Visitante nº

domingo, 24 de outubro de 2010

SANGUE NO LENÇOL

Escrevi este poema em homenagem a minha querida professora Tânia Meneses, revisora de meus livros.
A professora Tânia encontra-se neste momento em Madrid. Saudações cordiais, Osvaldo Abreu

Até que poderia chamá-la de perdida,
Dama-da-noite, estrela solitária,
Sem exagerar diria: mulher de minha vida!
Não vou buscar tal caminho...
A tua perturbação deixou mágoa!
Noite inteira, tu sempre em meu lençol...
Magricela, a morder meu corpo!
No instante, só tu ao meu lado.
Aí, houve metamorfose,
Virei assassino, cometi pecado!
'Inda bem que a notícia não chegou ao jornal,
Crime passional!
Mas veio o advogado
No Tribunal do Júri
E gritou: Legítima Defesa.
Salvei-me!
Assassinei uma magricela,
Pernas de cambito,
Dei um grito
De alivio,
Não vou me esconder,
O Júri em seu veredicto
Ofertou a sentença: Absolvido.
Matei um inseto,
Bandida, descarada, safada,
Perturbou-me noite inteira,
Deixando profundas marcas,
Também o corpo ficou ferido.
Agora me sinto bem melhor,
Assassinei , afinal, uma muriçoça,
Sangue no meu lençol.