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quinta-feira, 6 de maio de 2010

A DESGRAÇA E A GRAÇA

Quadro de CÂNDIDO PORTINARI

Escrevemos este poema em homenagem a um colega. O cabra pisava, humilhava e ria. Hoje, chora.

Não festejes a desgraça alheia!
De planície e planalto,
A vida é cheia.
A qualquer momento, uma tempestade
A gente de sangue nas veias.
Incompleta, a felicidade!
A vida é incerteza!
Mesmo com o ouro e a prata
A alma não é farta.
Sempre há uma mensagem,
um e-mail, telefone, uma carta:
Chegou a hora!
A natureza possui a resposta,
Quem ao sol do dia sorri;
No amanhecer, chora!
Não festejes a desgraça alheia!
A graça e a desgraça são inseparáveis,
Irmãs que n'alma humana moram!