O rio Caiçá banha a cidade em que nasci - Simão Dias-SE. No rio, na infância, a gente tomava banho. Fernando Pessoa, grande poeta português, escreveu sobre o Rio TEJO que passa por Lisboa, fizemos um pequeno poema em homenagem ao rio de nossa terra.
RIO CAIÇÁ
Lá vai o rio Caiçá viajando lentamente
Com suas águas chorosas
Tal qual a vida de muita gente
Ó vida calamitosa
O Caiçá segue tristemente
Poluído, sujo, capenga e doente
E dói muito n'alma d'agente
Vê gente grande do nada faz
O rio Caiçá é casa-grande
Que todos os dias um tijolo cai
Ó saudade de outrora
Chora-menino, menino-chora
De lá vinha correndo o rio
Igual a um menino
Tinha pressa de chegar
O menino tornou-se homem
Coitado! Envelheceu
O rio de muleta vem devagar
Pra morrer pra que pressa de chegar
Dói muito e muito dói
Há gente sem sentimento
Lançando esperança ao vento
O rio Caiçá chora com a gente
Que paz, que sossego, que saúde,
Tristemente vai morrendo de tédio
Sem amparo, sem guarida, sem remédio
Quem se importa com o grito S.O.S.?
Da montanha, da serra, responde o eco
Prece, prece, prece, prece...
O rio é o nosso choro
A nossa melancolia, a nossa dor
o eco também responde ô...ô...ô
RIO CAIÇÁ
Lá vai o rio Caiçá viajando lentamente
Com suas águas chorosas
Tal qual a vida de muita gente
Ó vida calamitosa
O Caiçá segue tristemente
Poluído, sujo, capenga e doente
E dói muito n'alma d'agente
Vê gente grande do nada faz
O rio Caiçá é casa-grande
Que todos os dias um tijolo cai
Ó saudade de outrora
Chora-menino, menino-chora
De lá vinha correndo o rio
Igual a um menino
Tinha pressa de chegar
O menino tornou-se homem
Coitado! Envelheceu
O rio de muleta vem devagar
Pra morrer pra que pressa de chegar
Dói muito e muito dói
Há gente sem sentimento
Lançando esperança ao vento
O rio Caiçá chora com a gente
Que paz, que sossego, que saúde,
Tristemente vai morrendo de tédio
Sem amparo, sem guarida, sem remédio
Quem se importa com o grito S.O.S.?
Da montanha, da serra, responde o eco
Prece, prece, prece, prece...
O rio é o nosso choro
A nossa melancolia, a nossa dor
o eco também responde ô...ô...ô