Visitante nº

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

PERFÍDIA E O CORNO


É preciso muito cuidado com uma mulher ou homem traído. A traição é um prato ruim de comer. Quase ninguém perdoa ser trocado. E fica n'alma aquela dor e indagação:
"Em que foi que eu errei."
Já é de praxe todo corno é bonzinho social, só não presta para a mulher.
Existe também a traição do amigo. Pense que angústia, quando você descobre que o sujeito que você pensava que era seu amigo, não passa de um Coxinha. Cabra traíra.
Vá lá na Bíblia: "Infeliz do homem que acredita n'outro."
Severino, um amigo da Paraíba, sempre diz:
- Espero do cabra o pior, se o melhor acontecer é uma boa surpresa!
Outro dia, numa separação judicial na Defensoria, perguntei ao jovem:
- Por que você não tenta voltar ao relacionamento
Respondeu-me:
- Ela é uma piranha, vagabunda, safada.
A moça adentrou na conversa:
- 'Tá vendo, doutor, como ele é agressivo.
O cabra ainda com raiva:
- Ela é uma traíra, me trocou por meu primo.
- Também você só queria beber e jogar futebol.
Tive que acalmar os separandos.
No mesmo dia, escrevi o poema PERFÍDIA:

Ninguém mais ninguém, querida,
No caminhar adulto da vida,
Pode viver sem a maldita perfídia
De um amigo, de um amor , de um parente.
Perfídia persegue a gente
Na agonia do dia a dia.
Rir mesmo de contente,
Vê lá aquela criança,
Semeia paz e esperança!
A gente humana
Às vezes se veste de bacana.
Na ilusão, a gente cai da cama
E começa a odiar
O ser que se ama.
Perfídia, maldita comida,
Alimento amargo,
Que ninguém foge na vida.