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terça-feira, 31 de março de 2009

ADEUS DITADURA MILITAR!



Emílio Rocha










Em 1967, era prefeito de Simão Dias o senador Antônio Carlos Valadares, naquele ano um jovem intelectual capa-bode, Jorge Barreto Mattos, criava o Jornal A VOZ DA MOCIDADE, um jornal impresso em Aracaju, ousado e que não fazia a subserviência ao poder, uma prática tão comum no dia a dia.

Em agosto de 1967, em um dia de domingo, no extinto Clube Cayçara Clube, o simãodiense Jorge Barreto lançava o seu livro de estréia MINHA TERRA, MINHA GENTE, o compêndio faz crítica ao ex-prefeito de Simão Dias, Sebastião Celso de Carvalho, quando administrou a cidade no ano de 1947 a 50. Em seu livro o escritor e jornalista Jorge Barreto enaltece a família Andrade e Barreto.

Outro jovem idealista, que merece destaque , é o jornalista Emílio Rocha, foto acima, que nos anos 20 tinha o jornal A LUTA que perdurou até 1937, quando teve que fugir às pressas, quando Getúlio Vargas deu o Golpe Militar de 1937.
Estes dois merecem homenagens pela gente de Simão Dias. Jovens que não se curvaram.
Jorge Barreto encontra-se ausente de Simão Dias por mais de 20 anos, sempre escrevendo.
Emílio Rocha, fundador do Hospital Bom Jesus, já se foi desta vida, mas continua presente nos escritos do Jornal a LUTA.
EMILIO ROCHA viveu no Golpe de Estado de Getúlio Vargas em 1937.
JORGE BARRETO, no tempo da DITADURA MILITAR 1968, teve a ousadia, a coragem, de possuir o seu jornal A VOZ DA MOCIDADE.
Em 31 de março de 1964, o Brasil sofreu o Golpe Militar. Muitos foram obrigados a fugir para o exílio. Meu amigo, Ancelmo Góis, do Jornal o Globo foi viver na Rússia.
A todos os coroas de hoje que tiveram a ousadia de gritar, protestar, nossas homenagens neste dia da perfídia REVOLUÇÃO DE l964.

PRESIDENTE LULA SEM PAPA NA LÍNGUA

O cabra que é espontâneo tem alma boa. É tal qual criança diz o que pensa. Perigoso é o sujeito calado, matreiro. moiteiro. Este é preciso cautela.
Sua excelência o presidente Lula é um repentista. Formidável em suas tiradas, em seus ditos, não pense que o homem diz nada à toa, atodoado é quem assim imagina. Um retirante nordestino, pernambucano de Garanhuns, chegar onde o homem chegou , é porque o cabra é bom. Avaliar se é cabra macho, não sou quem deve dizer, aí é outro departamento.
Mas vamos ao presidente, disse ele, em se tratando da crise:
"Uma gripe num cabra mofino ele fica na cama; num cabra macho, ele vai trabalhar e não perde uma hora de serviço."
Na terra dos capa-bodes, Simão Dias, nós temos o mais espontâneo dos políticos que é o Zé Valadares, quem quiser ache ruim, quando o homem quer dizer, ai, meu fio, se segure. E vai uma de Zé Valadares:
"NA POLÍTICA SÓ EXISTE DOIS PARTIDOS POLÍTICOS : OS QUE ESTÃO MAMANDO E OS QUE QUEREM MAMAR."

MEMORIAL E A BIBLIOTECA

O nosso administrador municipal é um historiador, traz no sangue a cultura do velho Zeca Déda, fundador do Jornal a Semana. O semanário circulou em Simão Dias por mais de 20 anos. Se não fosse a morte do ex-deputado estadual José de Carvalho Déda em 1968 , talvez o jornal ainda estava presente na vida do povo de Simão Dias.

O professor Denisson Déda, prefeito de Simão Dias, é neto de Seu Zeca Déda. Um homem voltado para cultura com três livros publicados: Brefáias e Burundangas do Folclore Sergipano, Simão Dias - Fragmentos de Sua História e o romance Formigas de Asas, este publicado após sua morte, que tem, há pouco tempo, o patrocínio do BANESE e da Prefeitura de Aracaju.
A cidade de Simão Dias carece de uma Biblioteca Moderna noutro local que não seja no antigo prédio da Cadeia Pública, ela foi inaugurada no dia 21 de maio de 1922. A Biblioteca Lucila Macedo fica em um dos cubículos onde eram presos os meliantes, os marginais, os ladrões, os desviados da vida. O ambiente é tétrico, sombrio, possui o mau cheio de mofo. O pessoal até que faz a limpeza, mas matar inhaca velha nem com reza de santo macho .
Uma Biblioteca Pública, nos novos tempos, deve ser ampla, com vários computadores, ambiente com ar-condicionado, não é mordomia, o cérebro humano, já está provado, funciona melhor na temperatura até 21 graus. O momento é agora, o primo do prefeito é o governador de Sergipe, Dr. Marcelo Déda Chagas. Se não aproveitar o instante, depois não venha lamentar com o :" Ai, meu fio" do ex-prefeito José Mattos Valadares.
No tocante ao Memorial já lia muitas críticas na internet, dizendo que é o Memorial do Poder. Se é do poder ou não é não vamos adentrar neste assunto . Todavia, o local é uma boa fonte de pesquisa.
Do mais é só esperar. Temos a força política: governador Marcelo Déda, senador Tonho Valadares, deputado federal Valadares Filho.

É necessário a VONTADE POLÍTICA, com ela a cidade pode se transformar em diamante, ouro, pérola. Por enquanto é a terra da Esperança. o material precioso do poeta Udilson Soares é sonho, utopia, coisa de poeta.

Prefeito Denisson Déda, peça muito : Biblioteca, faculdade, casa de cultura, indústria, fábrica, empregos.


"O TEMPO NÃO ESPERA ACONTECER."

segunda-feira, 30 de março de 2009

PELÉ DE SIMÃO DIAS

A praça José Barreto, conhecida com praça de São João está bonita. Ninguém pode negar que é uma bela praça de Simão Dias, salvo os críticos de plantão, que só atiram pedras e não edificam. Em 1970, ali na praça, repleta de ficus, tamarindo, oiti tinha um campo de futebol, os meninos de minha infância jogavam bola, entre eles Herval, o finado Humberto de Deoclécio, o produtor teatral Jorge Lins, o governador Marcelo Déda, pense no cara ruim de bola, ele se salvava com time de botão, o flamengo. Muitos times de botão eram de micas estragadas de relógio, conseguidas gratuitamente com os relojoeiros Otávio e o ourive seu Quincas. Ambos labutavam na rua Joviniano de Carvalho. Existiam ainda na rua do meu nascimento, os relojoeiros: o espanhol Cesário e o lagartense Romeu. Este mudou de ramo, possui um novo comércio. Seu está vivinho da silva, graças a Deus. Os outros foram morar no cemitério São João Batista na mesma praça de São João. E lá na praça ninguém melhor do que o Pelé, filho do padeiro Ananias, Foi embora, quem souber notícia, favor avisar. O sujeito, como dizia o itabaianense Oviedo Teixeira, era bom de bola. Fazer gol era com ele mesmo. Tinha raça, tinha futebol.
Outro dia, vi na imprensa um jornalista amigo meu elogiando o governador como bom de bola. Ri, confesso que não disse nada, e matutei em silêncio será que o meu distinto amigo possui um Cargo de Confiança - CC.
Bom de time de botão, sei que sim, político competente é inegável, mas no futebol...

A vida é uma questão de oportunidade, o nosso Pelé de Simão Dias poderia ser um grande jogador num destacado time, todavia, faltou-lhe a bendita O P O R T U N I D A D E.

O BRASIL E O MUNDO ESTÃO REPLETOS DE PELÉS.

sábado, 28 de março de 2009

O IMORTAL PEDRO VALADARES

Sou orgulhosamente filho de bodegueiro. A primeira bodega de meu pai foi estabelecida na rua do Mulungu - Rua Antônio Manoel de Carvalho - rua das Raparigas e também das famílias constituídas. O cabaré era chamado Bico da Asa. O meu pai tinha a sua bodega no lado familiar. Porém, este flanco também ficou tumultuado e um cabaré foi estabelecido, o Dama da Noite. Ninguém sabe até hoje, um incêndio destruiu a bodega de meu pai. O homem chorou, mas não se entregou. Batalhou, foi aguadeiro do tanque novo, economizou. Com o passar dos anos, comprou um imóvel na rua Joviniano Carvalho, vizinho ao Jornal a Semana de Seu Zeca Déda, avô do governador de Sergipe, Marcelo Déda. O velho Pedro Mendes sorriu com sua nova BODEGA. Um fênix brotado das cinzas. A turma da UDN (União Democrática Nacional) gostava de frequentar a bodega de meu pai. O prefeito de Simão Dias de 1959 a 63, depois se tornou Deputado Estadual, Pedro Valadares, não arredava o pé da Bodega. Lá no parte reservada, ele estendia as pernas numa cadeira. Eu era pequeno e me lembro deste homem, careca, calmo, falava mansamente. Um dia, ele me salvou. Menino faz coisas que o cão teme, eu andei quebrando algumas vidraças. Se não fosse a intervenção de Seu Pedrinho como era chamado, a surra viria naturalmente.
Eu me lembro como se fosse hoje, o Seu Pedrinho:
- Pedro, vou lhe pedir um favor, não bata no menino.
Meu pai:
- Ele vai apanhar, Pedro Valadares.
- Vou lhe pedir um grande favor. Não bata é tão pequeno, lhe dê um castigo.
Meu pai ficou meio hesitante. E prometeu que não me batia e que ia me deixar em pé no canto por duas horas.
Confesso, que depois da saída do homem, dona Vandeléia, era o nome da taca - relho , ia dançar nas minhas costas.
Meu pai, para minha felicidade, cumpriu o solicitado. E no castigo eu mijei.
O homem que me salvou morreu. E eu menino de calça curta fui ao funeral. Pensei que ia morrer sufocado. Imagine um anão no meio dos gigantes. Nunca vi enterro que vencesse o de Seu Pedrinho. O do ex-prefeito Caçulo abeirou. E ,no empurra em empura, cheguei ao cemitério São João Batista. Passei muitas noites sem dormir com medo das almas do outro mundo.
O tempo não pára. Os momentos são inesquecíveis. A gente sofre com as lembranças. Às vezes elas trazem felicidade.
A Bodega de meu pai, que sustentou nove filhos, já não existe. As páginas do Jornal A Semana ficaram amareladas. Foi embora Seu Zeca Déda. Meu pai de forma violenta também partiu.
O homem que me salvou tornou-se imortal para o povo capa-bode.
Na praça Barão de Santa Rosa a Estátua de Pedro Valadares:
- Pedro, não bata no menino.
Oswald Abreu

A MORTE DE SINHAZINHA

No período escravocrata e nos anos 30 ainda predominava a Sinhazinha. A moça só casava sob determinação do senhor de engenho, do coronel. A rebelde era enviada para o convento. Ia ser noiva de Cristo para sempre. Foram morrendo os coronéis, as casas-grandes foram caindo, a riqueza foi dividida, as famílias chamadas tradicionais ficaram para contar a história. Um museu a céu aberto. As taças, os banquetes, os bailes na casa-grande são coisas do passado.
A sinhazinha corre no dia a dia , lutando pela sobrevivência. Trabalha, estuda, dirige. O tabu sexual foi jogado na lata do lixo. Faz amor, adormece com o seu namorado. Não prestou rá-ré-ri-ró-rua. O novo amor bate à porta. Senhorita Sinhazinha, coisa ultrapassada, é melhor, sinhazinha. A moça bem bronzeada, com o semblante de malícia, vai à alcova com seu mais novo amor. Alcova pare com palavra muito usada no século XIX, que tal cama mesmo.
O tempo mudou! Senhor meu pai foi trocado pelo e aí coroa, velho.
Novos tempos.
TUDO SE ESVAI COM O TEMPO.

Oswald Abreu
Escritor

sexta-feira, 27 de março de 2009

DEBAIXO DA SAIA DE SUA MÃE

Guilhermina era seu nome. Morava lá na rua do Cumbe em Simão Dias. Depois a rua foi mudada de nome, para Sinésio dos Santos, um homem religioso, irmão do ex-prefeito Abel Jacó. Éramos meninos de calças curtas em 1970. Nesta época , o Brasil tornou-se tricampeão do mundo no futebol. Venceu a Itália por 4 x l. Ouvimos o jogo na rua da Feira, também conhecida como Coronel Loiola. O apelido vale mais do que o nome. Para todo gente rua da Feira. O rádio estava ligado na Globo. O locator era Waldir Amaral. O serviço de som foi colocado pela prefeitura. E lá estávamos nós no PRA FRENTE BRASIL DO MEU CORAÇÃO.
Na esquina apareceu dona Guilhermina. A velhinha era tida como doída. Aumentava a sua tontice, quando a meninada gritava Vovó do Caroço. Ela corria atrás dos meninos. A senhora tinha, apesar da idade, grande resistência, mas alcançar um menino correndo, tem que ser um bom atleta.
Mas interessante era quando se perguntava Vovó do Caroço pelo Caroço.
Dona Guilhermina não hesitava:
- O CAROÇO ESTÁ DEBAIXO DA SAIA DE SUA MÃE.
A velhinha morreu. Você já deve estar perguntando por que a chamava de V0vó do caroço.
Ah! Se a dona Guilhermina estive viva para lhe dar a resposta.

quinta-feira, 26 de março de 2009

MENDICÂNCIA DA CULTURA

A Lei de incentivo à Cultura até que existe. Chama-se Ruanet, o nome já é difícil, criada em 13 de dezembro de 1991, Lei de número 1383. Sofrem os diretores de cinema, de teatro, jornalistas, poetas , escritores quando buscam o incentivo cultural. Quando se tem um padrinho político, as portas são abertas, do contrário, penam no caminho do calvário, na viacrucis.
Recebi do historiador, poeta e escritor Jorge Barreto, que não é Dr. Jorge de Zé de Antero, o seu livro de estréia: MINHA TERRA E MINHA GENTE . Um livro de História de Simão Dias, que foi lançado em 1967, quando era prefeito de Simão Dias, o senador Antônio Valadares. Quem não deve ter gostado do livro é o ex-governador de Sergipe Celso de Carvalho, visto que faz severas críticas ao ex-prefeito Sebastião Celso de Carvalho, que teve o mandato de 1947 a 1950.
O Jorge Barreto causou também polêmica com o seu jornal A VOZ DA MOCIDADE . Na história dos jornais de Simão Dias não se pode olvidar do Jornal. A equipe jornalista era formada pelos jovens Udilson Soares, Amaral Cavalcanti e Luiz dos Reis.
Jorge Barreto escreveu o livro MINHA TERRA E MINHA GENTE sem nenhum incentivo cultural.
Há poetas, escritores anônimos em todo Brasil. Simão Dias, terra de homens das letras, podemos citar: Carvalho Neto, Gervásio Prata, Paulo Dantas, Zeca Déda e Jorge Barreto Matos,
há muitos escritos adormecidos, precisando de incentivo do município, do estado e do próprio BANESE que no passado incentivava à cultura do livro.
A terra dos capa-bodes , não é tão somente de escritores, é dos músicos, do folclore, do teatro, dos pintores.
O INCENTIVO CULTURAL DEMONSTRA A GRANDEZA DO ADMINISTRADOR.

quarta-feira, 25 de março de 2009

O CABELEIREIRO DO SENADOR ALMEIDA LIMA

Estes dados acima foram extraídos do Livro PROFESSOR, EXEMPLO DE VIDA.
CENÁRIOS DA HISTÓRIA : SIMÃO DIAS, PARIPIRANGA-BA, LAGARTO, páginas
130.





Na divisão do PMDB de Sergipe , algumas cidades ficaram sob o comando do senador Almeida Lima, outras sob a regência do deputado federal Jackson Barreto. Ambos são primos, mas são incomunicáveis. Inimigos políticos. A cidade dos capa-bodes, Simão Dias ficou para o senador Almeida Lima. O seu candidato Dr. Rui Dória não fora eleito prefeito em 2008. O eleito foi o candidato do senador Valadares, o professor Denisson Déda, que vem a ser primo do governador de Sergipe, Marcelo Déda. O professor Denisson já foi do PT, agora é filiado ao PSB.
O senador Almeida Lima foi um cabra macho, ao defender o senador Renan Calheiros das Alagoas, quando toda Imprensa atirava pedras no homem da terra do escritor Graciliano Ramos.
O senador Almeida Lima foi eleito por aclamação nesta terça-feira, PRESIDENTE DA COMISSÃO MISTA DE PLANOS E FISCALIZAÇÃO (CMO) . A mais importante comissão.
Prefeitos de todo o Brasil indo a Brasília não podem deixar de tentar uma audiência com sua excelência o senador Almeida Lima.

Não se pode esquecer que um ilustre capa-bode, o cabeleireiro Carlinhos de Zeca, é amigo pessoal do senador. O corte e acertos do cabelo do senador são realizados no salão de Carlinhos em Aracaju na rua Maruim.
Cliente de Carlinhos não é só o senador. Há também o deputado federal Zé Carlos Machado, o ministro do Supremo Tribunal de Federal- STF - Carlos Brito e o Presidente Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto.
Ser amigo do Carlinhos é um privilégio, afinal o capa-bode é um fiel amigo.
CARLINHOS DE ZECA também é celebridade.

terça-feira, 24 de março de 2009

SENADO FEDERAL É O CÉU





Alguém já disse que melhor do que o Senado Federal só o céu. Buscar quem disse é um trabalho em vão, porque há sempre os plagiadores, os copiares fazem sucesso. Muitas vezes, o original não possui nenhuma valia.
No próximo ano, haverá duas vagas de senadores. Os candidatos possuem boas biografias, currículos.



Vejamos:



JAKSON BARRETO natural de Santa Rosa de Lima-SE, completa no dia 5 de maio 65 anos. Ele nascido em plena Guerra Mundial em 1944. Foi vereador, deputado estadual, prefeito de Aracaju, atualmente Deputado Federal do PMDB. Possui curso superior. Formado em Direito pela Universidade Federal de Sergipe.

EDUARDO AMORIM é natural da cidade de Itabaiana-SE Nasceu no dia 17 de maio de 1963, fará 46 anos de idade. Foi secretário de saúde do governo do estado de Sergipe. Um novato na política, todavia, foi o mais votado Deputado Federal. Foi eleito pelo Partido Social Cristão - PSC. É médico, formado pela Universidade Federal de Sergipe.

ANTÔNIO CARLOS VALADARES nasceu em Simão Dias-SE no dia 6 de abril de 1943; no mês vindouro, terá 66 anos. O mundo estava em Guerra. Só nunca foi vereador. Foi prefeito de Simão Dias, de Aracaju no período dos prefeitos biônicos, deputado estadual, deputado federal, governador de Sergipe, senador da República por dois mandatos. É possuidor de dois cursos universitários em Quimica e Direito, ambos pela Universidade Federal de Sergipe. É senador da República , representando o PSB. Tem fama de conciliador.

Há muita água correndo debaixo da ponte do rio Caiçá. Outras novidades surgirão.


NO CÉU DA POLÍTICA, UM NOVO ECLIPSE PODE SURGIR.

segunda-feira, 23 de março de 2009

PUXA-SACO




Fiquei em dúvida se com a nova ortografia se o puxa perderá o hífen, ficando puxasaco, ainda bem que até 2013 podemos escrever das duas maneiras. Bom seria se puxa-saco não perdesse o tracinho, seria diferente, afinal ele merece um tratamento especial, desigual.
O puxa-saco é um elemento perigoso. Outro dia, li no Diário Oficial do estado de Sergipe a nomeação de um bajulador. Sua excelência o governador Marcelo Déda o nomeou. Antes o subserviente falava mal do governador Déda. O puxa-saco no tempo eleitoral defendia o lado verde da melância, ou seja, a cor verde do candidato a governador Dr. João Alves Filho. Da parte vermelha do fruto dizia os piores adjetivos. Marcelo Déda o puxa-saco não queria ouvir o nome. Dizia que possuía ojeriza, nenhuma simpatia. Lá na minha repartição cheguei a discutir com o puxa-saco, até hoje não se falamos, coisa de gente besta, discutir política defendo candidato. O bajulador via em Dr. Marcelo Déda a imaturidade; em Dr. João Alves a experência, o construtor. Disse eu que a vida é saudável , quando há renovação, bem assim é a política. O ilustre subserviente combatia.
O puxa-saco é capaz de torna-se corno, dando a mulher ao chefe, no funeral do ente querido do superior pode até botar pimenta nos olhos ou cebola. O puxa-saco é um leva e traz.
Nos anos 60, foi Delegado de Simão Dias o coronel João Machado, foi também vereador capabode. Ele um papa-jaca da próspera cidade de Lagarto. Conheci-o, quando o senador Valadares era vice-governador do Estado de 1983 a 86, dizia ele:
_ Doutor, as portas do Palácio do Governo estão abertas para os puxa-sacos. Os verdadeiros, os intelectuais, os idealistas estes encontram as portas fechadas.
O puxa-saco é capaz de latir, imitando o cachorro que desapareceu do Palácio do Veraneio, pertencente ao filho do governador Déda. O cão já é ilustre chama-se Pitoco. Meu Deus, foi uma agonia, triste dia para os policiais que guarnecem o Palácio, no descuido dos guardas, o cão chateado com os puxa-sacos deu uma fugidinha. Lá fora encontrou com os cachorros de rua, o povo simples que almeja melhores dias. O cachorro Pitoco para alegria do pequeno filho do governador foi encontrado. Naturalmente, o puxa-saco já saberia, de imediato, o nome da criança, que merece respeito pela sinceridade, pela boa luz.
O cachorro Pitoco e o menino voltaram a brincar. Animal, planta e criança trazem boa energia.
Estou na repartição, o puxa-saco está chegando de terno e gravata, Lá vem ele com um bom dia do comendiante COXINHA, cearense.
É preciso tolerar o sujeito falso, senão vossemecê não sai no dia a dia.
Repito BOM DIA.
O sujeito traz no semblante, ou melhor, na cara o sorriso crocodilo e faz lembrar a velha lição:
CUIDADO! A FERA AO ATACAR ELE ESTAMPA OS DENTES.


Escritor Oswald Abreu

sexta-feira, 20 de março de 2009


Romance Formigas de ASAS

de Seu Zeca Déda, avô do prefeito e do governador Déda

Recebi 4 livros de presente, são eles: Brefáias e Burundangas, Simão Dias, Fragmentos de sua história, Carvalho Déda - Vida e Obra - e o romance Formigas de Asas de meu amigo de infância Flamarion Déda, para os mais íntimos Toinho. O autor dos livros, ora citados, é José de Carvalho Déda, Seu Zeca Déda como era conhecido em Simão Dias. O ilustre doador dos livros é o vereador na cidade de Lagarto e vem a ser filho do escritor, poeta e jornalista José de Carvalho Déda, SEU ZECA DÉDA. José de Carvalho Déda nasceu no dia 1 de dezembro de 1898 na cidade baiana de Patrocínio do Coité, atualmente Paripiranga, veio a falecer no dia 02 de setembro de 1968. Foi delegado de polícia, prefeito, vereador, deputado estadual, fundador do Jornal a SEMANA que circulou em Simão Dias de 1946 a 1968.

Brefáias e Burundangas do Folclore Sergipano e Simão Dias, Fragmentos de sua História eu já tinha os lido, quando eu fui estudante no extinto Colégio Carvalho Neto no Bairro Bomfim. Hoje, o Colégio é Escola Municipal. Os livros Carvalho Déda - Vida e Obra e Formigas de Asas não os conhecia. Li , em primeiro lugar, Vida e Obra, logo depois o romance Formigas de Asas. Achei bem interessante este romance. O senhor de terras vai sempre banindo as pequenas propriedades, comprando-as, fazendo pressão. Aumentando seu latifúndio. O livro lança uma boa semente da Reforma Agrária.

A família Déda, como já é de esperar, sucesso na Exposição VIDA E OBRA DE CARVALHO DÉDA no Memorial de Simão Dias.




HOMEM NÃO PRESTA


A fama de Otoniel já corria quarteirão de um cordeirinho diante de sua mulher Dorotéia. A qualquer instante poderia surgir o grito:
_ Otoniel, vá comprar pão na padaria de Dominguinhos.
O homem sempre serviçal já estava pronto e dizia:
_ Já estou indo, minha santa.
Cortesia era com ele mesmo, parecia político em tempo eleitoral: fidalgo, gentil.
No salão de Fátima, as mulheres não paravam o badalo, a língua não cansava, era uma atleta incansável, conversavam até Zefinha chegar da lenha. Simone fora casada com o cabo Santos, gostava de filosofar:
_ Homem é como comerciante desonesto, só dá o troco faltando dinheiro. Nesta hora a solidariedade era quase geral, salvo o pronunciamento de Dorotéia, causava até antipatia de tanto elogio a Otoniel.
No salão de Fátima, até Jesus Cristo não era poupado. Judite, que não acreditava em Deus, metia o pau no homem de Nazaré. As colegas a chamavam de excomungada, amaldiçoada. Ela nem aí... Judite acreditava que Cristo fora um homem comum. Se fosse um Deus não teria morrido na cruz.

Lá vinha Dorotéia:
_ Simone, tenho vinte e cinco anos de casada, nunca peguei meu marido em deslize
_ Sorte sua, mas lhe aviso,: não confie. Cavalo manso o coice é mais forte.
_ Que nada, mulher, só porque você é divorciada, fica botando mau gosto.
_ Mulher, abra os olhos, confie, desconfiando. Gato que a gente muita acaricia, ele um dia causa lesões.
_ Mulher, o coitado é tão caseiro, passa o dia inteiro no computador
_ Dorotéia, o nome já está dizendo: computador, computa a dor.
_ Você, eih, é baixo astral!
_ Até que eu não me acho, sou é desconfiada.
O crime perfeito não existe. tudo que está sob o resplandecer do sol mais cedo ou no arrebol será visto. Na quarta-feira de cinzas, o cabra comeu um peixe estragado, deu-lhe uma dor de barriga, o canal do homem ficou bem ferido de tanto usar. Foi um vaivém sem trégua para o banheiro.
Há o dia do descuido. Otoniel deixou a tela do computador à vista. E na máquina Dorotéia leu:
"Meu amor, estou com saudade."
A casa caiu. A mulher que se achava forte, mergulhou em choro. Veio a depressão.
"Filho da p... Traidor. Logo com quem com Isaurinha, minha melhor amiga, carola, comedora de hóstia. Hipócrita, bandida, descarada, sem-vergonha."
Otoniel ainda tentou fazer uma enrolação. Mal entendido que nada, era 10 anos de safadeza com a outra.
Dorotéia desejou que o fogo do inferno queimasse Isaurinha. "Cachorra, santa do pau oco." Xingar era com Dorotéia.
"Um sonso, dissimulado, bandido, canalha" eram os adjetivos usados pela traída.
Não houve jeito de continuar o casamento. Ela continuava: "Ainda bem que não tive filho deste filho da égua."

Dorotéia continua a frequentar o salão de Fátima e todas as mulheres no mesmo coro:
"HOMEM NÃO PRESTA."


Escritor Oswald Abreu

quinta-feira, 19 de março de 2009

SÃO JOSÉ E A FALTA DE SEGURANÇA





O Nordeste Brasileiro festeja o dia de São José. Fogos sobem ao céu. As carolas rezam ao Santo, Senhor das chuvas. O milho e o feijão são plantados.



A fé que remove montanha chega na alma do povo do Nordeste, é preciso ter esperança no bom inverno. Fim de tarde, boquinha da noite, é preciso fugir da campo, retorna ao lar ou na agrovila ou na cidade, porque a área rural está insegura. A falta de segurança atingiu o campo. A vida bucólica perdeu a paz, a tranquilidade. Os marginais atacam em grupo, encapuzados.



É mister que o Governo Federal crie a polícia do campo.



O homem da zona rural está desprotegido.



É necessário apelar ao santo São José que mande chuva e traga A PAZ AO CAMPO.





Oswald Abreu

O ÓDIO AO ESTRANGEIRO

DENISSON DÉDA



Os habitantes de Simão Dias, os capa bodes não discriminam os que vêm de fora, ou melhor, os estrangeiros de outras cidades, de outros municípios. Os acolhem bem. A xenofobia - ódio ao estrangeiro não possui assento no dicionário do povo de Simão Dias. Os prefeitos municipais, na sua maioria, são de pessoas não nascidas em Simão Dias, senão vejamos:


O primeiro prefeito de Simão Dias, na época intendente, 1890, RAFAEL ARCANJO MONTAVÃO nasceu na cidade de Campos, atualmente Tobias Barreto, o coronel Sebastião da Fonseca Andrade (Barão de Santa Rosa) é baiano de Cícero Dantas, levantamento feito pelo historiador e escritor Jorge Barreto Matos, que não é o Dr. Jorge de Zé de Antero.


Com o Golpe de Getúlio Vargas de 1930, tivemos os chamados prefeitos interventores, que foram nomeados uns por Augusto Maynard Gomes, outros foram indicados pelo interventor do Estado Eronides Carvalho. Com a Constituição de 1946, os prefeitos são escolhidos pelo voto direto do povo. Entre indicados pelos Interventores e escolhidos pelo povo são vários os administradores municipais que não nasceram na cidade de Simão Dias, senão vejamos:


1 - José de Carvalho Déda nascido na cidade de Paripiranga, governou de 1932 a 35;

2 - Coronel João Pinto de Mendença é do Pinhão, governou de 1937 a 41;

3 - Manoel Fraga Dantas é natural de Riachão do Dantas - de 1942 a 46;

4 - Cícero Ferreira Guerra é alagoano de Mato Grande, no Estado das Alagoas - 1946;

5 - Francino da Silveira Déda - Paripiranga/BA - 1946;

6 -Nélson Pinto de Mendonça - Pinhão/SE - de 1951 a1954;

7 - Pedro Almeida Valadares é dos Palmares, pertencente hoje a Riachão do Dantas - 1959 a 63;

8 - Dermeval Guerra de Mata Grande-Al - 1970 a 7l;

9 -Abel Jacó dos Santos, baiano da cidade de Heliópolis - 1977 a 83;

10 -Manoel Ferreira Matos de Paripiranga/BA - 1983 a 89;

11 - Josefa Matos Valadares de Paripiranga/BA - 1989 A 1992;

12 -DENISSON DÉDA, baiano de Paripiranga - 2009.





Manoel Fraga Dantas, Nélson Pinto de Mendonça e Manoel Ferreira Matos (Caçulo) retornaram ao Poder Municipal . Fraga Dantas por indicação e os outros dois pelo voto direto.


O prefeito de Simão Dias, o professor Denisson Déda tem uma missão difícil, conseguir de volta os povoados : MATO VERDE, CAIÇÁ DE CIMA, GENIPAPO E LAGOA GRANDE que foram anexados ao município de Paripipanga/BA por intermédio do IBGE. O problema não só envolve o prefeito, porém, o governador de Sergipe Marcelo Déda, senador Valadares, deputado federal Valadares Filho. A luta é renhida.




Se os cinemas Brasil e Ypiranga ainda existissem em Simão Dias, o filme na tela seria:


"O BAIANO PREFEITO DE SIMÃO DIAS/SE LUTA POR TERRAS DE SERGIPE.


quarta-feira, 18 de março de 2009

A EX-SENADORA HELOÍSA HELENA

A senadora Heloísa Helena recebendo um livro do escritor Oswald Abreu
A sinceridade é uma grande virtude. A ex-senadora Heloísa Helena foi candidata a presidente da República do Brasil, não logrou êxito, mas foi bem votada. Foi eleito o presidente Lula. Professora da Universidade Federal das Alagoas sempre defendeu seus pontos de vista com garra. Diz o que pensa, corajosa. Na política a conveniência tem um pronunciamento mais alto.
A esposa do governador de Sergipe Marcelo Déda, dona Heloísa Aquino é uma pessoa simples. Exerce com nobreza o papel de primeira dama.
Outra Heloísa é a Heloísa Galdino. Competente secretária de Comunicação do Governo, embora colegas radialistas e jornalistas dizem, na boca miúda, que é mais fácil falar com o governador Marcelo Déda do que com a moça. Vamos esquecer a propaganda negativa.
É preciso dar um troféu pela propaganda de Governo em cada rua, cada esquina, cada povoado e em cada cidade. Um sucesso da Secretaria de Comunicação.
TODAS ELAS SÃO POSSUÍDORAS DO H DE HONRA.
Oswald Abreu

terça-feira, 17 de março de 2009

O AVÔ DO GOVERNADOR ERA CARA FECHADA




Éramos meninos de calças curtas e furadas também, algumas rasgadas, mas éramos felizes. E lá no Beco do Açougue, talho da carne inaugurado no ano de 1934 pelo interventor municipal José de Carvalho Déda, indicado pelo interventor de Sergipe Augusto Maynard, que jogávamos a nossa bola de futebol, às vezes de borracha, às vezes feitas de papel com uma meia preta. O chulé é outro assunto. E Seu ZECA DÉDA, avô do governador de Sergipe Marcelo Déda tinha um escritório de advocacia , onde também funcionava o Jornal A SEMANA em frente ao Beco na rua Joviniano de Carvalho, atualmente calçadão. Na parede da sala, tinha a caricatura do velho Zeca , fumando ou charuto ou cigarro. Mas o que não saia da memória do menino filho do vizinho, o bodegueiro Pedro Mendes, era a cara fechada , do homem sisudo que não dizia nada, quando a bola caía dentro do escritório. O olhar do homem era que falava, enunciava a reprovação. Quase sempre todas as tardes a bola chegava ao escritório. Lá estava o Seu Zeca mergulhado em seu silêncio às vezes lendo um livro, outras, escrevendo não sei o quê. Menino não tem que saber de nada, só brincar, pular, saltar e sorrir.

Quando vejo o governador Marcelo Déda de cara fechada, claro na televisão, nos jornais, lembro da lição antiga do meu velho pai: QUEM HERDA NÃO FURTA.

segunda-feira, 16 de março de 2009

CABRA BITA DA FEIRINHA DA ROLA




Confesso que fiquei arretado, quando vi no Jornal Hoje na rede Globo e também google, dizendo que a Cabra Bita apareceu no povoado Triunfo em Simão Dias/SE, fazendo o que o Bode Bito já fazia na cidade de Riachão do Dantas no Estado de Sergipe, ou seja, acompanhando enterro, participando de cortejo funerário. A minha revolta não foi pela cabra, que merece respeito, apreço e consideração, quando muita gente olvida, é melhor esquece, porque palavra difícil complica, chega de preciosismo, de seus entes queridos. Dona cabra mais humana do que muitos que se dizem seres humanos. Minha tristeza é a omissão do verdadeiro nome do povoado, que é FEIRINHA DA ROLA. O nome foi em homenagem ao primeiro morador ZÉ DA ROLA, vendedor de aves rolinhas. É bom lembrar que a FEIRINHA DA ROLA é um povoado que pertence ao município de Simão Dias no Nordeste brasileiro que fora visitado por Antônio Conselheiro, antes do massacre de Canudos. Fato registrado pelo maior crítico literário do Brasil do século XIX, Sílvio Romero, quando foi promotor na cidade de Estância no pequeno Estado de Sergipe e o acadêmico da Academia Brasileira de Letras também escrevia no Jornal O RABUDO.

O novo FEIRINHA DA ROLA é conhecido por todos de Sergipe. Mas povoado Triunfo deve ser nome estabelecido pela Prefeitura de Simão Dias. O nome Feirinha da Rola é bem original e conhecidos por todos.

Rabudo, Feirinha da Rola não representam indecências.

A IMORALIDADE ESTÁ NA ALMA HUMANA.

Oswald Abreu

sexta-feira, 13 de março de 2009

RUA DO CHORO

A Rua do Choro fica lá no Nordeste brasileiro na cidade de Simão Dias. Fronteira com a grande Bahia. Os nascidos naquela cidade possuem o apelido de capa-bodes. Mas vamos ao que interessa, porque tempo é dinheiro e em época de crise o filho do cabrunco está difícil. Para os mais velhos o nome da rua é do Coité, visto que quando se queria ir para a cidade baiana de Paripiranga, antigamente Coité, o caminho era pela Rua do Choro.
O nome da rua sempre foi uma confusão danada, arretada: metade era General Siqueira e a outra parte, Presidente Vargas, aquele mesmo que suicidou em 1954. O cabra quando nasce suicida não há doutor que ofereça jeito, vai morrer mesmo, matando ou se matando, como queira, afinal, a linguagem é feita pelo povo. Nas terras brasileiras, os militares tinham uma força filha da mãe, nos anos 30, o ditador, presidente do Brasil, Getúlio Vargas nomeou muitos militares para governadores dos Estados. No minúsculo Sergipe, o escolhido foi o Capitão Augusto Maynard. Os militares continuaram bem fortes no Golpe Militar de 1964, foram vários os generais de Exército, Presidente da República: Médice, João Figueiredo, que gostava mais de cavalo do que da gente humana. Dificilmente uma rua do interior não tinha o nome de um militar. As ruas foram transformadas em quartéis. Rua soldado Jesus, rua cabo Malaquias, rua Sargento Severino e rua Presidente Vargas. Hoje, os militares estão esquecidos e os homenageados estão saindo de mansinho do nome das ruas. O general Siqueira de Menezes que foi presidente da província de Sergipe Del Rei de 19ll a 1914, sua placa de rua foi jogado na lata do lixo e o nome da rua passou a ser governador Celso de Carvalho que está vivinho da silva. Homenagear pessoas mortas é uma desgraça, bom mesmo é a valorização aos vivos, porque o morto não pode falar, dizer meu muito obrigado. Abaixo a Lei que só pode prestar homenagem aos filhos do além.

Por tradição, no corre lentamente do interior, quando se morre, o morto é encomendado pelo padre. Um absurdo! O sujeito não vale um real rasgado e o representante de Deus: - Que Deus o tenha no céu. Triste representação do padre. Se toda gente sob recomendação chegar ao céu, o paraíso vai se transformar em inferno.
O defunto chega à Igreja de Nossa Senhora Santana, padroeira de Simão Dias, para o padre fazer os votos de recomendação, depois de falecido todo homem é bom... Já pensou que desgraça!? O cortejo sai do templo e segue pela Rua do Choro, cuja via é o cemitério São João Batista. Chora filho, chora irmão, chora mãe, chora pai, chora menino e quem desejar chorar. Como diz a canção: " é um rio de lágrimas."
Imagine: Se o homem que vai deitado deixou bens. A divisão já começa ali mesmo. As brigas vêm depois, em memória do falecido, é preciso deixar passar a missa de sétimo dia.
Não se preocupe, a Rua do Choro possui uma funerária. O seu proprietário é Humberto. Quase ninguém o conhece com este nome, vale de verdade é o apelido Chorão. É bom saber apelido vale mais do que o nome, chamar o presidente da República de Luiz, é olvidar que é conhecido mesmo por Lula. O homem já foi na Justiça é somou Lula ao seu nome de batismo, ou seja, Luiz Inácio Lula da Silva. Quem pode, pode e quem não pode fica na expectativa de dias melhores.

É de pouca relevância os apelidos: Rua do Choro, Lula, Chorão, tudo isso somado chega ao peixe na ágúa, nada. O grave mesmo é que a Rua do Choro, OS HOMENS MORREM PRIMEIRO. SÃO MAIS DE 30 VIÚVAS.
Não indico nenhum amigo para ir morar na Rua das Viúvas. Há uma ilustre moradora que habita lá dona Caçula Valadares, viúva e mãe do senador Tonho Valadares. O representante do Senado Federal já foi morador na Rua do Choro. O governador de Sergipe, quando menino de calça curta, também habitou na rua dos homens que vão para o além, deixando as viúvas para contarem a história.

O ex-prefeito de Simão Dias, político de fibra, amigo é amigo, inimigo não mamava nas tetas da Prefeitura, seu Caçulo até que escapuliu foi residir na Praça Barão de Santa Rosa, no palácio que foi residência do coronel Pedro Freire, ex-presidente do Estado de Sergipe. Dona morte, tipo os coronéis dos anos 30 , não perdoa. Visitou-o e deixou dona Rivalda viúva.

E como diz o sertanejo de peia, NINGUÉM FOGE DA MORTE!


Escritor Oswald Abreu

CAPA-BODE, POR QUÊ?

O BLOG CAPA-BODE teve início no dia 11 de março de 2009.

A pessoa nascida no município de Simão Dias possui apelido de CAPA-BODE.

O blog além de publicar coisas interessantes do dia-a-dia. Falará da HISTÓRIA E MEMÓRIA dos capa-bodes, os simão dienses.

Oswald Abreu

quinta-feira, 12 de março de 2009

O COROA E A MENINA NOVA




É preciso muita cautela no dia-a-dia ao perguntar ao Sr. ao lado que está com uma jovem :

- É sua filha ?

Você, caro leitor, pode ter como resposta:

- Não. É minha namorada.

Quem avisa amigo é, diz o dito popular. Para não passar com tal vexame, é melhor fechar sua boca de matraca e nunca indagar. Virou moda a jovem com o coroa, o coroa com a jovem. Ainda se usa o termo: "quem gosta de velho é cadeira de balanço." Todavia, estamos assistindo um novo balançar: os cabelos brancos com os pretos sem pintura. É o sinal dos tempos. É o fim. É o apocalipse, dirão os comem bíblias. Gostar de mulher de 20 anos até que é tolerável, entretanto, ser pedófilo, tal indivíduo merece a pena de morte ou uma prisão perpétua. O Brasil não adota as duas medidas punitivas. É uma pena!

Outro dia, vi um texto bem interessante na internet, cujo autor Mário Prata, que será citado agora:


" MENSAGEM "

" Se você tem entre 45 e 65 anos, preste bastante atenção no se segue. Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira. Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correto. Esqueceram de nos dizer que, entre a maturidade e a velhice (entre os 45 e os 65) existe a envelhescência. A envelhescência nada mais é que uma prepararação para entrar na velhice, assim como a adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não!!! Antes a envelhescência!!! E, se você está em plena envelhescência, já notou com ela é parecida com adolescência? Coloque os óculos e veja como este novo estágio é maravilhoso: - Assim como os adolescentes , os envelhescentes também gostam de meninas de 20 anos.Os adolescentes mudam de voz. Os envelhescentes também. - Os adolescentes não têm idéia do que vai acontecer com eles daqui a 20 anos.Os envelhescentes evitam pensar nisso. Ninguém entende os adolescentes... Ninguém entende os envelhescentes Ambos são irritadiços, enervam-se com pouco. Acham que já sabem de tudo e não querem palpites nas suas vidas. Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende. Os envelhescentes também não entendem eles. "Ninguém me entende" é uma frase típica de envelhescente. Quase todos os adolescentes acabam sentados na poltona do dentista e no divã do analista. Os envelhescentes, também. A contragosto, idem. O adolescente adora usar uns tênis e uns cabelos da hora. O envelhescente também. Sem falar nos brincos. Ambos adoram deitar e acordar tarde. O adolescente ama assistir a um show de artista envelhescente... O envelhescente ama assistir a um show de um artista adolescente. O adolescente faz tudo para aprender a fumar. O envelhecente pagaria quaquer preço para deixar o vício.Os adolescentes fumam escondidos dos pais. Os envelhescentes fumam escondido dos filhos. A adolescência vai dos 10 aos 20 anos...
A envelhescência vai dos 45 aos 65. Depois, sim, virá a velhice, que nada mais é que a maturidade do envelhescente.

Daqui a alguns anos, quando insistirmos em não sair da envelhescência para entrar na velhice, vão dizer:]

- É UM ETERNO ENVELHESCENTE. QUE BOM !!! "

E para não esquecer, meu amigo Zé, da velha canção do cantor Luís Gonzaga: " PRA CAVALO VELHO O REMÉDIO É CAPIM NOVO."

quarta-feira, 11 de março de 2009

TERRA DOS GOVERNADORES

Governador de Sergipe - Marcelo Déda


Simão Dias é uma cidade privilegiada. Terra dos Governadores. Lá em 1914, o coronel Pedro Freire de Carvalho torna-se Presidente do Estado (Governador) , Com o Golpe Militar de 1964, o governador Seixas Dória foi enviado para a prisão na Ilha de Fernando de Noronha e o seu vice Sebastião Celso de Carvalho assume o governo do Estado. O senador Antônio Carlos Valadares, para os capa-bodes, Tonho Valadares, em 1986 é eleito governador de Sergipe Del Rey. No ano de 2006, Marcelo Déda Chagas do PT (Partido dos Tralhadores) é mais outro governador nascido em Simão Dias.
Para os capa-bodes, ou melhor, para os simão dienses cada governador possui sua grande marca, senão vejamos:

Sebastião Celso de Carvalho trouxe a Luz de Paulo Afonso, Luz Elétrica, quando a cidade vivia sob à luz de motor, à noite era um corre-corre na hora de apagar as lâmpadas. Diga de passagem, eram poucos os privilegiados que possuíam luz em casa.

Antônio Carlos Valadares foi o maior agente empregador para o povo de Simão Dias, além de ampliar a luz no campo e as cisternas, dando prosseguimento ao trabalho do ex-governador João Alves Filho.

Marcelo Déda Chagas ainda não se pode avaliar, visto que o seu governo tem prosseguimento.

E hoje dia 11 de março é aniversário do senhor Governador do Estado de Sergipe, Marcelo Déda. Ele nascido em l960, filho do funcionário público Manoel Celestino Chagas e de dona Zilda Déda. A sua excelência, nossos parabéns!

Osvaldo Abreu

NOSSA HISTÓRIA

A MORTE

É preciso fazer do agora, como se fosse o último dia de vida. Aproveitar o instante, viver o momento, porque ninguém sabe o dia de sua morte. Você não sabe, se amanhã verá o sol nascer. Com dona morte, sua intimidade é vasculhada. Os seus papéis são revistados. Aquilo que o amigo guardava com preciosidade, é jogado na lata do lixo.
Vamos dançar, pular, brincar, sorrir, tudo isto é vida. Morrer é triste. Ninguém gosta de acompanhar um funeral. Na canção já dizia o poeta e cantor Martinho da Vila: "Se a morte é um descanso eu não quero descansar."
Você quer descansar?

Osvaldo Abreu

MARIA BONITA, MULHER CORAGEM



Até a Constituição de 1934, nas terras brasileiras a mulher era proíbida de votar. Por intermédio do Ditador Getúlio Vargas a mulher passou a ter cidadania. Há bravas mulheres na história, lá na França, Joana D'Arc que a Santa Inquisição determinou a sua morte. Em nome de Deus já se matou demasiadamente. O mesmo homem que ofertou à mulher o direito ao voto, entrega a Gestapo, polícia alemã, a esposa de Carlos Prestes, Olga Benário. Político é sempre cheio de contradição. Mas vamos ao que interessa, falar de Maria Bonita , mulher valente, companheira do Capitão Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião. Ela nasceu no interior da Bahia, a cidade de Paulo Afonso quer o seu nascimento, o lugar baiano de Santa Brígida também deseja, mas o que se sabe ao certo é que a rainha do Cangaço nasceu no dia 8 de março de 1911, precisamente no dia da mulher. Todas as mulheres valentes e destemidas merecem ser homenageadas, afinal, mulher é luta, amor, dedicação. Sem uma mulher não haveria o nascer da raça humana.



Osvaldo Abreu

O BEIJO E O ESCARRO

A boca é uma grande fonte de bactérias. Mas ninguém vai deixar de beijar pensando nas bactérias. Que venha o beijo, pouco importa o que pode causar. O poeta Augusto dos Anjos já dizia : O beijo é a véspera do escarro , a mão que afaga é a mesma que apedreja. Sabemos disso, pois o seu amigo de hoje, amanhã é seu inimigo. A pessoa amada de hoje , amanhã pode ser odiada. Vimos em cada dia, em todos os fóruns do Brasil e do mundo, casais que se amavam e de repente, estão separados. Adeus a quimica amorosa. É preciso ter um pé na água e outro no solo. O mundo de Alice no País das Maravilhosas é ilusão. A realidade é nua e crua, é mister viver o real, para não chorar no amanhã. No amanhecer de cada dia, pode esperar o anoitecer. Viva intensamente! A ilusão e a decepção andam juntas no dia a dia. Esperar o pior não é negativismo, mas saber que da gente humana tudo pode se esperar. Só o cachorro não trai o seu dono. Afinal, ninguém é de ninguém. Sorria, não cobre. As pessoas são as que são.

FALA MANSA

O cabra foi cabo de polícia lá nas bandas de Anápolis, interior de Sergipe Del Rei. Chamava-se Jesus Antônio dos Santos. Nasceu no dia 24 de dezembro de 1901. Nos anos 30 constava com 29 anos. Analfabeto de pai e mãe. Ler era assunto do pessoal da casa-grande, o pobre diabo tinha nascido numa casa pequena. Outrora sensala. O emprego na polícia quem arranjou foi o coronel Pedro Freire. O homem era tarado em bater. Ofertar pancada era com ele mesmo. O pobre infeliz que caísse nas garras do bruto homem, podia ser chamado de coitado. Quem não conhecia o cabo nas intimidades do quartel de polícia, não poderia imaginar que o bicho era brabo mesmo. Ele falava mansamente, era cortês, gentil. Os gozadores até diziam: - Este como policial não merece um vintém. Quando chegava um preso, pouco importava se culpado ou inocente, o cabo Jesus ia aos cumprimentos. Que cumprimentos! Na Delegacia havia uma palmatória chamada Chiquinha Gonzaga. O cabo Jesus dizia ao preso: - Estou lhe batendo porque você está chorando, quando o desgraçado parava de chorar, o maldito falava: - Estou lhe batendo porque você parou de chorar.
A sorte do sujeito, era a chegada do delegado Argolo que ordenava o fim dos cumprimentos.
É preciso muito cuidado! Atrás de uma FALA MANSA encontra-se o CABO JESUS.
Oswald Abreu

SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ



Um dia, o amanhã chegará sem manhã. Todas as manhãs os raios de sol trazem luz, mas haverá uma manhã-exceção com pingos de choro, grito e lamento. Todavia, o que anima é que o mensageiro da luz banha o dia de amanhã.
O amanhã do trem da vida, que vai além e espalha na estação saudade, lágrima, não discrimina, todos são escolhidos do velho ao moço. O relógio do trem marca a hora e bem anuncia o apito da partida.
É preciso não olvidar - devemos fazer do hoje o último adeus, afinal, o dia de amanhã não conhecemos. Só bem sabe o Altíssimo. Vamos acordar do sono profundo, há o dia da matéria, um corpo haverá de partir.
Sim, amanhã é sem manhã. Em seu dia determinado não haverá fugitivo. Ninguém pode escapulir do instante fatal. Sendo assim, vamos colher a flor, semear a boa semente, correr, pular, brincar como criança e, para a pessoa amada, enquanto houver alento dizer:
- Eu te amo.
Antes que não haja mais tempo. O momento é agora!


Do livro Ninguém morre, Luciano do autor OSWALD ABREU.

A CACHORRA SERENA




Todas às vezes que eu adentrava na casa-grande no povoado Taperinha, pertencente ao município de Lagarto do escritor e crítico literário Silvio Romero, sentia um arrepio danado. Avisado eu fui, que no quarto da frente, duas mulheres tinham assassinado um homem. Mesmo assim, comprei a casa-grande. Lá no tempo de criança, tinha medo de alma do outro mundo. Fui perdendo, quando visitei aos 6 anos o cemitério São João Batista na morte de meu Tio Tonho, o mais novo irmão de meu pai. Não sei que descuido houve de minha mãe. Que sempre dizia que menino não é para visitar cemitério. E no dia do funeral de meu tio, aproveitei uma brecha de muita gente e entrei na casa dos mortos.
Confesso que de noite não dormi. Fui crescendo numa cidade do interior do Nordeste, ó terrinha que morre gente, e fui me acostumando com os funerais. Morreu minha avó, meu irmão, meu pai e o local dos defuntos já não me causava medo.
Outrora, eu acreditava que com a morte acabava tudo. Hoje, tenho uma nova visão. Conheci uma jovem espiritual e ela me disse que meu anjo da guarda chama-se Anastácia e que ela via. De início, não acreditei. Mas um dia, vi a cachorra, pertencente a minha amiga Tina morrendo aos poucos. Apelei a minha amiga do mundo do além, pasmem, o animal se levantou e está aí para contar a história.
Voltemos à casa-grande, quando adentrei no recinto numa noite de janeiro, a cachorra Serena me acompanhava e lá no quarto do homicídio, ela começou a latir insistentemente. Olhei de um lado para outro não havia ninguém, mas eu não deixava de ficar arrepiado. Mais vezes estive com Serena no mesmo quarto, ela já não latia e nem eu ficava arrepiado.
Serena é da raça husky siberiana. Quem conseguir chegar perto do meu animal humano ganha um prêmio. Serena não trai.
Você já sentiu alguma decepção com um ser humano?
Cure-se. Crie um animal.
OSWALD ABREU

sexta-feira, 6 de março de 2009