A Rua do Choro fica lá no Nordeste brasileiro na cidade de Simão Dias. Fronteira com a grande Bahia. Os nascidos naquela cidade possuem o apelido de capa-bodes. Mas vamos ao que interessa, porque tempo é dinheiro e em época de crise o filho do cabrunco está difícil. Para os mais velhos o nome da rua é do Coité, visto que quando se queria ir para a cidade baiana de Paripiranga, antigamente Coité, o caminho era pela Rua do Choro.
O nome da rua sempre foi uma confusão danada, arretada: metade era General Siqueira e a outra parte, Presidente Vargas, aquele mesmo que suicidou em 1954. O cabra quando nasce suicida não há doutor que ofereça jeito, vai morrer mesmo, matando ou se matando, como queira, afinal, a linguagem é feita pelo povo. Nas terras brasileiras, os militares tinham uma força filha da mãe, nos anos 30, o ditador, presidente do Brasil, Getúlio Vargas nomeou muitos militares para governadores dos Estados. No minúsculo Sergipe, o escolhido foi o Capitão Augusto Maynard. Os militares continuaram bem fortes no Golpe Militar de 1964, foram vários os generais de Exército, Presidente da República: Médice, João Figueiredo, que gostava mais de cavalo do que da gente humana. Dificilmente uma rua do interior não tinha o nome de um militar. As ruas foram transformadas em quartéis. Rua soldado Jesus, rua cabo Malaquias, rua Sargento Severino e rua Presidente Vargas. Hoje, os militares estão esquecidos e os homenageados estão saindo de mansinho do nome das ruas. O general Siqueira de Menezes que foi presidente da província de Sergipe Del Rei de 19ll a 1914, sua placa de rua foi jogado na lata do lixo e o nome da rua passou a ser governador Celso de Carvalho que está vivinho da silva. Homenagear pessoas mortas é uma desgraça, bom mesmo é a valorização aos vivos, porque o morto não pode falar, dizer meu muito obrigado. Abaixo a Lei que só pode prestar homenagem aos filhos do além.
Por tradição, no corre lentamente do interior, quando se morre, o morto é encomendado pelo padre. Um absurdo! O sujeito não vale um real rasgado e o representante de Deus: - Que Deus o tenha no céu. Triste representação do padre. Se toda gente sob recomendação chegar ao céu, o paraíso vai se transformar em inferno.
O defunto chega à Igreja de Nossa Senhora Santana, padroeira de Simão Dias, para o padre fazer os votos de recomendação, depois de falecido todo homem é bom... Já pensou que desgraça!? O cortejo sai do templo e segue pela Rua do Choro, cuja via é o cemitério São João Batista. Chora filho, chora irmão, chora mãe, chora pai, chora menino e quem desejar chorar. Como diz a canção: " é um rio de lágrimas."
Imagine: Se o homem que vai deitado deixou bens. A divisão já começa ali mesmo. As brigas vêm depois, em memória do falecido, é preciso deixar passar a missa de sétimo dia.
Não se preocupe, a Rua do Choro possui uma funerária. O seu proprietário é Humberto. Quase ninguém o conhece com este nome, vale de verdade é o apelido Chorão. É bom saber apelido vale mais do que o nome, chamar o presidente da República de Luiz, é olvidar que é conhecido mesmo por Lula. O homem já foi na Justiça é somou Lula ao seu nome de batismo, ou seja, Luiz Inácio Lula da Silva. Quem pode, pode e quem não pode fica na expectativa de dias melhores.
É de pouca relevância os apelidos: Rua do Choro, Lula, Chorão, tudo isso somado chega ao peixe na ágúa, nada. O grave mesmo é que a Rua do Choro, OS HOMENS MORREM PRIMEIRO. SÃO MAIS DE 30 VIÚVAS.
Não indico nenhum amigo para ir morar na Rua das Viúvas. Há uma ilustre moradora que habita lá dona Caçula Valadares, viúva e mãe do senador Tonho Valadares. O representante do Senado Federal já foi morador na Rua do Choro. O governador de Sergipe, quando menino de calça curta, também habitou na rua dos homens que vão para o além, deixando as viúvas para contarem a história.
O ex-prefeito de Simão Dias, político de fibra, amigo é amigo, inimigo não mamava nas tetas da Prefeitura, seu Caçulo até que escapuliu foi residir na Praça Barão de Santa Rosa, no palácio que foi residência do coronel Pedro Freire, ex-presidente do Estado de Sergipe. Dona morte, tipo os coronéis dos anos 30 , não perdoa. Visitou-o e deixou dona Rivalda viúva.
E como diz o sertanejo de peia, NINGUÉM FOGE DA MORTE!
Escritor Oswald Abreu
O nome da rua sempre foi uma confusão danada, arretada: metade era General Siqueira e a outra parte, Presidente Vargas, aquele mesmo que suicidou em 1954. O cabra quando nasce suicida não há doutor que ofereça jeito, vai morrer mesmo, matando ou se matando, como queira, afinal, a linguagem é feita pelo povo. Nas terras brasileiras, os militares tinham uma força filha da mãe, nos anos 30, o ditador, presidente do Brasil, Getúlio Vargas nomeou muitos militares para governadores dos Estados. No minúsculo Sergipe, o escolhido foi o Capitão Augusto Maynard. Os militares continuaram bem fortes no Golpe Militar de 1964, foram vários os generais de Exército, Presidente da República: Médice, João Figueiredo, que gostava mais de cavalo do que da gente humana. Dificilmente uma rua do interior não tinha o nome de um militar. As ruas foram transformadas em quartéis. Rua soldado Jesus, rua cabo Malaquias, rua Sargento Severino e rua Presidente Vargas. Hoje, os militares estão esquecidos e os homenageados estão saindo de mansinho do nome das ruas. O general Siqueira de Menezes que foi presidente da província de Sergipe Del Rei de 19ll a 1914, sua placa de rua foi jogado na lata do lixo e o nome da rua passou a ser governador Celso de Carvalho que está vivinho da silva. Homenagear pessoas mortas é uma desgraça, bom mesmo é a valorização aos vivos, porque o morto não pode falar, dizer meu muito obrigado. Abaixo a Lei que só pode prestar homenagem aos filhos do além.
Por tradição, no corre lentamente do interior, quando se morre, o morto é encomendado pelo padre. Um absurdo! O sujeito não vale um real rasgado e o representante de Deus: - Que Deus o tenha no céu. Triste representação do padre. Se toda gente sob recomendação chegar ao céu, o paraíso vai se transformar em inferno.
O defunto chega à Igreja de Nossa Senhora Santana, padroeira de Simão Dias, para o padre fazer os votos de recomendação, depois de falecido todo homem é bom... Já pensou que desgraça!? O cortejo sai do templo e segue pela Rua do Choro, cuja via é o cemitério São João Batista. Chora filho, chora irmão, chora mãe, chora pai, chora menino e quem desejar chorar. Como diz a canção: " é um rio de lágrimas."
Imagine: Se o homem que vai deitado deixou bens. A divisão já começa ali mesmo. As brigas vêm depois, em memória do falecido, é preciso deixar passar a missa de sétimo dia.
Não se preocupe, a Rua do Choro possui uma funerária. O seu proprietário é Humberto. Quase ninguém o conhece com este nome, vale de verdade é o apelido Chorão. É bom saber apelido vale mais do que o nome, chamar o presidente da República de Luiz, é olvidar que é conhecido mesmo por Lula. O homem já foi na Justiça é somou Lula ao seu nome de batismo, ou seja, Luiz Inácio Lula da Silva. Quem pode, pode e quem não pode fica na expectativa de dias melhores.
É de pouca relevância os apelidos: Rua do Choro, Lula, Chorão, tudo isso somado chega ao peixe na ágúa, nada. O grave mesmo é que a Rua do Choro, OS HOMENS MORREM PRIMEIRO. SÃO MAIS DE 30 VIÚVAS.
Não indico nenhum amigo para ir morar na Rua das Viúvas. Há uma ilustre moradora que habita lá dona Caçula Valadares, viúva e mãe do senador Tonho Valadares. O representante do Senado Federal já foi morador na Rua do Choro. O governador de Sergipe, quando menino de calça curta, também habitou na rua dos homens que vão para o além, deixando as viúvas para contarem a história.
O ex-prefeito de Simão Dias, político de fibra, amigo é amigo, inimigo não mamava nas tetas da Prefeitura, seu Caçulo até que escapuliu foi residir na Praça Barão de Santa Rosa, no palácio que foi residência do coronel Pedro Freire, ex-presidente do Estado de Sergipe. Dona morte, tipo os coronéis dos anos 30 , não perdoa. Visitou-o e deixou dona Rivalda viúva.
E como diz o sertanejo de peia, NINGUÉM FOGE DA MORTE!
Escritor Oswald Abreu