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quinta-feira, 15 de julho de 2010

E AGORA, DÉDA?

Belivaldo Chagas - Secretário de Educação de Sergipe e Marcelo Déda Chagas - Governador

Várias cidades do interior de Sergipe tiveram Cinemas: Itabaiana, Simão Dias, Lagarto, Estância, Frei Paulo. Em Simão Dias-SE, terra do governador de Sergipe, Marcelo Déda Chagas, havia dois cinemas: O cine Teatro Ypiranga e o Brasil. O Ypiranga era o proprietário seu Pierre Freitas, já falecido, pai da ex-secretaria de Educação de Simão Dias, dona Virgilinha Andrade. O cine Brasil cujo dono Antônio Borges. O filme poderia não prestar , mas homem sempre dizia que era do arromba.
Às quatro horas da tarde, aos domingos, lá vinha o seu Antônio Borges com uma lanterna acesa, perguntando:
- Quem foi o fio do cabrunco que gritou!
A grita era geral dos meninos de minha infância. Ninguém acusava ninguém. O velho Antônio tinha pavor de gritos.
Os dois proprietários já se encontram no cemitério São João Batista na praça de São João em Simão Dias.
O menino, de ontem, Marcelo Déda também ia para o cinema. Hoje, o cabra é pai de cinco filhos, de cabelos brancos, pertencente ao clube dos coroas de 50 anos. Déda morava na mesma rua Coité, rua de mais de trinta e cinco viúvas. É isso mesmo lá os homens morrem primeiro. A rua do Coité, está dividada parte é Getúlio Vargas e outro flanco é governador Sebastião Celso de Carvalho, mas para a velha guarda , que tomava banho no Chora-menino, a rua continua do Coité.
Em nome da modernidade, assassinam as construções antigas, vê lá a velha prefeitura, o fórum, o mercado da carne, que tinha o nome de talho. Construção do avô de Déda, Carvalho Déda, lá em 1934.
Triste fim: O cine Ypiranga foi demolido. O cine Brasil, o prédio ainda continua, cujo proprietário é Elizevaldo.
O governador Marcelo Déda , juntamente com o secretário de Educação, Belivaldo Chagas, ambos bem poderiam dar uma boa notícia a gente capa-bode de minha terra, desapropriando o prédio do cine Brasil e transformando-o em Teatro e Cinema Zeca Déda.
Zeca Déda, avô do governador, era um homem voltado para a cultura. Escreveu livros, possuía o jornal a Semana. A homenagem não é subserviência, puxa-saquismo, é dar valor a quem possui.

Ainda há tempo. A ideia está lançada e agora, DÉDA?