Seu nome era Zequinha da Égua. Veio do sertão de Jeremoabo-BA para as bandas do povoado Pau Grande, município de Lagarto-SE. Chegou menino ainda mijando na cama. Seus pais, Chico de Beata e Maria de Chico vieram passar uns dias na casa de um parente. E dias foram esses que resolveram ficar para sempre. Para quem morava numa casa de taipa, sem luz, a água, se a jega velha pudesse contar, que andava mais de uma légua para trazer o líquido para o seu dono. Água limpa é coisa de gente fina, a água era mesmo barrenta, para dar graças a Deus! Ainda dizem que água não possui gosto. Vá, sujeito, de mãos finas, roupa bem passada, sapato lostrado para os recantos do sertão, vai nada!
Nos primeiros dias, morou Chico de Beata e alojados ficaram seus 9 filhos no galpão abandonado da fazenda Capivara do fazendeiro Chico de Sinhá. Depois, vendendo um dia aqui, outro - noutro canto, Trabalho duro de inchar as mãos e fazer calo: labuta da enxada, da foice - roçar pasto. Roçar só é bom mesmo no namoro. Seu Chico de Beata conseguiu fazer economia e comprou uma tarefa de terra , com uma casinha de barro cru. Que bom! De água e luz. Os meninos e as meninas foram crescendo. Sete homens e duas mulheres. Valdete e Vanesa casaram cedo, a primeira com quinze anos e a segunda com 16 anos. Dos filhos, cinco foram para Santos e dois ficaram: João Coelho e Zequinha da Égua.
O Coelho de João é em homenagem as suas orelhas grandes. No início, ela dava uma popa, se fosse um cavalo, quem pegasse o baque, ia ficar aleijado.
O apelido de Zequinha da Égua, dizem as más linguas que Zequinha criava uma égua e, quando o animal avistava o menino, rinchava muito. E não fica só por isso não! O Zequinha foi acusado de transar com o animal.
Zequinha ficava uma fera na jaula, quando de calça curta. Hoje , ele relaxou.
O apelido no Nordeste brasileiro é comum.