Cora Coralina - poetisa brasileira - nasceu no Estado de Goiás, escreveu seu primeiro livro depois dos 70 anos.
A juventude de hoje, no amanhã será a velhice. Chegar nela, nos tempos atuais, não é coisa fácil, a gente vê a droga, a violência, o assassinato. A intranquilidade e a falta de segurança são manchetes do dia a dia.
Ao lembrar da poetisa Cora Coralina, escrevemos estes versos:
Bem tardinha,
Boquinha da noite,
No canto da Ave-Maria,
A pobre velhinha faz sua oração;
Coração saudade
Ai , ai, outrora
Tocava uma viola
No salão, casa de taipa
Conversa farta
A luz do candeeiro
Claridade duma vela
A lua de clarão
Iluminava o terreiro
Um vaga-lume ligeiro
Lançava pingos de luz
Se olhava pro céu
Contava-se estrelas
A moça pedia
Um rapaz em casamento
Foi embora a primavera
Murchou a flor
A velha que você olhou
Não carece de piedade
É a folha que o vento levou
Você na idade.
Poema de Osvaldo Abreu
Boquinha da noite,
No canto da Ave-Maria,
A pobre velhinha faz sua oração;
Coração saudade
Ai , ai, outrora
Tocava uma viola
No salão, casa de taipa
Conversa farta
A luz do candeeiro
Claridade duma vela
A lua de clarão
Iluminava o terreiro
Um vaga-lume ligeiro
Lançava pingos de luz
Se olhava pro céu
Contava-se estrelas
A moça pedia
Um rapaz em casamento
Foi embora a primavera
Murchou a flor
A velha que você olhou
Não carece de piedade
É a folha que o vento levou
Você na idade.
Poema de Osvaldo Abreu