaz
Brota o inconformismo
Na praça, o abrigo
Música de Raul Seixas
Protesto e uma nova vida alternativa
Sonho, utopia
Numa cidade do interior
Cine Brasil
Beijo no cinema
A vida no mesmo passo
Aos domingos, o pipoqueiro
Sem dinheiro, come torresmo
E se é feliz
Missa na matriz
Conversa que o padre diz:
" Cristo é o perdão."
Depois da saída
A gente humana olvida
Vem olho por olho
E assim se vai levando a vida
A vida corre no barco de saudade
A felicidade tão passageira
Uma nova aventura não é besteira
Vale a pena tentar
Ruim é o lamento
Viver o instante
Tudo chega ao derradeiro
Com o sem dinheiro
A gente vive
Ruim é o já foi
Deus me livre
Da boateira
Vê o circo pega fogo
E se faz de coitadinha
Foi lá na cozinha
Trouxe o tição
E haja fogo no quarteirão
Soldado vai e vem
Mais um filho na região
Tá vendo, Zefinha,
Não foi a confissão
O padre não lhe viu na Igreja
Fazer amor na mesa
É demais.
Ruim é tá sem
Sem amor
Sem dinheiro
Sem terra
Sem teto
O puxa-saco é esperto
Elogia demais
E ganha mais
A vida séria
Assassina a matéria
Sorrir e brincar
Viver criança
Senão se dança
Vai devagar
O santo é de gesso
Parar é morrer
Caminhar é o começo
De uma nova vida
Tentar, tentar, tentar
A pedra pode furar
Uma fonte pode brotar
E tudo termina
Numa fantasia de carnaval
Bote sua fantasia
Curta o momento
E coisa melhor
É uma boa
Dançar forró
Com uma nega sem r
A gente derrete
Se discriminação
Ó branquela
Aquarela do Brasil
Sucesso de todos tempos
No Nordeste, foi o tempo
Que o jegue era relógio
A vida é celular
A vida é internet
Minha vovó
Arranjou um paquera
Lá das bandas de Taquera
Casamento vai marcar
Saudade vai lembrar
Do meu tempo não era assim
E a vida tá boa assim
Cuma ou coma é a mesma coisa
A linguagem vem do povo
Falar difícil é complicado
Abaixo os formais
Sem anacoluto
Sem preciosismo
Pare, pare com isso
Vamos voltar ao interior
Missa aos domingos
Morreu o pipoqueiro
Coitado do namoro na praça
Agora é motel
A menina ama o céu
Quem não gosta do prazer?
Mariana ficou pra titia
Agora causa arrelia na Igreja
Se apaixonou pelo padre Nicanor
O homem é de Deus
Mas é humano
Há tentação
Oração, oração, oração
A vida mudou, ó Zé
Onde anda Bisqui,
A dama da noite do cabaré?
Eta baixinha danada
Chamava os meninos do internato
De meus amores
Flores e espinhos
Vida da gente
Estou de malas prontas
Vou ao interior
Vida de calmaria
No meu recanto
Cidade de Simão Dias.

ELEITOR FIEL AO CORONEL


O fato ocorrera numa cidade do Nordeste brasileiro, não me venha perguntar qual cidade, aí, meu amigo, você já quer saber demais. E os repletos de informação são temidos, ficam sob risco, para lhe preservar , é melhor assim, você não sabe o local do fato ocorrido.

Vamos ao fato: Havia numa cidade do interior um coronel que mandava em tudo, o delegado se fugisse de seus mandamentos , ia logo embora, o cabra era assim-assim com o governador. O padre se proferisse alguma palavra de mau agrado ao senhor Coronel, apressadamente ia para outra paróquia, o coronel era assim-assim com o Bispo.

As rádios da cidade só falavam bem do Coronel, ele era o dono. Os radialistas eram assim-assim com a informação.

O jornal da cidade era assim-assim com o Coronel.

O povo, em geral, vota no Coronel. Alguns gatos pingados até que votava contra. E quando o Coronel sonhava que o cara não votou nele , dava uma surra no eleitor.

Manoel da Jaca era um eleitor de carteirinha. Se o coronel mandasse votar em Dolores, a puta mais famosa da cidade, Mané da Jaca não pensava duas vezes. Dava até virtude a Dolores, chamando-a de religiosa, honesta e que nunca traiu nenhum homem.

O interior na pode viver sem a fofoca. Às vezes o boato se torna a notícia.

Um ingraçadinho lançou um veneno, disse o sujeito Zé Carlos:

- Que o Mané da Jaca tinha votado na turma dos insatisfeitos.

Notícia ruim chega tão depressa, a boa caminha em passos de tartaruga.

O Coronel mandou Pirilo, um metro e noventa de altura, forte, dá uma surra em Mané da Jaca.

Apanhou muito.

Dois dias depois, a verdadeira notícia chegou as orelhas grandes do Coronel, Mané de Jaçaí, foi embora da cidade , porque estava com medo, votou contra o coronel.

Mané da Jaca, vítima da informação mentirosa, foi aos poucos recuperando a saúde. Os remédios eram fornecidos pelo Coronel.

Quando já estava bem melhor, olha o Maneca na casa do Coronel Pinta Silva:

- Bom dia, coronel!

- Bom dia, Mané!

Perguntou o Coronel:

- Mané, você está com raiva de mim?

- Raiva do senhor, eu tenho de mim mesmo, porque não foi possível chegar até aqui.

- E da surra?

- Coronel, foi bom eu apanhar, só assim o senhor conhece o verdadeiro amigo, fiel até apanhando, um cão que apanha, mas não deixa o seu dono.


E a cidade continua assim-assim.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

PREVISÕES DE ANATÁSCIA


De início, eu tinha medo de Anatáscia, pensei até de me afastar de minha amiga. Você ser amigo de uma paranormal, de repente, ela poderia dizer: "VOCÊ VAI MORRER." Todos sabemos que um dia vamos partir para o outro mundo, mas tocar neste assunto, não agrada a ninguém.
O bom é falar da vida, canta a vida, a liberdade, brincar, sorrir, festejar o natal.


No nosso blog, dia 29 de agosto, escrevi a matéria A VIDENTE, quando Anastácia disse que ia ter problema grave com uma autoridade de governo. No mês de outubro, qual não foi a surpresa, fora anunciado pela equipe de governo de Sergipe, que Sua Excelência ,o governador Marcelo Déda Chagas, ia fazer uma operação nos Pâncreas lá no Estado de São Paulo no Hospital Sírio-Libanês.


E não pára por aí, escrevemos no dia 7 de novembro: DÉDA E A FÉ. O governador Déda estava com um licença de 45 dias e Anatáscia disse: " QUE 45 dias não era tempo suficiente para o tratamento de saúde." O governador Marcelo Déda Chagas já renovou a licença para mais 45 dias. Já são passados mais de 60 dias.


Déda já fez duas operações: Pâncreas e intestino.

Anatáscia não é médica. Entretanto, possui espiritualidade. Vê e enxerga além.


Outro dia, eu disse:


- Anatáscia, você bem poderia me dizer os números da MEGA?


Ela com o seu jeito enigmático sorriu, nada falou.


Hoje, dia 10 de dezembro, é a revisão para verificar o resultado das operações que fora submetido o governador Déda.
Torcemos e oramos que tudo vai dar certo.






quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

RIO CAIÇÁ

Em 2004, ocorreu a grande enchente do rio Caiçá


O rio Caiçá banha a cidade em que nasci - Simão Dias-SE. No rio, na infância, a gente tomava banho. Fernando Pessoa, grande poeta português, escreveu sobre o Rio TEJO que passa por Lisboa, fizemos um pequeno poema em homenagem ao rio de nossa terra.

RIO CAIÇÁ

Lá vai o rio Caiçá viajando lentamente
Com suas águas chorosas
Tal qual a vida de muita gente
Ó vida calamitosa
O Caiçá segue tristemente
Poluído, sujo, capenga e doente
E dói muito n'alma d'agente
Vê gente grande do nada faz
O rio Caiçá é casa-grande
Que todos os dias um tijolo cai
Ó saudade de outrora
Chora-menino, menino-chora
De lá vinha correndo o rio
Igual a um menino
Tinha pressa de chegar
O menino tornou-se homem
Coitado! Envelheceu
O rio de muleta vem devagar
Pra morrer pra que pressa de chegar
Dói muito e muito dói
Há gente sem sentimento
Lançando esperança ao vento
O rio Caiçá chora com a gente
Que paz, que sossego, que saúde,
Tristemente vai morrendo de tédio
Sem amparo, sem guarida, sem remédio
Quem se importa com o grito S.O.S.?
Da montanha, da serra, responde o eco
Prece, prece, prece, prece...
O rio é o nosso choro
A nossa melancolia, a nossa dor
o eco também responde ô...ô...ô

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

DÚVIDAS

O PENSADOR - Auguste Rodin


Os livros de autoajuda fazem sucesso. Vivemos o século da dúvida e da depressão = d2. A mulher tem dúvida se o marido está traindo!? Mas logo com quem com a sua própria irmã. Parece escritos do imortal Nélson Rodrigues : Tentações e Desejos.
O eleitor tem dúvida, se o seu candidato eleito vai cumprir a maldita promessa!?
A jovem casada possui dúvida se o seu marido a ama!? Para aumentar o seu desespero no décimo dia do casamento, chegou com o terno manchado de baton.
Há dúvida na vida em todos os pontos de vista!?
O assunto não é agradável, mas a realidade é nua e crua, há uma certeza , todos nós morremos. Certeza sim, da morte. Aí inexiste a dúvida.

E aquele casal, depois de mais de cinco anos de separação, resolveu retornar ao convívio. Para no ar, uma grande dúvida: será que vai dar certo?
Escrevemos um simples poema

DÚVIDAS

Se voltarás melhor?
Voa a dúvida!
Quando o pássaro pousar,
Há de cantar liberdade...
Se voltarás a pisar
No caminho arrogância e prepotência?
Futuca a incerteza!
Plantaste esperança!
Deixaste, com o tempo, um sol posto.
Esqueceste, ó companheira, das promessas.
Se voltarás melhor?
Há certeza da morte!
Indaga-se não ou sim?
Terás boa sorte!
A vida requer simplicidade,
Colher a flor no jardim,
Viver saudade!
Se voltarás melhor?
Há incerteza da vida!
Saber, se sabe ao certo:
Se voltares e trilhares na mesma vereda,
Não encontrarás oásis no deserto.

Poema escrito por Osvaldo Abreu

VIOLÊNCIA, INCERTEZA NO COUTO PEREIRA

A gaúcha Suzana Pittelli causou uma grande polêmica com belas fotos no Estádio Couto Pereira . E disse ela: "Qual o homem que não gosta de futebol e mulher?"

Suzana Pittelli, uma bela mulher, para compensar a agonia do domingo FLU 1 X 1 CORITIBA.



Vivemos no dia a dia da incerteza. Uma mãe perde o sono, quando o filho vai à noite, para brincar, dançar e divertir. Quando o filho chega na madrugada, a mãe aliviada adormece.

Há falta de segurança em todo canto: do Norte ao Sul; Leste a Oeste. O que mais revolta o cidadão comum é quando quem deve oferecer segurança, oferta agressão, medo. Recentemente, um padre de nome Claudomiro, sofreu violência policial. O fato encontra-se nos jornais e também saiu a notícia na televisão e no rádio do pequeno Estado de Sergipe.

O doente no hospital não possui a certeza da vida, n'alma o pensamento que a qualquer momento vem a desgraça morte e o leva.

Há incerteza no trabalho, na saúde, na segurança, enfim, na própria vida.

O que poderia ser um domingo de alegria, tornou-se um dia de angústia, de aflição, de sangue e de hospital. Vale a pena e assistir um jogo de fubebol?

O Estádio Couto Pereira, por pouco não se tornou Estádio Couto Peixeira. Torcedores do Coritiba frustrados, visto que o seu time foi para o rebaixamento no Campeonato Brasileiro partiram para a violência. A cena triste foi mostrada para todo mundo por intermédio dos jornais, rádios, dos canais de televisão e da internet.

Quando o juiz encerrou o jogo, cujo placar FLUMINENSE 1 x 1 Coritiba, gols de Marquinho pelo Flu e Pereira para o Coritiba, torcedores coritibanos partiram para a violência : o juiz foi agredido, policiais e torcedores também sofreram agressões.

O povo do Paraná trabalhador e ordeiro , não pode ser responsável por alguns desordeiros. O Coritiba provavelmente vai ser punido, perdendo o mando de campo no próximo Campeonato Brasileiro. Os torcedores devidamente identificados não sairão impunes. Acredita-se!

Quem sabe: se o juiz de Direito não vai determinar por um período de 2, 3, 4 ou 5 anos , o torcedor agressor não pode frequentar nenhum Estádio de Futebol, sob pena de ser decretada a sua prisão?


É triste para o torcedor ver o seu time ser rebaixado. Sou tricolor já sofri isto na pele. Mas as nossas frustrações não podem ser resolvidas com violência.

Fluminense possuía 98 % ( noventa e oito por cento) para ir para o rebaixamento. Mas lutou até o fim, a dor e a angústia e a incerteza foram vencidas. Continua na primeira Divisão do Campeonato Brasileiro.

O Coritiba não sofria tal diagnóstico de rebaixamento pelos matemáticos, agora é TIME DA SEGUNDA DIVISÃO.

Lamentar já não adianta, bola para frente, marcar o gol. No próximo ano, quem sabe? Pode o time retornar à primeira divisão.


A vida é perdas e ganhos.

Há dúvidas?

sábado, 5 de dezembro de 2009

PALPITE NO FLAMENGO X GRÊMIO

Historicamente o Flamengo veio do Fluminense


Amanhã, a torcida flamenguista há de festejar, jogando contra o Grêmio de Porto Alegre, o time gaúcho não levou 7 titulares para o Rio de Janeiro. Dois titulares jogarão Adilson e Douglas Costa. O centroavante argentino Maxi López não joga, nem o goleiro Victor, haverá também o desfalque do meia Souza.

Palpite em futebol é como em política não faz mal a ninguém : O FLAMENGO VENCERÁ ACIMA DE 4, quem sabe 4 x 0, 4 x 1 ou 5 x 0.

O jogo é às 17 00 horas no Maracanã.

Em se tratando de política, o melhor comentário é no próximo ano, tempo de eleição.

No tocante, ao meu Fluminense, creio que vencerá de 2 x o contra o Coritiba. Se empatar, já estou bem satisfeito, afinal, ruim é o rebaixamento e a falta de prestígio político.

Sou tricolor de corpo e alma.


FLU LUTAR ATÉ O FIM!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

É PROIBIDO FUMAR

CHARLES CLAPLIN fumando charuto


Atire a primeira pedra, Zefinha, quem não tem um vício! ?

Meu amigo Malaquias caiu em depressão, quando foram fechados os cabarés do Bico-da-Asa, Maré-Mansa, Bambu em Aracaju. Na feira da Fumaça em Lagarto, ele não gostava, visto que o local é bem exposto, por lá ainda perdura alguns resquícios do cabaré. Andou na ladeira da Montanha em Salvador, passeou na rua do Ceará no Rio de Janeiro. Na Lapa, ele foi, mas os cabarés da Lapa foram extintos , fizeram grande sucesso nos anos 30. O cantor e compositor Noel Rosa fora apaixonado por uma dama de cabaré, o nome dela Ceci. Dizem que a composição o Último Desejo, Noel fez em homenagem a Ceci.

ÚLTIMO DESEJO



Nosso amor que eu não esqueço
E que teve o seu começo
Numa noite de São João.
Morre hoje sem foguete,
Sem retrato e sem bilhete,
Sem luar, sem violão.
Perto de você me calo,
Tudo penso e nada falo.
Tenho medo de chorar,
Nunca mais quero o seu beijo,
Mas meu último desejo
Você não pode negar.
Se alguma pessoa amiga
Pedir que você lhe diga
Se você me quer ou não.
Diga que você me adora,
Que você lamenta e chora
A nossa separação.
As pessoas que eu detesto,
Diga sempre que eu não presto.
Que meu lar é um botequim.
Que eu arrunei sua vida,
Que eu não mereço a comida,
Que você pagou pra mim.

Noel Rosa morreu antes de completar 27 anos. Era viciado na boemia, cerveja e mulher.

Malaquias é um sexagenário, vive sempre de saudade dos cabarés.

Os gordinhos são viciados em comida.
A beata Bete não pode perder uma missa. Rezar e orar é com ela mesmo.
Existem os viciados em futebol. Os viciados em musculação.

A Lei proíbe determinados vícios, exemplos: a maconha e o crack.

Em São Paulo , Rio de Janeiro e Curitiba há leis que proibem fumar.

No Nordeste brasileiro, em Aracaju já existe uma lei municipal que proíbe fumar em locais públicos e privados.

É PROIBIDO FUMAR é uma canção de Roberto Carlos e Erasmo Carlos de 1964 que sempre fez
grande sucesso.

O saudoso Raul Seixas gravou e o Conjunto de Rock SKANK também, alguns versos:


"É proibido fumar
Diz o aviso que eu li
É proibido fumar
Pois o fogo pode pegar... (...)


É PROIBIDO FUMAR É A LEI ANTIFUMO.
Para quem fuma é uma desgraça, para quem não fuma é uma graça.

E o Filme É PROIBIDO FUMAR JÁ ENTROU EM CARTAZ. Foi premiado no Festival de Brasília. No elenco, Glória Pires e Paulo Miklos.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

MORTES DE LEILA DINIZ E LOPES


LEILA DINIZ





Leila Diniz fora uma atriz irreverente. Nascera em Niterói no dia 25 de março de 1945 e falecera de acidente de avião no dia 14 de junho de 1972 em Nova Délhi na Índia.
Hoje, uma mulher grávida na praia com biquini é coisa comum. Nos anos 70, período da repressão política e sexual, era um escândulo. Leila Diniz apareceu na praia de Ipanema de biquini foi o maior escândulo para uma sociedade machista.
Leila Diniz era defensora do amor livre e do prazer sexual.
Disse ela:
"VOCÊ PODE AMAR UMA PESSOA E IR PARA CAMA COM OUTRA, JÁ ACONTECEU COMIGO."
No Brasil, ao se falar da Revolução Feminina não se pode esquecer da carioca Leila Diniz.
Morreu bem jovem aos 27 anos.

A outra Leila é LEILA LOPES nascida em São Lepoldo no Rio Grande do Sul no dia 19 de outubro de 1969 e morreu na madrugada do dia de hoje, 3 de dezembro de 2009, em São Paulo.
Leila Lopes morre aos 40 anos.
Trabalhou na novela Pantanal em 1990.
Na Globo, 1993, fazendo o papel da professorinha Lu, em Renascer;
Rei do Gado , era Suzane - 1996.
Inspirado na obra do teatrólogo Nélson Rodrigues fez o Filme Pornô : PECADO E TENTAÇÕES .
Assim como Leila Diniz também fora professora. Possuía três cursos superiores: Letras, Arte Cênica e Jornalismo.
Ninguém sabe responder por que as duas LEILAS morreram cedo ou alguém sabe?

Fica a nós pobres mortais um bom conselho de vida de CHARLES CLAPLIN:
"BOM MESMO É IR À LUTA COM DETERMINAÇÃO, ABRAÇAR A VIDA COM PAIXÃO, PERDER COM CLASSE E VENCER COM OUSADIA, PORQUE O MUNDO PERTENCE A QUEM SE ATREVE E A VIDA É MUITO PARA SER INSIGNIFICANTE."






quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A PRÓXIMA VÍTIMA DE UM MARGINAL


Em todo Brasil, de Norte a Oeste; de Leste ao Sul, a falta de segurança é doença geral. Nos palanques os políticos prometem resolver a falta de Segurança Pública, entretanto , é uma calamidade, caos.

A polícia, de modo geral, faz a sua parte. A fórmula, para se ofertar segurança pública à população, ainda não foi encontrada por nenhum cientista, por nenhuma tese de doutorado. Muito dinheiro é gasto em Segurança Pública. A cada dia surge um novo marginal.

Todos os dias, um trabalhador, um empresário, um inocente são vítimas de um meliante, bandido mesmo.

Estamos lançados à sorte, salve-se quem puder!

O que fortalece o homem ainda é a fé. "Orai e vigiai" disse o mestre Jesus.

Livro de Autoajuda faz bem. Entretanto, não podemos fugir da Vida do Dia a Dia, A VIDA COMO ELA É do escritor, teatrólogo e jornalista NÉLSON RODRIGUES. Você deve recordar da peça: BONITINHA, MAS ORDINÁRIA. O pernambucano Nélson Rodrigues era torcedor do Fluminense, hoje se vivo estivesse, estaria sofrendo com o jogo FLU X LDU pela Sul-Americana.

Vencer por mais de 4 não é impossível, no futebol e na vida tudo é possível.

Para encerrar o texto escrevemos um poema A PRÓXIMA VÍTIMA:

No silêncio sepulcral,
Marginais Satanás
Arquitetam mais um mal!
A vítima dorme em silêncio...
Recorda, em sono, o tempo
Da doce e suave primavera,
Corre e corre ao vento.
Uma porta é estourada...
A lua tristonha caminha na madrugada...
Céu de pisca-pisca de estrelas.
A vida meliante
Vácuo, sem sentido, nada...
O homem dá o último suspiro.
O guarda-noturno dorme,
Que vigia!
Bandidos fazem a festa!
A alma humana vai além...
Sombra da lua, réstia...

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

AMOR DE JOVEM NO INTERIOR

Roberta Miranda e Ronnie Von. No tempo da jovem guarda, A canção a Praça fez grande sucesso na voz de Ronnie Von.



Em um dos versos da letra: "A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores e o mesmo jardim."
Houve transformação em sua cidade natal?










Na infância da minha vida, alcancei dos cinemas na minha terra natal - Simão Dias-SE, eram eles o cinema Brasil e o cine teatro Ypiranga. O cine Brasil, o prédio ainda existe. O cine Ypiranga fora derrubado.

O proprietário do cinema Brasil era Seu Antônio Borges. Que ficava irritado com a gritaria da meninada no matinée de domingo. O velho xingava: - Seus filhos do cabronco. Parem de gritar.
Quem pode com menino!? O passador de filme era João Jacó. Outra gritaria era quando a fita quebrava. E lá vinha o velho de novo com o seu tradicional xingamento.
Os meninos eram xingados. Mas menino não é como adulto, ele perdoa facilmente.
O cinema Ypiranga pertencia a Seu Pierre Freitas. Dele eu tenho lembrança era careca. Pai de dona Virgilinha da Escola Pierre Freitas.

Do escurinho no cinema, os casais preferiam ficar nas últimas poltronas do cine, perto do ventilador, ali o beijo e o abraço e as carícias por debaixo aconteciam. As mãos passeavam.

Os cinemas já não existem no interior. Os velhos proprietários morreram. O namoro na praça tornou-se sem graça. Fizemos um poema:

AMOR DE JOVEM NO INTERIOR

A rotina mudou, meu amor,
Na cidade do interior.
O beijo no escurinho do cinema
A fita quebrou...
Mudou o tema.
O cinema fechou!
A menina que ia cheia de graça
Passear na praça,
Perdeu a graça,
Envelheceu!
Casou, teve filhos...
Os olhos de estrela
Onde se escondeu o brilho?
O abraço e o beijo fugiram do jardim...
Tudo se transformou assim,
O banco da praça está vazio,
Cadê os namorados?
Amor fatal,
Amor banal,
Adeus! Romantismo.
Amor carnal,
Sonho do véu
Caiu no léu.
A santinha da escola
Coitada! Ficou pra titia.
No interior, veio o motel.
O tempo é ficante,
Pegante, ora, ora, ora...

AMOR DE JOVEM NO INTERIOR