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quinta-feira, 30 de abril de 2009

PASSADO BOM

LIRA SANTANA DE SIMÃO DIAS


No passado, nos fins-de-semana, as prefeituras municipais patrocinavam música para o povo ouvir. Em cada cidade do interior e da capital, existia o coreto na praça. Simáo Dias, Lagarto, Itabaiana, Aracaju ainda preservam os seus coretos, todavia, sem o toque musical da BANDA DE MÚSICA.
Lagarto, Simáo Dias e Itabaiana possuem excelentes BANDAS MUSICAIS. A vida de um músico numa pequena cidade do interior não é fácil. Outra atividade é necessária para sobreviver no dia-a-dia.
Aos ilustres prefeitos uma sugestão = A BANDA TOCANDO NA PRAÇA



PASSADO BOM FAZ BEM!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

GREVE DOS PREFEITOS DE SERGIPE

Presidente da Associação dos Prefeitos da Região Centro-Sul, Toinho de Dorinha e ao lado, prefeito de Lagarto, Valmir da Madeireira, 2º vice-presidente.




Funcionários públicos fazendo greve contra a União, Estado e Município, é coisa comum. Todavia, greve de prefeitos é situação anômala, diferente.

Hoje, dia 29 de abril, é uma data histórica para o pequeno Estado de Sergipe, é o dia da paralisação, greve dos prefeitos.

O grito dos prefeitos é a queda da arrecadação, isto é, FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS -FPM. Os municípios sergipanos estão quebrados. É preciso uma medida urgente da União, visando a recuperação dos municípios.

É preciso mudar a legislação, afinal, o dinheiro do fundo de participação quem mais leva é o Governo Federal.

Pasmem! Os prefeitos gritando:
"VAMOS À LUTA, COMPANHEIROS!

terça-feira, 28 de abril de 2009

RENÚNCIA

DÊNISSON DÉDA


O boato é tão comum numa cidade do interior. O disse-me-disse, a calúnia, a injúria, a difamação fazem parte da alma humana. Coisa abominável! A verdade não é divisível. Há comentários na cidade de Simão Dias que sua excelência, o professor- prefeito Dênisson Déda, vai renunciar ao cargo de prefeito municipal. É preciso que Dênisson Déda vá aos meios de comunicação, caso não seja verdade, e desfaça a maldade dos que desejam a sua renúncia. O mal deve ser cortado pela raiz. Ninguém pode duvidar da honestidade do prefeito de Simão Dias. Já se sabe que o administrador municipal já feriu alguns interesses. Avaliar o prefeito municipal em seus primeiros dias , é uma medida prematura. O prefeito de Simão Dias Dênisson Déda não possui nenhuma semelhança com o ex-presidente da República, Jânio Quadros.
Oswald Abreu

segunda-feira, 27 de abril de 2009

MUDANÇA


É preciso mudar! Jogue na lata do lixo as coisas inúteis ou faça doação. Abra a janela de sua casa, deixe os raios do sol penetrar.
A mesmice é cansativa!
O estresse surge também da rotina do dia-a-dia.
O tempo é agora. Coloque seu par de tênis e pé na estrada. Vá andar. A dor, talvez, em seu corpo seja proveniente de falta de exercícios.
É necessário renovar. Não chore! O que você acha que perdeu, é porque não lhe pertencia.
A cada novo dia, o sol se renova em cada manhã. Torne-se luz, claridade, seja um sol.
Experimente mudar! É mister dar o primeiro passo. Você não é deficiente físico e se o fosse há outras maneiras de andar. Há vida, há esperança. Ruim é para quem já partiu no trem da vida. Caminho sem retorno.
Lembre-se homens e mulheres, cidades que não sofrem transformações, ficam todos mergulhados no passado e vivem lembranças que bem poderiam estar vivendo do presente.
Levanta, anda, caminha. Não se conforme com a rotina. Vá à luta!
NINGUÉM VENCE UMA BATALHA, PARADO NUM CANTO!

sábado, 25 de abril de 2009

VALADARES X DÉDA

VALADARES E DÉDA


A política é dinâmica, o senador Valadares e o governador de Sergipe Marcelo Déda no momento estão no mesmo grupo, porém, não é de assustar que noutra eleição estejam em lados divergentes.
Sergipe já assistiu Albano, Valadares, João Alves Filho e Jackson Barreto no mesmo grupo.
Quando Valadares era governador de Sergipe, 1987, Marcelo Déda era Deputado Estadual do PT. O governador Valadares era da Partido da Frente Liberal (PFL).
Na eleição de prefeitos em 2008, o governador Déda estava em um palanque e o senador noutro, em determinadas cidades.

Já se comenta o nome de Antônio Carlos Valadares, ao invés de senador, candidato a governador no próximo pleito.
Nada é impossível na política. Nela é possível misturar o azeite com a água. O senador Valadares, além de advogado, é químico.
Imagine! Dois capa-bodes candidatos a governador: VALADARES X DÉDA.
OS POLÍTICOS NUNCA SÃO INIMIGOS, TODAVIA ADVERSÁRIOS POLÍTICOS!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

DEU BODE NA CORTE

Ministros do Supremo Tribunal Federal : Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes

Festejar a desgraça alheia não é um bom prato. Afinal, todos nós somos humanos de carne-e-osso. Ainda ontem, dia 22 de abril, dois ministros do Supremo Tribunal Federal ( STF ) trocaram acusações, o Dr. Gilmar Mendes, presidente do Supremo, e o Dr. Joaquim Barbosa. Foi um pega pra capar daqueles. A boa fumaça do Direito foi trocada pelo fogo da emoção, rolou brasa de ambos os lados. O que mais se ouvia era Vossa Excelência me respeite. E o respeito caiu na lata do lixo. O ministro Carlos Britto, sergipano de Propriá, ainda tentou contornar, tentativa vã. Mas o bate-boca foi aliviado com a participação do ministro Marco Aurélio de Mello que vestiu a roupa de bombeiro e apagou o fogo cruzado. A arma perigosa era a língua. Tão venenosa igual a cobra cascável.

Deu bode na Corte, foi uma confusão retada, danada. Apesar disso, lamentamos muito. Todavia, não devemos perder a credibilidade na Justica. Ela representa a última esperança dos desvalidos, dos injustiçados. É o último caminho.

É PRECISO ACREDITAR NA JUSTIÇA, SENÃO É O CAOS TOTAL!



Oswald Abreu
Defensor Público

RUA DO CABARÉ E SÃO JORGE


Éramos 9 irmãos. Da barriga de minha mãe nasceram 6 capa-bodes. Do chamego de meu pai foram 9 filhos. Um foi embora mais cedo, o Carlos era sem-vergonha, safado, mulherengo, era um Vadinho de Dona Flor e Seus Dois Maridos de Jorge Amado, tinha ele cinco mulheres. Deixou para contar a história 9 filhos. Festa era com ele mesmo. Curtiu, brincou. Parece que ele já sabia que ia partir cedo . A minha mãe ele dizia:
- Mãe, seu eu morrer, cuide de meus filhos. Era um pai coruja.
Não chegou aos 50 anos. Se fosse da Academia de Letras, talvez, teria vida longa. Os velhinhos vivem muito. Avise-me quem souber explicar o fenômeno.
Aos domingos, nossa mãe obrigava-nos a ir à missa das crianças na Igreja Nossa Senhora S'antana. O homem do poder de Sergipe - Marcelo Déda, o governador, vi-o coroinha na Igreja. Hoje, sua excelência possui uma grande coroa de governador, são tantos os subservientes, mamadores, todavia, também têm os que não são. Um pobre coitado ao se aproximar é motivo de festa. É segurança pra todo canto. Quem pode - pode...
Fiz o catecismo na rua do Cabaré, sim, do Cabaré, conhecida como rua do Mulungu, mas o verdadeiro nome dado pelos edis municipais é rua Antônio Manoel de Carvalho. Na rua morava também famílias constituídas e na outra divisão o cabaré Bico da Asa que varria madrugada com as músicas de Agnaldo Timóteo, Baltazar, José Augusto, Nélson Nédi, Nélson Gonçalves, Evaldo Braga, Lindomar Castilho, aquele que matou a esposa, dirão uns por amor. Bom vê a mini-série Anita, pense numa jovem bonita. Simão Dias, 'cê besta, possui uma mais bonita, mora na rua dos Ribeiros.
Dona Carmosa, que trabalhava com Dr. Aguiar, era a responsável pelo catecismo. Ela me chamava de Osvaldinho, nunca gostei do diminutivo inho: Zezinho, Manezinho, amorzinho, filhinho, creio não soa bem. Que bom que os gostos não são iguais, imaginem um caminhão carregado de chineses. A cara de um é ... a do outro. O que não sai da lembrança é a imagem de São Jorge, na sala onde a gente aprendia a orar o Pai-Nosso. Perdoar não é tarefa fácil, da boca para fora nada é difícil. Um bom conselho, nunca pergunte a mulher traída:" se perdoa o seu marido." A Zíbia já escreveu o romance Ninguém é de Ninguém. Leia-o.
Hoje, dia 23 de abril, dia de São Jorge. Festa na Bahia, o orixá Ogum é São Jorge. Quem já leu Jorge Amado deve bem lembrar do santo.
São Jorge é o padroeiro dos corintianos. Quem sabe se não foi a oração a São Jorge que Ronaldo melhorou em todos os pontos de vista! Você está enganado, sou tricolor do coração.
No Rio de Janeiro é feriado. Em Portugal e na Inglaterra, São Jorge é patrono.
Fico a perguntar por onde anda meus colegas da primeira comunhão. A falta do sinal de interrogação possui justifica: computador com defeito.
Dona Carmosa, tão carinhosa, já não está entre nós.
Fui advogado das raparigas, quando advoguei em Simão Dias, com muito orgulho de ser! Nunca uma rameira me enganou. Eu tinha uma pena das pobres putas. O meio faz a rapariga. A vida é uma questão de oportunidade. Uma águia criada por uma galinha. Torna-se galinha em comportamento! Tudo é o meio.

O santo Jorge é o protetor dos excluídos.
E VIVA, VIVA O SANTO GUERREIRO!

VIDA E MORTE


Somos passageiros do trem Vida e Morte. O trem possui duas alas, a A e a B. Na ala A inexiste igualdade, embora há uma placa dizendo: "Todos são iguais." Os homens do poder vão sorridentes, festejando mais uma vitória eleitoral. Prometem, não cumprem. Riem do engodo. O importante é vencer, pensam. A vaidade e a arrogância estão assentadas nos bancos da ala A. O trem segue a estrada da vida.

Desce serra, sobe serra, passa no alto, passa no baixo. De vez em quando uma criança, um velho, um homem do poder passam para ala B. Não há privilégio na Ala da Morte.

Na ala A, o poeta grita:

- É preciso viver intensamente.

O sovina, o mão-de-figa diz:

- Que nada! O bom é juntar dinheiro.

De repente, o sovina muda de ala.

A viúva nova, bonita, cheia de gás, chora por alguns segundos.

Depois, beija, abraça seu novo amor. A cura do amor é um novo amor.

Muitos dos que viajam na ala A são da turma dos que se acham, esquecem que a qualquer momento alguém pode mudar de lado.
A passagem no trem da Vida e Morte nenhuma semelhança com a dos parlamentares em Brasília, vôos pra lá e pra acolá, pro interior ao exterior. Uma farra de passagens.
Todos estamos dentro do trem da VIDA E DA MORTE.
É preciso saber viver, antes que o dia fatal venha e mudemos de lado.
VIVA BEM!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

VIVER


É preciso viver intensamente cada momento da vida. O instante é passageiro, êfemero, devemos jogar na lata do lixo as coisas inúteis.
Há muita gente que já está morrendo: jovens drogados, pessoas doentes que não fazem tratamento médico. Abusar do vício de comer, beber, fumar já é morrer.
Segundo a médica americana Jan Garavaglia: "morremos de causas idiotas." Cita, por exemplo, uma pessoa velha que tem um tapete dentro de casa, é preciso tirá-lo do chão, porque pode cair.

No dia-a-dia vamos brincar, pular, sorrir, passear, porque ninguém conhece o dia FATAL.
Como já dizia o poeta e cantor Gonzaguinha:


"VIVER, VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ.

MORTE NA RODOVIA

A qualquer momento você pode ser vítima de elementos irresponsáveis. A morte pode bater à sua porta e você ir embora mais cedo. Domingo, às 19:00 horas, três proprietários de carro resolveram fazer um pega em plena BR 101 - trecho povoado Água Fria ao povoado Matatas, ambos pertencentes ao município de Salgado. Márcio, um jovem comerciante, pai de uma criança de 5 anos, vinha com o seu irmão Célio e mais dois amigos , eram duas motos. O comerciante embriagado Barão, vendedor de colchões na cidade de Salgado, uns dos autores do pega , entrou na contra-mão e acidentou os quatro jovens. Márcio morreu na hora. Seu irmão e os outros dois amigos estão internados no hospital João Alves Filho.

Se o Dr. Ézio Prata, presidente do DER-SE, tivesse atendido ao pedido da população, colocando os quebra-molas solicitados, a morte bem poderia ser evitada.

É PRECISO COLOCAR QUEBRA-MOLAS NO TRECHO ÁGUA FRIA AO POVOADO MATATAS...

terça-feira, 21 de abril de 2009

TIRADENTES, O MAIS FRACO



Hoje, 21 de abril, é feriado nacional no Brasil, dia de Tiradentes. Mártir da Inconfidência Mineira. Minas Gerais queria fazer uma República, independente de Portugal. Os portugueses levavam uma de nossas riquezas - o ouro. Joaquim José da Silva Xavier que fora comerciante, tropeiro, minerador, dentista e militar fazia parte do grupo. É o primeiro grito de independência do Brasil para se libertar de Portugal. O Brasil era uma colônia portuguesa.

Joaquim José, o Tirandentes, nosso herói nacional, fora executado e esquartejado no Rio de Janeiro no dia 2l de abril de 1792.

Dizer que assumiu tudo é uma conversa que não convence, como a corda estoura sempre no mais fraco, foi enforcado. De todos era o mais pobre e não fazia parte da Maçonaria.







HÁ UM DITO POPULAR : "A CORDA SEMPRE ESTOURA NO MAIS FRACO."




segunda-feira, 20 de abril de 2009

TERRA DOS POLÍTICOS

g Governador de Sergipe - Marcelo Déda



Em 1954, o presidente da República do Brasil, o gaúcho Getúlio Vargas, comete suicídio. Em Sergipe, a UDN (União Democrática Nacional) elege o governador Leandro Maciel.

José de Carvalho Déda, Seu Zeca Déda, avô do governador de Sergipe, Marcelo Déda Chagas, é reeleito deputado estadual pela UDN (União Democrática Nacional). E Simão elege mais três deputados estaduais: José Dória de Almeida, Seu Dorinha; Sebastião Celso de Carvalho , Pedro Barreto de Andrade. O pai do senador Valadares, Pedro Almeida Valadares, é reeleito vereador. Governava Simão Dias, o fazendeiro Nélson Pinto de Mendonça.

2009, 55 anos depois, os capa-bodes, os simãodienses governador Marcelo Déda, vice Belivaldo Chagas , deputado federal Valadares Filho estão no poder.

O prefeito de Simão Dias, Dênisson Déda, é neto do ex-deputado José de Carvalho Déda, sendo primo do governador de Sergipe Marcelo Déda.

Simão Dias atingiu o apogeu político. Os capa-bodes dizem:

- O MOMENTO É AGORA!

Acreditamos que muitas coisas boas virão para Simão Dias.

domingo, 19 de abril de 2009

VIDA REAL - MORTE FATAL

Márcio acordou mais cedo, ferindo o costume, aos domingos acordava mais tarde. Olhou sua filha, contemplou-a, a pequena ainda dormia. Brincava com outras crianças em sonho. Se ele soubesse que era o seu último dia, ia se despedir de seu pai, sua mãe, seus irmãos e dos amigos.
Márcio não sabia nada disso. A morte não avisa.
No povoado Água Fria, o comerciante Barão em seu carro ouvia o som bem alto, perturbando a ordem pública. Esta história que a hora do silêncio é a partir das 10 horas da noite é conversa pra boi dormir, a lei dos homens não estabelece tal regra. Perturbação da ordem pública é a qualquer momento.
Os pais de Márcio: Marques e Antônio e a filha Mônica e seu namorado assistiam a série Anita. O som alto estava perturbando o ambiente. O namorado de Mônica ligou para 3651l576 - Delegacia de Salgado - para que a polícia viesse tomar as providências necessárias e cabíveis. Do outro lado, só uma gravação, nenhuma viva alma.
Não demorou muito o Barão saiu em seu carro, todavia sem condições de dirigir, estava bêbado.
E, depois de cinco minutos, os pais de Márcio receberam um aviso, que um dos filhos sofrera um acidente.
Seu Marques foi ao local e o filho Márcio estava sem a perna e sem o braço, morto, estendido na BR Lagarto a Salgado. O assassino fugiu. O irresponsável pegou o rapaz na contra-mão. A moto de Márcio só serve para o ferro velho.
TUDO PODERIA SER EVITADO COM A CHEGADA DA POLÍCIA!

OS PAPA-JACAS

Amanhã, dia 20 de abril, é um dia especial para a boa gente de Lagarto, os papa-jacas. Dia da emancipação política daquela cidade de prosperidade, progresso e de crescimento.
E para que ninguém possa alegar ignorância, É FERIADO.

O prefeito municipal de Lagarto, Valmir Monteiro, já mudou a feira da segunda para a quarta-feira.

A banda Los Guaranis surgiu em Simão Dias, entretanto, atingiu seu apogeu na cidade de Lagarto, tendo como principal fundador Bosco, ele nascido no povoado Mato Verde em Simão Dias. O povoado pertence atualmente ao vizinho município baiano de Paripiranga.

A mulher que criou e amamentou o maior crítico literário do Brasil, Sílvio Romero, um papa-jaca, jornalista, professor, crítico literário e membro da Academia Brasileira de Letras, fora nascida em Simão Dias, chamava-se Nega Totonha. Comprada a um senhor de escravo de Simão Dias. A escravidão em Simão Dias e Lagarto foram predominantes.

Lagarto já foi administrada por um capa-bode, o monselhor Daltro. Foi ele quem primeiro implantou a Reforma Agrária naquela cidade. Hoje, Lagarto é administrada por um jovem prefeito nascido no povoado Água Fria em Salgado, que é o empresário Valmir Monteiro, mais conhecido por Valmir da Madeireira.

São muitos os comerciantes nascidos em Simão Dias que são prósperos em Lagarto: Charles e Zé de Brício do Grupo São José, Eraldo de Zé Vermelho, Paulo dos Motores, este nascido no povoado Curral dos Bois. Estes homens merecem aplausos, são agentes empregadores, ofertam dignidade, empregos.

Historicamente já pertencemos a freguesia de Lagarto. Éramos lagartenses.

Lagarto é uma cidade que não parou no tempo.

VIVA A BOA GENTE LAGARTENSE.
PARABÉNS! PAPA-JACAS.

sábado, 18 de abril de 2009

SAUDADE DANADA


Há momentos na nossa vida que bate na nossa porta d'alma uma saudade dos tempos que já se foram e retornam por intermédio da lembrança . E é neste instante que os versos são necessários e vem aquela inspiração divina. É como se fosse uma incorporação, é preciso fazer o poema, porque depois a inspiração evapora e vai embora como uma nuvem no céu. E aí o poeta escreve e escrevi:

SAUDADE DANADA
Ao professor e historiador Claudefranklin da UFS


Vou me embora pro meu lugar
Canto em que nasci.
Ouvirei do pardal o piar
Na terra em que nasci.

No fim de tarde, o balançar
Das folhas das palmeiras imperiais
Ficarei a contemplar
O sino da Igreja batendo mais, mais e mais.

Quero ver a chegada de Santinha
Beata virgem, ó Maria!
O desejo que ela sempre tinha
O amor foi embora pra Bahia.

Saudade é coisa danada
Sempre adentra, sem esperar, no peito
Dá n'alma uma flechada
E deixa o cabra sem jeito.

Ainda bem que não é defeito
Gostar da retada saudade
Tristeza é estar só no leito
Sem prazer de felicidade.

Mas a vida é assim
Tem sempre o descaminho
Nem tudo é jardim
É necessário o espinho.

Vou me embora pra Simão Dias
Comer maniçoba em Gordinho
Nas madrugadas, quero ouvir a melodia
Dos amados passarinhos.

Quero ver Marina, amor de infância,
Nada à toa, ouvir a banda passar
Caminhar na vida mansa
E dizer aqui é meu lugar.

Vou me embora pro meu lugar
Aos domingos, missa na Matriz
O movimento de gente pra lá e pra cá
Curti a vida calma e feliz.

Direi adeus a cidade maior
Abraçarei o lugar do meu nascer
Cidade do mais belo pôr-do-sol
Viverei em Simão Dias até o meu morrer.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A PRÓXIMA VÍTIMA

O fato aconteceu no domingo, às 2 horas da manhã, cinco meliantes invadiram à residência da comerciante Mônica Marques, no povoado Água Fria, município de Salgado-SE, e levaram mais de cinco mil reais.
A jovem gritava por socorro. Quem é doído prestar socorro pra morrer. Ligou para a polícia. Um só policial chegou, mas os meliantes saíram a pé tranquilamente. A gente do povo foi acordada. Os cinco bandidos estavam todos encapuzados.
Acabei de ler no blog - adelsonfreitas, que dois elementos encapuzados estavam na porta de um supermercado na cidade de Simão Dias. Alguém atirou e os meliantes também responderam.
O mercadinho Monise foi assaltado no ex-pacato povoado de Salgado. Os bandidos não brincam em serviço. Chegaram até de metralhadora. Uma grande quadrinha está formada na região Centro-Sul do Estado.
A qualquer momento, um comerciante vai sofrer um assalto, não é preciso ser mãe Diná nem possui bola de cristal.
Numa hora desta é preciso muita cautela! Discutir é burrice. Os bichos estão sempre drogados. Maconha hoje é café pequeno. Cocaína, crack eles carregam na bagagem e no sangue.
Todas as cidades do interior já estão precisando da GUARDA MUNICIPAL NOTURNA, A POLÍCIA RONDANDO A CIDADE.
A falta de segurança não é um problema só do pequeno Estado de Sergipe: problema nacional e internacional.
É necessário coibir. Não se pode deixar o bandido à vontade.

VAMOS ORAR, POBRE DA PRÓXIMA VÍTIMA!

UM CAPA-BODE EM LAGARTO


Hoje dia 17 de março de 2009, o governador de Sergipe Marcelo Déda Chagas vai estar na cidade de Lagarto. Ele um capa-bode, como é conhecido os nascidos na cidade de Simão Dias.
Vai à cidade dos papa-jacas - Lagarto-SE , visando inaugurar algumas obras ao lado do prefeito municipal de Lagarto, o empresário Valmir da Madeireira.
Os seus conterrâneos, capa-bodes, esperam com grande ansiedade a Exposição das Obras de Carvalho Déda no Memorial de Simão Dias. Carvalho Déda o povo de Simão Dias o chamava de Seu Zeca Déda. Carvalho Déda faleceu no dia 2 de setembro de 1968, antes de completa 70 anos. Nasceu em 1898 na cidade de Patrocínio do Coité na grande Bahia, atualmente tem o nome de Paripiranga .
Foi delegado de polícia, interventor municipal (prefeito), inspetor escolar, deputado estadual do PSD (Partido Social Democrático) e da UDN(União Democrática Nacional). Fundador do Jornal a SEMANA em Simão Dias. Homem voltado para o folclore e as letras, escreveu três livros: BREFÁIAS E BURUNDANGAS DO FOLCLORE SERGIPANO, SIMÃO DIAS FRAGMENTOS DE SUA HISTÓRIA e o ROMANCE FORMIGAS DE ASAS, publicado depois de sua morte, sendo patrocinado pela FUNCAJU - órgão de cultura da prefeitura de Aracaju e pelo BANESE. Segue os três livros um outro de Coletânea : VIDA E OBRA de Carvalho Déda. Dois intelectuais da Academia Sergipana de Letras, o Dr. Jorge Carvalho e o ex-secretário da Educação, pesquisador Luiz Antônio Barreto, um papa-jaca, foram os organizadores dos livros.
Sou grato a Toinho, filho do escritor Carvalho Déda.
Em Lagarto, o mesmo é conhecido pelo nome de batismo Flamarion Déda. Toinho me deu um grande presente OS LIVROS de seu pai Seu Zeca Déda. Toinho é representante do povo, vereador eleito com apoio do MST pela sigla do Partido dos Trabalhadores - PT.
Quem herda não furta diz um dito popular, o governador de Sergipe é poeta.
Antes que você me chame de puxa-saco, não tenho Cargo de Confiança no governo. O homem do poder foi meu contemporrâneo de infância.
Eu o vi coroinha na Igreja de Nossa Senhora S'Antana em Simão Dias.
Do futebol, era bom mesmo em time de botão.
Ele é torcedor do Flamengo. Sou tricolor. Para os gozadores de plantão, se perdeu para o Flamengo recentemente de 1x0 , tudo tem seu tempo, "UM DIA É DA CAÇA, OUTRO DO CAÇADOR."

O capa-bode governador Déda encontra-se-á na cidade de Lagarto no período da tarde.

Espero que não apareça um auxiliar de governo, torcedor do Botafogo, se passando por flamenguista, dizendo:
-Governador, o nosso time está bem!
TUDO É POSSÍVEL EM POLÍTICA!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

DONA JÚLIA GALO

Dona Júlia era uma pequena comerciante na cidade de Simão Dias-SE. Tinha uma bodega na lateral do mercado da farinha, na antiga rua da Feira, coronel Loiola. Em seu pequeno comércio vendia cachaça, jurubeba, leão do norte, jaca, banana, manga, laranja, bala, pão, bolachão. A venda era bem sortida. Se quisesse ser xingado a chamasse de Júlia Galo. Podia preparar o que a mãe tinha debaixo da saia. O autor do apelido até hoje ninguém sabe.
Dona Júlia Galo, espero que ela não venha do outro lado da vida: me xingar e dizer onde encontra o Galo. Era uma pessoa alegre, dizer o que pensava era com ela mesma. Cachaceiro não pagou a conta, o cacete comia. Vendia cachaça, tolerar bêbado, vá para a p... que pariu.
Sempre gostei de gente grande. Conversa de adultos eu gostava de ouvir. Muitas vezes, meu pai me expulsava, dizendo:
-Vai ver se eu estou na esquina.
Confesso, que na minha inocência, ainda fui à esquina. Com o tempo, vim a entender a mensagem. Quando meu pai falava com os amigos safadezas, vinha a mensagem, que de novo não vou repetir. O tempo é um grande professor.
Voltemos a dona Júlia Galo. Fui por muito tempo seu freguês. Quase ninguém confia em menino, besteira! A criança possui credibilidade, adulto é uma perdição. Menino fica mentiroso, quando cresce. Gostava de conversar com a velha. Deu-me crédito, vendia fiado.
Pão com banana era minha merenda preferida. De vez em quando, retorno ao tempo de criança.
Estudava eu no Grupo Escolar Fausto Cardoso, no alto do prédio havia uma águia, depois, quando já grande, em tamanho, é claro, estudando, pesquisei que a águia é uma construção do presidente do Estado de Sergipe (Governador) Graccho Cardoso que governou de 1922 a 26. Matei a curiosidade de infância.
Matemática nunca foi o meu forte, tinha pela matéria uns arranhões, cheguei a melhorar quando fui estudar no Colégio Carvalho Neto na mesma cidade de Simão Dias. Português aí sim, quebrava meus galhos. Leitura ficava eu vaidoso, quando a professora dona Aliete mandava eu ler, engrossava a voz, botava uma banca danada. O Claudemir era gago, não hora da leitura era uma agonia:
"iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii"
No instante de xingar a mãe do colega , o cabra era rápido no gatilho.
Para nossa alegria, menino gosta do mal feito, um certo dia, dona Aliete deu um tapa na boca do gago. Rimos muito, festejamos.
Nos outros dias, o gago melhorou a leitura. Ainda dizem que pancada não conserta.
Vamos parar de enrolação, coisa de adulto, dona Júlia Galo era analfabeta de carteirinha. Quando queria escrever para seus filhos, era comigo mesmo. Fui por muito tempo seu redator-chefe. De vez em quando, eu acrescentava na redação.
Dona Júlia estava com raiva de seu filho Rafael, queria dizer os sentimentos d'alma, o sujeito nem aparecia na casa da velha. Já sabia que dona Júlia não mandava recado, falar o que pensava, igual a ela só o velho Pedro Mendes. Na falta do fugitivo, o remédio foi enviar a carta. Na missiva, a velha xingava o filho, moleque, sem-vergonha, descarado, safado. Menino gosta de molecagem, eu não poupava e até ajudava.
Em cidade do interior, tudo se sabe. A fofoca rola na praça, na esquina, na rua. O cabra teve conhecimento de quem escreveu a carta, a pedido de dona Júlia. Ele não veio até a mim. Enviou a digna esposa. Ela me disse tantas coisas. Parece que o criminoso era eu. Sempre fui um pequeno atrevido:
- Eu não tenho culpa, o que dona Júlia disse eu escrevi. Vá tomar satisfação com ela.
Aproveitei e disse a velha e ela respondeu:
- Deixe aquela cachorra vim conversar comigo.
Você foi, porque a mulher do Rafael também lá na casa de dona Júlia não apareceu.
Dona Júlia Galo não era de perder tempo. Sempre sonhou entrar na Igreja de Nossa Senhora Santana de saia e grinalda-de-noiva. Pois não é que a velha encontrou um marido, seu Santilho da Feirinha da Rola. Ela com mais de 7o anos e ele na casa dos oitenta anos. Foi um casamentão. Naquele tempo, o sonho maior das meninas era o casamento, muitas ficaram com inveja da velha, não pelo velho, é evidente, todavia, pela entrada na Igreja Matriz.
Tomara! Que dona Júlia e o velhinho Santilho estejam lá agarradinhos no céu.
SERÁ QUE O APELIDO DE JÚLIA GALO ERA O FOGO DE MINHA AMIGA!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

DIVÓRCIO DO MEMORIAL E A BIBLIOTECA

No dia 3l de março do corrente ano, escrevi no nosso blog, O Memorial e a Biblioteca, dizendo que era preciso um novo local para a Biblioteca de Simão Dias, Lucila Macedo. Que não dá certo ao lado do Memorial de Simão Dias.
Uma surpresa agradável, ontem estive com sua excelência o prefeito municipal de Simão Dias, o professor Dênisson Déda, ele anunciou que a Biblioteca Municipal vai para outro local, que é no prédio que pertenceu ao BANESE no calçadão da Joviniano de Carvalho. Ainda, nas informações , que a Biblioteca vai ter vários computadores para bem servir à população.
Sendo assim, estão de parabéns o prefeito Dênisson Déda e a nossa gente capa-bode.
O DIVÓRCIO, A SEPARAÇÃO DO MEMORIAL E A BIBLIOTECA MERECE APLAUSOS!

terça-feira, 14 de abril de 2009

LEI DO LIVRO

O Brasil é repleto de Leis. Há leis para tudo. Em prol da saúde, da educação, da segurança. O cumprimento aí a coisa pega. O discurso é uma coisa, a prática segue noutro rumo.
Já sofri na pele, buscando incentivo cultural do Município, do Estado e da Federação, visando à publicação de um livro. Pense que dor de cabeça! Fiquei no meio do caminho, triste caminhada de angústia, tristeza e lamento. Não desisti, fui em frente e consegui a publicação sem o amparo dos três.
Recentemente, li nos jornais que o Governo do Estado de Sergipe, dia 7 de abril , sanciou a Lei do Livro, que visa incentivar à publicação de livros, dando apoio aos editores e escritores. Não direi hipocritamente que fiquei emocionado. Como sertanejo, fiquei meio desconfiado. Todavia, sem perder a esperança que a Lei seja cumprida.
Com o cumprimento, sua excelência, o Dr. Marcelo Déda, há de merecer aplausos.

INFELIZ DO HOMEM QUE PERDE A ESPERANÇA!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

QUE DECEPÇÃO!

O sonho de toda menina da academia de ginástica é sair com Menelau. Corpo atlético, malhado, olhos azuis, cabelos lisos. É o bonitão da paróquia, dizem as meninas. Umas estão apaixonadas. Sonham em ficar com o sujeito.

Enquanto isso, na academia Saúde e Prazer, tem Mariana, bela, pernas invejáveis, seios grandes, bunda que causa transtorno no trânsito. Mariana representa o maior desejo dos meninos. Nao só deles, mas dos velhos e das duas sapatonas da academia. Sibéria é uma pena, ninguém diz que ela gosta de fêmea. É isso aí, questão de gosto não se discute. Mariana gosta de fazer amor, tarada. Quem teve o prazer de sair com Mariana, só tem a elogiar. Dizer o que fez e o que nao fez é coisa de moleque, porque homem que é homem fica em silêncio, quando lhe perguntam da alcova, cama mesmo, com a menina, o melhor remédio é negar, ninguém, em matéria de sexo, pergunta à toa.

Menelau, as más línguas dizem que é bicha. Uns até por inveja. As meninas, na boca-miúda, o chama de c... doce. Algumas acompanham a orquestra dos meninos.

O segredo de Menelau só quem sabe é Sofia. Sofia de pernas finas, seios pequenos, magrinha, de fala mansa. Fala só o necessário. A bem da verdade, os rapazes não sentem atração por ela . Abestelhados, Sofia, ah! Sofia. Menelau foi um privilegiado. Ela caladinha já foi ao motel com o desejado das meninas.

Sofia sabe compreender o drama de Menelau. O coitado, apesar de bonitão, tem ejaculação precoce. Fica numa frutração danada, vontade de sair com as meninas até que tem, mas receia o falatório. Mariana é uma peste, boca-de-matraca. Falhou, chegou ao prazer rapidamente, a boca de trombone anuncia aos quatro cantos. Se Mariana fosse reservada nos comentários...
Ainda bem, que Menelau não está sozinho no mundo, mais de 40% (quarenta por cento) dos homens já tiveram ejaculação precoce em determinado momento, segundo pesquisas.
O que pode animar Menelau que, em breve, será lançado no mercado o splay PSD520, criado no hospital Royal Victoria de Belfast, Irlanda do Norte, onde o produto faz demorar por mais de 6 vezes o tempo do prazer.
Pobre Menelau!

domingo, 12 de abril de 2009

EXPERIMENTE MUDAR

Quando meu pai morreu tragicamente em 2005, mergulhei numa tristeza profunda, tão natural. Mas era preciso levantar, afinal, a vida continuava lá fora: raios de sol, criança, plantas, animais, gente que se ama.
A morte pode ser natural e trágica. Nenhuma das duas o ser humano a aceita. Pior, quando é a segunda. Nascer, crescer e morrer é a vida. Todos nós temos o dia final. Herói diante da morte é coisa rara. Todo homem fica frágil, quando bate à porta derradeira.
Um certo dia, surgiu uma raio de luz e trouxe uma mensagem:
- Faça o que tem de fazer, porque amanhã você pode não se encontrar por aqui.
Sempre sonhei em escrever livros. Desde a infância, me trancava no quarto e fazia versos. Conquistar nenhuma coleguinhas nunca consegui, fui um amante poeta frustrado. As rosas vermelhas também gostava de enviá-las. Pobre de mim, um homem apaixonado, às vezes é rídiculo. Das rosas e dos versos, na conquista amorosa, não me deixa saudade boa. O cantor Nilton César, naquele tempo da juventude, não é que eu me esteja velho, era meu cantor de preferência: "Receba as flores que lhe dou, eu cada flor um beijo meu, são flores lindas que lhe dou, rosa vermelha como a flor. (...) E seja assim por toda a vida." As amiguinhas de minha amada devem ter rido muito com meus presentes. Besta, idiota eram os sinônimos. Enquanto isso, Carolina era apaixonada por Marcelo, que não é o governador de Sergipe. O coleguinha era perdido, namorador, sem-vergonha, porém, tinha um trato especial com as donzelas. Só com o tempo a gente se torna um Marcelo. O cabra era o rei de conhecer as virgens. Éramos fãs de Marcelo. Se inveja pagasse imposto de renda, o leão engulia todos nós. Em verdade, o sucesso causa inveja. Uns vão à luta, outros ficam a lamentar. É necessário imitar os bens sucedidos. Copiar o bom é ser bom. Ruim é copiar o fracassado: só lamúria, tristeza e revolta.
Outro dia, passava Carolina, mãe de três filhos, professora . No protesto por melhores salários lá está Carolina. É uma heróina. Divorciada. Lutanto pela sobrevivência. Dignidade é com ela mesma. Sem marido, sem companheiro. Da escola para casa, aos domingos missa na Igreja. É a vida que levava Carolina. Não perdi a admiração da guerreira, mas da fêmea que provocava desejos, estava morta. Carolina está de peitos caídos. Cabelos brancos. Os olhos perderam o brilho. A velhice lhe chegou de forma precoce. Observei: seios estavam caídos, a barriga grande, parecia gravidez . O umbigo era uma tristeza. Caró perdeu a auto-estima.
E não é que de novo encontrei Carolina. Mudança total. Seios levantados, cintura de pilão, cabelos pintados, com saia curta. Ia esquecendo as pernas de Carolina sempre foram grossas. O olhar brilhante.
No tempo da feiúra nada pode dizer a Carolina. A experência ensina que a verdade dói, ninguém está preparado para ouvi-la. Mas agora era preciso:
- Carolina, você continua linda.
- Eu perdi muito tempo, me entreguei. Depois que recebi a herança de meu pai, operei seios, fiz lipo. Mudei a alimentação , tudo natural. Estou namorando. Viajei a Cuba . Estou vivendo.
Carolina mudou. Encontra-se numa nova vida. Vai casar.
E de mim, com a morte de meu pai, atendi ao raio de luz, continuo escrevendo livros.
Experimente Mudar é também título de um livro de um amigo meu, Dr. Pascoal, advogado, escritor, poeta. O cabra é de boa conversa. Eleva a alma humana.
VALE A PENA MUDAR, EXPERIMENTE!
DÊ A SUA VIDA UMA NOVA VIDA, AFINAL, PÁSCOA É RESSURREIÇÃO, VIDA NOVA.

sábado, 11 de abril de 2009

LATA D'ÁGUA

Cheguei em casa na boca-da-noite, no sol posto. Já não havia no céu arrebol As primeiras estrelas brotavam no céu. Era noite de lua cheia. Ela de mansinho aparecia no firmamento. E vi com os olhos que os vermes hão de comer a minha ilustre e competente médica com a lata d'água na cabeça. Pensei que estava sonhando ou delirando, era ela mesma em carne-e-osso. Magrinha, de cabelos longos, com a roupa repleta de pingos d'água. Meu Deus, o que está acontecendo. Fui perguntar ao porteiro do prédio em que habito. Disse-me:
- Senhor, está faltando água. À meia-noite ela chega.
Fiquei desesperado. A minha médica carregando água. Em casa só tinha água mineral na geladeira. O jeito foi improvisar tomar banho de água gelada. A experiência não foi boa, noutro dia veio o resfriado.
Para tristeza dos amantes da música , em 19 de janeiro de 2009, morreu o sambista Candeias Júnior que juntamente com Luís Antônio compuseram a marchinha de carnaval: "LATA D'AGUA NA CABEÇA" :
Lata d'água na cabeça
Lá vai Maria
Lá vai Maria
Sobe o morro e não se cansa
Pela mão leva a criança
Lá vai Maria

Maria lava roupa lá no alto
Lutando pelo pão de cada dia
Sonhando com a vida no asfalto
Que acaba onde o morro principia.

Hoje, mais uma vez faltou água. Não vi a doutora carregando água. Talvez esteja lá no hospital João Alves salvando mais uma vida. E eu carregando uma lata d'água para matar a minha ressaca de Sábado de Aleluia.
Meu Deus, tomara que chova logo, como já dizia o velho Luís Gonzaga em sua canção. Se querem culpa o governador de Sergipe Marcelo Déda pela falta de chuva é conversa fiada. Aumentar a chuva o homem não pode, outra coisa eu não digo nada...

É melhor rezar para Padim Ciço do Juazeiro ou levar à oração diretamente a Deus, intermediário muitos vezes atrapalham.

SÁBADO DE ALELUIA, TEMPO DE ESPERANÇA,VAMOS AGUARDAR A CHUVA BOA.

SÁBADO DE ALELUIA

Hoje é dia de feira na cidade nordestina de Simão Dias. Lá na feira, você encontra o bananeiro Manassés do Mato Verde, ele vende banana maçã, figo, d'água, prata. E faz lembrar a canção de Jorge Benjor: "Olha a banana, olha o bananeiro." O bananeiro também negocia jaca. A jaca boa de Simão Dias vem do povoado Mato Verde, que, por enquanto, pertence a Paripiranga-BA, também é de qualidade a do Brinquinho, Genipapo, Cumbe. Simão Dias foi terra da jaca, lamentavelmente, ela está em extinção. Foi esta palavra que desclassificou uma jovem da cidade de Japaratuba-SE no programa da Globo, chamado Soletrando de Luciano Huck. A estudante disse que extinção era extinsão. Até os literatos erram e como erram. Não é fácil o português. Bom mesmo é namorar. Faz bem.
Na feira, você pode comer a maniçoba do Gordinho. Ir a cidade dos capa-bodes e não se alimentar da maniçoba; não tem sentido. A maniçoba é boa, gostosa e levanta tesão. Jovem, com certeza, não precisa, visto que já está no sangue. Velho são outros quinhentos.
Vamos sair da feira e chegar na praça do Barão. À noite, no passeio as jovens bonitas de Simão Dias, algumas vão assistir à missa da Aleluia. A noite é de festa. A procissão do Sábado de Aleluia, o queimar de JUDAS. Se todo traidor e toda traidora fossem queimados , seria uma tragédia como diz o ex-prefeito Zé Valadares.
O beato Nestor já foi embora. Que pena! Uma figura ilustre nas procissões da Igreja de Nossa Senhora Santana.
AI, AI, AI, ALELUIA. NADA DE AI, VIVA, VIVA A GLÓRIA DO SENHOR, ALELUIA.
VAMOS FESTEJAR, PULAR, GRITAR, CRISTO É RESSURREIÇÃO, NÃO É CRISTO CRUCIFICADO.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

SEXTA-FEIRA DA RENOVAÇÃO

Hoje é Sexta-feira da Paixão, Sexta-feira Santa. Para o mundo cristão lembra a morte de Jesus Cristo, o salvador do mundo. O católico praticante fica em jejum e abstinência da carne. Para os não cristãos é um dia como outro qualquer.
Fala-se muito que Judas Iscariotes é o traidor, vendendo o mestre por 30 moedas. Entretanto, observando os outros discípulos de Pedro a Tomé todos eles abandonaram Cristo. Correram todos. Na via-crúcis, o senhor do mundo sofreu a angústia só.
Mas Cristo não é sofrimento, ele representa ressurreição, nova vida. E o dia da Páscoa é no domingo.
É preciso mudar, transformar. No dia-a-dia, a cruz , o sofrimento é necessário, todavia, é preciso buscar o caminho da páscoa, da boa nova. Quem não renova, já está a morrer.
Cristo é luz, claridade. O sofrimento é uma face.

COMO CRISTÃO VAMOS RENOVAR. AO EXPERIMENTAR MUDAR, A GENTE NÃO PERDE NADA.
BOA PÁSCOA, ALELUIA!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

PREFEITO DE SIMÃO DIAS

Avaliar a administração municipal do prefeito de Simão Dias Dênisson Déda nos três primeiros meses é semelhante a avaliar a Barriga de uma mãe, dizendo como vai ser o filho. É preciso deixar o filho nascer, cair, andar os primeiros passos.

É mister deixar o homem assentar na cadeira de prefeito da terra dos capa-bodes. Tudo que a gente faz prematuramente, pode cometer o erro, o engano.

Ser imparcial requer independência. A imparcialidade do político goza de suspeição, afinal, política é grupo.

A opinião livre é coisa rara. Mas como na vida sempre existe a exceção, o salvo deve existir. Todos nós queremos acertar. Errar o alvo ninguém quer.

Ainda não é tempo de comparar a administração de José Valadares com a do atual prefeito Dênisson Déda.
TUDO TEM SEU TEMPO, ESTÁ LÁ NA BÍBLIA.

O HOMEM DA CULTURA

Dizem que o homem para ser realizado na vida tem que ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Sou pai do menino Marcos Vítor, uma criança papa-jaca, nascida na cidade de escritor e maior crítico literário do Brasil, Sílvio Romero. Plantar uma árvore, já plantei várias. Livros já são três: Corpo e Alma, Ninguém Morre, Luciano e Professor, Exemplo de Vida, Cenários da História de Simão Dias, Paripiranga-BA e Lagarto. Dos três, o mais dífícil é a publicação de livro. É uma via-crúcis, sofrimento do calvário, martírio. Se o sujeito não for ousado, desiste no bater da primeira porta. É preciso ser cara-de-pau. Mas a vida é luta renhida como diz o poeta Gonçalves Dias. Já estou no caminho da batalha para o próximo livro: BODE BITO - CABRA MACHO. Do Estado e do Município nunca obtive incentivo cultural, melhor dizendo: financiamento. Todavia, não lamento, visto que muitos prefeitos de Sergipe e da Bahia compraram meus livros para as Bibliotecas Municipais. Entre eles, o ex-prefeito de Simão Dias, José Matos Valadares.
Já são mais de 5.000 livros, para o pequeno estado de Sergipe, a quantidade é grande.
Um homem de apreço especial dos artistas, poetas , escritores é o ilustre e bem sucedido empresário Alberto Carvalho, Betinho da Concorde, ele o maior incentivador cultural de Simão Dias, já ajudou artistas da terra, escritores. É amante de História. É um Mecenas, isto é, protetor, patrocinador das ciências e artes.
O digno e honrado prefeito de Simão Dias ,Dênisson Déda ,é um pesquisador, professor capaz. Sujeito conhecedor da história de Simão Dias. O que se espera de sua excelência é uma administração de incentivo cultural. Conhecimento possui. Ante a sua humildade, ninguém pode aguardar que o poder suba para cabeça.
Haverá exposição da Vida e Obra de Carvalho Déda no Memorial de Simão Dias, que a turma organizadora não olvide, não esqueça de convidar o Dr. Alberto Carvalho, empresário do sucesso, incentivador cultural.
O INCENTIVO CULTURAL É UMA NECESSIDADE PARA A HISTÓRIA DE UM POVO.

MANIÇOBA DE JOÃO MENDES

A origem da maniçoba é indígena. Conhecida também como feijoada de Belém do Pará. No pequeno estado de Sergipe, a cidade de Simão Dias, terra de escritores e governadores, é tradicional o prato de Maniçoba.
Nos fins-de-semana, no bar de Gordinho de João Mendes e no de Élber, seu irmão, a maniçoba é servida. Feita das folhas da macaxeira-mandioca.
Ir à
cidade de Simão Dias e não comer a maniçoba é semelhante a viajar ao Mato Grosso e não comer o peixe pacu.
Dizem que a maniçoba é afrodisíaca. Se o cabra não estiver mais dando conta do recado, comendo maniçoba, ele vai ter uma reação de tesão.
Com a morte do comerciante João Siqueira Mendes, os seus filhos Rildo, de alcunha Gordinho de João Mendes e Élber mantiveram a tradição da maniçoba.
A maniçoba de Simão Dias já é famosa.
Acompanha a maniçoba a carne-de-sol, carne-do-sertão, jabá, carne-de-porco - mocotó.
De praxe, come a maniçoba com farinha-de-mandioca e vinagrete.
MANIÇOBA DE SIMÃO DIAS FAZ PARTE DA HISTÓRIA.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

VIVA A NOVA IGREJA

Vivemos novos tempos. Os homens do poder, outrora eram enterrados no templo. Jesus Cristo, com certeza, não iria aceitar tais sepulcros. Simão Dias, terra dos capa-bodes, em 1925, o coronel Sebastião da Fonseca Andrade, que o Papa Pio X, deu-lhe o título de Barão de Santa Rosa, foi enterrado na Igreja de Nossa Senhora Santana. A esposa do coronel Sebastião da Fonseca, Ana Andrade, Baronesa de Santa Rosa, também foi sepultada no ano de 1940. Os primeiros bancos da Igreja pertenciam aos familiares do Barão de Santa Rosa. Ai do pobre cristão que tivesse a ousadia de sentar nos primeiros lugares !
Mas a Igreja mudou em todos os pontos de vista. Lamentavelmente, os templos foram construídos com o trabalho escravo. Até a Constituição de 1889, em terra do Brasil, não havia a separação da Igreja e do Estado. Anteriormente, padres e bispos eram nomeados pelo Imperador D. Pedro II.
A Igreja possui uma nova face. A Igreja veste a camisa em prol dos mais necessitados. Os primeiros bancos do templo podem todos sentar. Os padres possuem uma nova visão, claro, que há a exceção.
Domingo, vi numa cidade do interior, Simão Dias, a Igreja Católica repleta de fiéis: meninos, meninas, jovens e velhos. Na praça do Barão, eram vários carros, perguntei ao capa-bode, conterrâneo meu:
- Há alguma comemoração em Simão Dias, visto que a Igreja está cheia de gente
- Não, meu amigo, todos os domingos são assim com muita gente, você parece que não é daqui!
Eu bem poderia ficar calado. É assim mesmo... Valeu!
E VIVA A NOVA IGREJA!

A VERDADE VOS CONDENARÁ

No dia a dia ser verdadeiro é um perigo. Ter um pensamento livre, falar o que brota d'alma gera desdém, má vontade, antipatia. Vivemos numa selva humana. O homem a sorrir, no recôndito do ser, encontra-se a chorar. A perfídia, a falsidade passeia no correr do dia. A verdade para bem sobreviver não deve ser dita é o pensamento de muitos, a minoria possui a ótica em contrário.
Cristo já dizia: "A VERDADE VOS LIBERTARÁ." Contudo a verdade enunciada pelo homem de Nazaré é a espiritual. O feio não vai gostar de ser chamado de feio, o coxo, de aleijado, o cego e por aí vai.
O eufemismo é necessário: ao cego, tratá-lo como deficiente visual, ao aleijado, deficiente físico, o doido, deficiente mental.
NINGUÉM ESTÁ PREPARADO PARA OUVIR A VERDADE.
OS PUXA-SACOS tiram proveito no dia a dia.

terça-feira, 7 de abril de 2009

A MORTE DE SEU CABOCLO




Quando menino, as 12 anos , ele trabalhou juntamente com Zé Oscar no Moinho de Pedro Valadares nas margens do Rio Caiça. Cresceu, casou, teve filhos. Tinha como profissão marchante, vendedor de carne de porco e de ovelha. Somava a profissão também a de músico. Tocava trombone. Fez parte da extinta Orquestra OS TREMENDÕES, que nos anos 70 fazia grande sucesso em Sergipe. A Orquestra surgiu na cidade de Simão Dias. Ele, na festa de Nossa Senhora Santana, era um dos membros que tocava na Banda de Nossa Senhora Santana, Lira Santana de Simão Dias.


Todos nós temos o dia fatal. O dia de nossa morte. No domingo, dia 5 de abril ele morreu, aos 71 anos.


Foi sepultado no dia 6, às 10 horas da manhã, lá no cemitério São João Batista. No funeral, o que todos lamentavam era a falta da Banda de Música, afinal, ali estava um músico, um homem que sempre dedicou a sua vida a Banda.


Uma falha da Banda Nossa Senhora Santana, que pode bem aliviar na missa de sétimo-dia, marcando presença.


A presença da Banda de Música e o comparecimento de músicos, quando morre um músico, são presenças indispensáveis.


O artista e cantor Ismar Barreto em Aracaju, quando morreu, os músicos tocavam e os cantores cantavam em homenagem ao cantor.


A MAIOR SOLIDARIEDADE É NA HORA DA MORTE. OS VERDADEIROS AMIGOS NÃO PODEM FALTAR.


TODO SER POSSUI SEU DIA FINAL, NINGUÉM PODE FUGIR DO SEPULCRO CAIADO.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

DIA DO SENADOR VALADARES


Para o povo capa-bode, de Simão Dias, o senador Antônio Carlos Valadares é conhecido como Tonho Valadares. Até que eu pensava que o senador tinha nascido no dia 13 de junho, dia do padroeiro da cidade de Itabaiana - SE, terra da ilustre e respeitável professora e ex-prefeita de Itabaiana, Maria Mendonça.



O senador Antônio Carlos Valadares nasceu no dia 6 de abril de 1943 em Simão Dias, estado de Sergipe. Filho do ex-prefeito e ex-deputado estadual, Pedro Almeida Valadares, já falecido, e de dona Josefa Matos Valadares, dona Caçula como é conhecida. Ela também foi prefeita de Simão Dias. Tonho Valadares começou a política aos 24 anos, 1967, quando tornou-se prefeito eleito pelo povo. Foi deputado estadual, federal, governador e atualmente é senador da República com dois mandatos. Em verdade, na política o senador Tonho Valadares só não foi vereador. Passou um período como prefeito biônico de Aracaju.

Simão Dias é conhecida em Sergipe como Terra dos Governadores: Pedro Freire de Carvalho, 1914; Sebastião Celso de Carvalho em 1964 a 66, Antônio Carlos Valadares de 1987 a 1990 e Marcelo Déda Chagas de 2007 até 2010, dos governos ora citados o senador Valadares foi quem mais trouxe benefício para sua terra Simão Dias: Campo de Futebol , Ginásio de Esporte, Eletrificação Rural, Empregos etc. A grande expectativa é com sua excelência, o Dr. Marcelo Déda Chagas, o governador Déda já semeou várias obras em sua terra de nascimento.


O Senador Valadares é gente que orgulha os capa-bodes.







A sua excelência, parabéns !

domingo, 5 de abril de 2009

O POVO DE ITABAIANA-SE É DE BATALHA

Sou fascinado pelos meus conterrâneos da cidade de Itabaiana. Sim, nasci em Simão Dias, mas historicamente somos de Itabaiana. O vaqueiro Simão Dias é natural de Itabaiana. A ex-prefeita Maria Mendonça, símbolo da decência , da honestidade. Fala tão suave, mas na hora de agir é uma Joana D'Arc, guerreira. Maria, quando prefeita, trouxe desenvolvimento para Itabaiana; mais escolas, funcionário público recebendo em dia, saúde, educação, dignidade.

Se o governador de Sergipe, Dr. Marcelo Déda Chagas, convidá-la a fazer parte do governo, dou-lhe parabéns, Maria Mendonça é progresso, não representa decepção. É Maria Mendonça filiada ao PSB do senador Valadares. Sempre a jovem prefeita é tentada por outros partidos, afinal, Maria só adiciona.
Sua excelência - Dr. Marcelo Déda - não pode olvidar de Maria Mendonça. Sempre esteve ao lado do governo, todavia, isso é de pouca valia, há tantos verdes sorrindo, festejando com os CC. A nova política é dinâmica, vale o que é conveniente.

Em Simão Dias, Seu Eronildes da Casa de Couro como é conhecido. É filho da cidade da serra de Itabaiana. Torcedor tricolor do Itabaiana. Um cidadão que se já não tem o Título de Cidadão de Simão Dias, possui mérito há muito tempo. Filhos dignos, exemplos de vida, entre eles o ilustre médico, Dr. José Evandro dos Santos. Este nascido em Simão Dias. Outro dia li no Jornal o PONTO de Simão Dias, um excelente artigo DENGUE... UMA CONVARDIA. No Espaço Saúde do Dr. Evandro achei interessante quando ele diz : (...) " Como podemos perceber essa guerra na qual se gata milhões em busca de insetos, onde vitima crianças inocentes, que causa insõnia, nos faz refletir que, o necessário para esta bvatalha e muitas outras, é converter esses milhões em melhoria de vida (saneamento básico, infra-estrutura e educação0) não esquecendo de que a educação se inicia no lar e se consilida na escola. Reflita esta parte."

SER DE ORIGEM DE ITABAIANA É ORGULHO DE TODOS NÓS CAPA-BODES - SIMÃODIENSES.

sábado, 4 de abril de 2009

TRAGÉDIA

Não se assuste! Caso aconteça uma nova tragédia em Simão Dias. O rio Caiçá, da nossa história, ele passa dentro da cidade de Simão Dias. O Caiçá está sujo, repleto de lama, com animais mortos, nas margens do rio existe uma lixeira. Outrora, a gente simples pescava no rio. Saciou a fome de muitos.

Em 28 de fevereiro de 2004, aconteceu a tragédia. Muitas famílias desabrigadas, perderam seus móveis, suas casas. Choro, dor, lamento e o grito invadiram a alma humana. O lamento era geral: AI, MEU DEUS!

Pobre de dona Belita, tia do senador Valadares, foi auxiliar os desabrigados e morreu no local. Senhora alegre e brincalhona. Uma alma boa. Que Deus a tenha no céu. Esta merece o paraíso.

De lá para cá, nenhuma providência foi tomada em prol do rio de nossa HISTÓRIA. O Caiçá grita por SOS - socorro. Pensar que estamos isentos à uma nova tragédia, é ilusão. É mister salvar o Rio Caiçá.

REVITALIZAR O RIO CAIÇÁ É O MELHOR REMÉDIO, SENÃO VEM O TÉDIO.

A BOCA VIRGEM E O SEMINARISTA

A vida corria sem pressa na cidade do interior. Aos domingos, missa na matriz. Passeio na praça. O som alto de um carro de um jovem . A velha Matildes a gritar:

- Falta de polícia, a gente não pode nem bater papo com a vizinha.

Dona Raimunda replicava:

- É a juventude de hoje, respeito é coisa ultrapassada.

A outra:

- É o fim do mundo.

Mas vamos ao que interessa sem muita enrolação. A nossa ilustre é Mariana. Filha do cabo Jesus da polícia militar de Sergipe. De Jesus só o nome, porque o homem de farda era sem- vergonha, safado, descarado, mulherengo, raparigueiro. 0 dicionário Aurélio Buarque de Holanda se segure. A lista é grande de sinônimos. O cabo via na filha de 15 anos o pagamento de suas dívidas. Quantas mulheres o cabo enganou. Promessa de casamento nem se fala. Iludia as coitadas e depois adeus. O cabo, quando jovem, tinha prazer em possuir uma virgem. Naquele instante, que via o sangue molhar o lençol, estava realizado, era o homem mais feliz do mundo. Quase todas as cidades que ele andou , o mesmo espalhou sementes. Filhos eram quinze. Propriá, Lagarto, Cedro de João, Pinhão, Poço Verde, Rosário do Catete e Simão Dias tais cidades constituíam a prole do cabo Jesus. Jesus falava mansamente. As mulheres ficavam apaixonadas com a educação do militar. Fino, educado, gentil. Com o preso, o cabo Jesus era uma fera. Criminoso era para apagar. Só não batia mesmo era em homicida. Pensava:

"Todo homem é assassino, depende da ocasião."

Ladrão caia na pancada, até larápio de furto de galinha. E o cabo dizia:

"Se quer ser ladrão, vá ser de coisa grande. De todo jeito é ladrão."

E a filha do cabo, Mariana era a mais bonita da sala. Cintura fina, cabelos longos, olhos da mata virgem, a parte do fundo era avantajada. Herdou do pai o falar pausadamente. De dona Lepoldina, sua mãe, vieram os traços da beleza.

Os moleques da escola, que nada, os meninos do colégio, moleque é coisa do passado, era o nome que o senhor de engenho colocava no menino filho da escrava. Eram perdidos os senhores de engenho, para passear as suas branquelas, mas para o prazer as negras de sangue quente. Voltemos a Mariana, todos eles a desejavam , ia esquecendo sempre há exceção, o Salvinho nem para chegar perto, tinha lá suas delicadezas de flor.

Mariana ficava com o semblante repleto de sangue, quando as coleguinhas a apelidavam:



"Boca-virgem, vai ficar pra titia.''



Intimamente ela dizia: "Abestelhadas, dá pra qualquer um é fácil. Saber dar são outros quinhentos."



O sonho de toda menina era seduzir o seminarista Godolfredo. O menino queria ser padre. Diziam elas:

"Que pena! É um esperdiçio."

Godolfredo tinha 18 anos. Alto, moreno, cabelos lisos, corpo atlético. Dizer que foi para o seminário donzelo é mentira. Era macho de umas seis relações amorosas. Viu no seminário o meio de estudar, a bem da verdade, vocação mesmo não é bom falar...

O jovem seminarista ao ver Mariana teve um desejo maior do que os outros. Ali era uma coisa diferente. Na praça do Barão, conheceu Mariana. Depois de 10 dias. Ambos estavam nus na casa da tia de Mariana, dona Eleá, beata de carteirinha. E que confiou deixar a jovem sobrinha com o seminarista batendo papo. Ele não só bateu papo, como papou. Corpo e cheio igual ele nunca tinha visto. Só o de Mariana. Que menina, podem babar. Cuidado! Com polícia não se deve brincar. Foi um deus-nos-acuda, para limpar o lençol, ainda ficou a marca do crime. Falou Mariana a Tia:
- Tia menstruei e deitei um pouco em sua cama e quando a regra vem, a cólica é forte.
- Não tem problema não, minha pequena.

Entretanto, lá na escola, as meninas não perdiam tempo:

"Boca-virgem, vai ficar pra titia."

Mariana não enrubesceu, deu um leve sorriso. A Judite um pouco sagaz:
- Desta cara tem safadeza
Mariana não respondeu nem sim , nem não. A dúvida ficou no ar.

Dentro de casa, o cabo Jesus não sabia que pagou o seu pecado. Mariana, sempre discreta, uma boca-de-siri.

Com o passar do tempo, o seminarista tornou-se padre. Mariana é tenente na polícia militar da Bahia.

E o velho cabo Jesus , para não perder o sinônimo, frequenta a Feira da Fumaça na cidade de Lagarto no Sergipe e lá fica feliz, vendo as meninas do cabaré.



Um conto de Oswald Abreu

sexta-feira, 3 de abril de 2009

BRASIL 4 X ITÁLIA 1

Este jogo Brasil 4 x Itália 1 não me sai da lembrança. Eu me era um menino numa cidade do interior , chamada Simão Dias. As novelas da televisão começou na tevê em 1950 com Tarcísio Meira e Glória Menezes, Paulo Gracindo e tantos outros. Na minha atrasada cidade, se contava de dedo os possuídores de televisão: casa de Seu Cipriano, Dona Pequena de Dr. Aguiar, quando aparecia a imagem era uma festa da meninada. Sempre e sempre fica a expectativa. Para tristeza de todos nós o que se via mesmo era o chuvisco.
E na rua da Feira, a Prefeitura colocou alto-falantes. O rádio era ligado na rádio Globo e foi por intermédio de Valdir Amaral, locutor global, que nós ouvimos a vitória do Brasil, tornando-se tricampeão do mundo no futebol. Pulamos, se abraçamos e festejamos. Os gols do Brasil foram marcados por Pelé, Gérson, Jairzinho e Carlos Alberto. O gol único da Itália foi marcado por Boninsegna.
E foi nesse tempo, que eu diferente dos meninos daquela época comecei a torcer pelo Fluminense. Os outros meninos preferiram o Flamengo, o Vasco. O Botafogo meio parecido com o Flu, alguns gatos pingados. Tinha até um torcedor do América do Rio, o alfaiate e funcionário público Abel Jacó que veio a ser depois prefeito de Simão Dias e deputado estadual.
Dizem que futebol e religião não se deve discutir.
Religião até que eu concordo.
O futebol eu discordo. O bom é discutir, lamentar, reclamar, mangar do time adversário na derrota.
O futebol é vida, alegria. Os perturbadores da paz no futebol devem ser afastados dos estádios.

A VACA DO PODER

1970, possuir carro em Simão Dias era uma raridade. Se contava de dedo quem o possuía. Os filhos de Seu Dorinha, de Dr. Salustino, de Seu Nélson Pinto, os Valadares, Celso de Carvalho eram proprietários de carro. O povo simples se valia de Dona Marinete, como era conhecido o ônibus da empresa Nossa Senhora de Fátima, para ir a Aracaju.
Carro de som só aparecia em tempo de eleição para a progaganda eleitoral dos partidos politicos ARENA 1 do senador Valadares, apelidado de Crocodilo e ARENA 2 do ex-governador de Sergipe, Celso de Carvalho, de alcunha Jacaré. Os apelidos foram colocados pelo espanhol Cesário, que negociava ouro na rua Joviniano de Carvalho, atualmente Calçadão. Mudar de partido, naquele tempo, tinha o nome de traidor. Lá em 1930, quando farmacêutico Alexandre Dutra, que foi interventor municipal, mudou dos pebas para os cabaús do coronel João Pinto, foi chamado de vira-casaca pelo intelectual e político Carvalho Neto.
Hoje a política segue outra dinâmica, ser seguidor do ex-governador Dr. João Alves Filho ou do atual governador Dr. Marcelo Déda Chagas atende às conveniências. Há ainda os radicais, estes coitados , não conseguem nada, ficam a ver navio. Lamentando que é amigo do homem.
Toma jeito, sujeito, se amigo você fosse estaria mamando.
A VACA DO PODER É LEITEIRA.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A PUTA DOS ESTUDANTES




Quando Bisqui chegou ao Cabaré Bico da Asa , tinha 17 anos. Dizia sempre ter 19 anos. Na certidão de nascimento a idade acusava a menoridade. Quando os homens de farda exigiam o documento de comprovação, a pequena rapariga falava que perdeu a identidade. A rameira foi treinada por uma puta velha, chamada Maria. O argumento colou bem só visgo de jaca. A minúscula Bisqui nasceu em Lagarto, terra dos papa-jacas.
Foi guia de cega. Roubava a cega sua avó. Com o dinheiro da subtração comprava uns vestidinhos, umas blusinhas na feira de Lagarto. Justificava que assim fazia por uma grande causa. A velha Severa, pelo nome já diz, era unha de fome, mão de figa. Não via a luz do dia, conhecer dinheiro era com ela mesmo, seja de papel ou de prata.
E a velha morreu. Estava Bisqui no olho do mundo, sem eira, sem beira. órfã de pai e de mãe. Foi trabalhar de doméstica. E na casa de Seu Zé na praça da Piedade , a menina perdeu o cabaço com o seu patrão. Prazer nem sentiu, dor, que dor desgraçada. O Zé era pior do que um jegue. Não ofertou nenhuma carícia. Pegou o seu parafuso e empurrou na tábua. Gritar até que gritou. Socorro só se fosse do papagaio Lázaro, o bicho ao ouvir os gritos, gritava também de felicidade com a desgraça alheia. O grito sem malícia do pobre animal. Gente que é uma perdição.
Não demorou muito. Um mês depois, o homem botou Bisqui no olho da rua, se é que rua tem olho. Estava à toa na vida. Sem ninguém, sem amigo, sem parente. E conversando com uma puta velha, ela a aconselhou ir buscar socorro no Cabaré Bico da Asa. Nos primeiros dias, a putinha ficava acanhada, com o tempo, veio o traqueijo, surgiu a adaptação.
Prazer ela sempre fingia. Mas no dia que deu ao estudante Pedrinho do Internato do Industrial, aí ela soube como o sexo é bom...
A pequena Bisqui tinha uma tara arretada por estudantes. Feio, bonito, magro, gordo, foi estudante era com ela mesmo. Se o coitado não tivesse o dinheiro, ela era caridosa, fazia o vaivém zero oitocentos. E o nome de Bisqui correu fama. Muitos estudantes do Internato do Industrial, a rapariga Bisqui quebrou os cabrestos. Foi uma salvadora dos meninos do Internato que já tinham as mãos grossas do toque de si mesmo.
Bisqui poderia até receber o título de cidadã da cidade, inexistiria absurdo. Afinal, foi grande utilidade pública no tempo da repressão sexual, comeu tem que casar. Senão vai para a cadeia.
Ser puta do passado não era fácil, vida boa leva hoje a garota de programa: possui seu carro, faz faculdade. É estudante universitária. No corpo bronzeado, o perfume francês.

É conversa de vovó a dama da noite. O mundo hodierno possui o novo termo acompanhante de executivo. É raridade uma garota de programa feia. Nenhuma discriminação com a feiúra. A nova garota de programa saber usar bem a língua, é bilingue.


O deputado federal Clodovil morreu. Ele se vivo bem poderia levantar esta bandeira:


A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO GAROTA DE PROGRAMA.

SÊ BESTA, LAGUE ESTE FALSO MORALISMO - ATIRE A PRIMEIRA PEDRA, QUEM NÃO GOSTA DE PRAZER.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O RIO DO CHORO

Januário coçou um dos dois debaixo. Coitados, já estavam murchos. O vigor do tempo de outrora, ela vivia através da saudade. Estava velho. Sozinho. Morreu dona Rita, sua mulher, o filho Manoel se mandou para as bandas do Paraná, nos primeiros dias chegavam cartas. Depois elas envelheceram. Na verdade, não sabia se Mané estava vivo ou morto. Ainda possuía um pouco de esperança. O velho Januário já tinha passado dos 80 anos. O dinheiro de sua aposentadoria, a metade ficava na farmácia, a outra parte pagava a água, a luz e comprava mantimentos para a sua sobrevivência.
O idoso já esperava a morte. Antecipadamente comprou o seu caixão. Já o tinha guardado por mais de 10 anos. Muitos, que o achavam doído, morreram. E Januário dizia na Barbearia de Seu Avelino:
_ Se tivesse comprado o seu caixão, não teria morrido.
O velho barbeiro ria demasiadamente.
Um certo de céu arrebol, Seu Januário foi ver o rio Caiçá de sua infância, que ele muito pescou e se banhou nas águas do rio que vinha lá do Chora-menino. E chorou. O rio estava poluído, cheio de bagaço, de lixo, de animais mortos.
O rio corria lentamente. Suas águas estavam escuras. E lembrou quando o Caiçá tinha as águas cristalinas. Matou a fome de muita gente na seca de 33.
O coração do velho começou acelerar. A vista foi escurecendo . Caiu. Quis gritar por socorro, entretanto, perdeu a voz. Um túnel veio em sua mente. E começou a ver a filmagem de sua vida: a infância, a juventude, sua viagem a São Paulo, o casamento, o trabalho, o nascimento do filho. Os curiosos foram chegando. O velho ouvia e não podia dizer nada:
- Está morto.
- É preciso levar para o hospital.
- Vamos chamar um médico.
O tempo foi passando nem hospital, nem médico. Era o último dia de Seu Januário. Lá dentro de sua alma, o velho percebia que não mais ouviria o canto de seu pássaro preto, o nascer do sol, chegou o dia fatal.
Um lágrima brotou dos olhos do velho, lembrou da poluição do Rio Caiçá, quando a moda é revitalização do Rio São Francisco.
Dona Zefinha do Maracujá disse:
- Gente, o homem está vivo, ói uma lágrima.
O carro do SAMU chegou duas horas depois. Mas o velho já tinha batido a caçoleta. Dona Caçula do povoado Feirinha da Rola, falou para amiga Matildes:
- Já era um cacaréu, há muito já devia ir para a cidade dos pés juntos.
Dona Matildes,
- Caçula, você ficou maluca, o velho era gente boa.
- Gente boa é agora, todo defunto é bom...
Pouca pessoas foram ao enterro. E ficaram os saudosistas lembrando do grande inteiro de Pedro Valadares em 1965. O Zé Preá:
- Ninguém até hoje ganhou do enterro de Seu Pedrinho Valadares. O de Pedro Mendes teve muita gente, mas o de Seu Pedrinho.
- Já reparou , Fausto, que funeral de tragédia e quando o cabra morre cedo dá muita gente.
- É verdade!
E o Rio continuou chorando a sua angústia, sua tristeza pelo descaso das autoridades.
E O VELHO FEZ A SUA ÚLTIMA VIAGEM

QUEM COME A CARNE, TEM QUE LAMBER O OSSO.




Demétrio acordou mais cedo. Sua mulher, Mariana ainda dormia. Estava ali um corpo estendido na cama. Bunda para cima, repleta de celulite. Deu-lhe uma tristeza danada. E lembrou dos bons tempos da juventude. Baile no caiçara clube, orquestra Los Guaranys. Mariana era a mais bonita, todos a desejam . Cabelos longos, cintura de pilão, pernas grossas, bunda avantajada. Falava suavemente. No banheiro do Colégio Carvalho Neto, onde Mariana estudava, lá nas paredes ficaram as lembranças dos meninos. Nesta hora, Demétrio não sentia saudade. Repressão sexual, para transar tinha que casar, senão o dr. juiz mandava para cadeia o filho do gozo.
Casou com Mariana, dois anos de namoro, nada de adentrar com o órgão do prazer. Tentar até que tentou muitas vezes, mas Mariana era muralha da China, resistente. Dizer que era santificada é conversa fiada. Permitia que tocasse nos seios, amamentasse, carícias até que podia, mas na hora H só com o casamento. Filha da mãe, nem no primeiro dia do casamento, a sujeita quis dar. No quinto dia, o cabra ficou orgulhoso, o lençol branco manchado de sangue. O homem sorriu. Para Mariana foi mais dor do que prazer. Com o tempo, ela percebeu que fez amor já tarde aos 17 anos. Ele foi seu primeiro namorado e único. Demétrio tinha aos 18 anos boa experiência sexual. Aprendeu a transar mesmo no cabaré do Bico da Asa com a professora, rapariga Bisqui. Aquela pequena fazia o homem gemer, gritar e gozar. Que saudade de Bisqui! O título de professora foi concedido pelos os meninos. Coisa de menino.
Demétrio e Mariana tiveram três filhos. Ele funcionário público, ela do lar. Sonhar até que sonhou sair de Simão Dias, mas o destino lhe deu um pai sapateiro e uma mãe doméstica. Ficou ali no dia a dia do interior, aos domingos missa na Igreja Nossa Senhora Santana, bate-papo com os amigos nos bancos da praça. Futebol era seu forte, torcedor do Flamengo, tinha o time como religião. Da política, tinha uma paixão, antes da extinção do partido político, pelo Jacaré do ex-governador Celso de Carvalho. Depois que Seu Caçulo do Jacaré se aliou ao Tonho Valadares do Crocodilo, não votou em mais ninguém. Em tempo de eleição, pode ter certeza, voto nulo.
Todavia, o que lhe oferece desgosto mesmo é ver Mariana acabada, cheia de celulite, estria. E o corpo, meu Deus, foi embora, deixando outro. Mariana está gorda, possui diabete. Aos 45 anos, parece que tem 60 anos.
Ainda pensou em separar de Mariana. A mulher reclama de tudo. Depois pensou, deixar Mariana vem uma nova Mariana. O dinheiro recebido como funcionário público mal dá para pagar as contas. O mercadinho ele faz as compras , fiado, lá em Gordinho de João Mendes, recebeu o dinheiro do Estado, Demétrio corre para pagar.
Outro dia, reclamou de sua vida ao amigo Fernando, dele obteve a resposta:


- QUEM COME A CARNE, TEM QUE LAMBER O OSSO.


E Demétrio segue andando pela vidinha do interior.

Conto de Oswald Abreu