Márcio acordou mais cedo, ferindo o costume, aos domingos acordava mais tarde. Olhou sua filha, contemplou-a, a pequena ainda dormia. Brincava com outras crianças em sonho. Se ele soubesse que era o seu último dia, ia se despedir de seu pai, sua mãe, seus irmãos e dos amigos.
Márcio não sabia nada disso. A morte não avisa.
No povoado Água Fria, o comerciante Barão em seu carro ouvia o som bem alto, perturbando a ordem pública. Esta história que a hora do silêncio é a partir das 10 horas da noite é conversa pra boi dormir, a lei dos homens não estabelece tal regra. Perturbação da ordem pública é a qualquer momento.
Os pais de Márcio: Marques e Antônio e a filha Mônica e seu namorado assistiam a série Anita. O som alto estava perturbando o ambiente. O namorado de Mônica ligou para 3651l576 - Delegacia de Salgado - para que a polícia viesse tomar as providências necessárias e cabíveis. Do outro lado, só uma gravação, nenhuma viva alma.
Não demorou muito o Barão saiu em seu carro, todavia sem condições de dirigir, estava bêbado.
E, depois de cinco minutos, os pais de Márcio receberam um aviso, que um dos filhos sofrera um acidente.
Seu Marques foi ao local e o filho Márcio estava sem a perna e sem o braço, morto, estendido na BR Lagarto a Salgado. O assassino fugiu. O irresponsável pegou o rapaz na contra-mão. A moto de Márcio só serve para o ferro velho.
TUDO PODERIA SER EVITADO COM A CHEGADA DA POLÍCIA!