A praça José Barreto, conhecida com praça de São João está bonita. Ninguém pode negar que é uma bela praça de Simão Dias, salvo os críticos de plantão, que só atiram pedras e não edificam. Em 1970, ali na praça, repleta de ficus, tamarindo, oiti tinha um campo de futebol, os meninos de minha infância jogavam bola, entre eles Herval, o finado Humberto de Deoclécio, o produtor teatral Jorge Lins, o governador Marcelo Déda, pense no cara ruim de bola, ele se salvava com time de botão, o flamengo. Muitos times de botão eram de micas estragadas de relógio, conseguidas gratuitamente com os relojoeiros Otávio e o ourive seu Quincas. Ambos labutavam na rua Joviniano de Carvalho. Existiam ainda na rua do meu nascimento, os relojoeiros: o espanhol Cesário e o lagartense Romeu. Este mudou de ramo, possui um novo comércio. Seu está vivinho da silva, graças a Deus. Os outros foram morar no cemitério São João Batista na mesma praça de São João. E lá na praça ninguém melhor do que o Pelé, filho do padeiro Ananias, Foi embora, quem souber notícia, favor avisar. O sujeito, como dizia o itabaianense Oviedo Teixeira, era bom de bola. Fazer gol era com ele mesmo. Tinha raça, tinha futebol.
Outro dia, vi na imprensa um jornalista amigo meu elogiando o governador como bom de bola. Ri, confesso que não disse nada, e matutei em silêncio será que o meu distinto amigo possui um Cargo de Confiança - CC.
Bom de time de botão, sei que sim, político competente é inegável, mas no futebol...
A vida é uma questão de oportunidade, o nosso Pelé de Simão Dias poderia ser um grande jogador num destacado time, todavia, faltou-lhe a bendita O P O R T U N I D A D E.
O BRASIL E O MUNDO ESTÃO REPLETOS DE PELÉS.
CONCURSO DE LAGARTO E O DESEMPREGO
Há 13 anos