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terça-feira, 20 de outubro de 2009

MORTE DO CINEMA - FILHO DO CABRUNCO

No escurinho do cinema

Houve um tempo que existia cinemas no interior. A cidade de Simão Dias-SE possuía dois: O cine Brasil, de Antônio Borges, e o cine e teatro Ypiranga, de Pierre Freitas. A vizinha cidade de Lagarto-SE tinha um cine Glória de Edinho. Uma das cidades de mais prosperidade no interior, Itabaiana, também tinha o seu cinema.

Lá no cine Brasil fazia sucesso os filmes de Django. O homem sabia atirar em bandidos.

Hoje, se gente assiste um filme onde o mocinho vence o bandido é mera ficção. O meliante está bem armado.

O cine Brasil deixou de passar filmes, As portas foram fechadas. Seu Antônio Borges foi embora no caminho de todos nós. Mas o prédio continua edificado. Igual destino não teve o cine Ypiranga, foi demolido.

Fiz parte dos meninos que gritavam na hora de começar o filme na matinê. Os técnicos em passar filmes: eram José Oscar e João Jacó.

Seu Antônio Borges não tolerava gritos. Quando o filme ia começar. Nós, os meninos gritavam!

E vinha o velho Antônio com sua lanterna;

- Quem foi o filho do cabrunco que gritou?

Ninguém se acusava. E às vezes o inocente pagava pelo o pecador. O velho botava o menino para fora do cinema. Tive sorte, nunca foi colocado para o lado da rua.

O filme podia não prestar. Mas ele dizia que era do arromba!

A prefeitura de Simão Dias, que tem na frente o jovem prefeito, Dênisson Déda, um homem de boas intenções, está promovendo o 1a. Conferência de Cultura no dia 23 de outubro, às 8:00 horas no Supletivo, a iniciativa merece aplausos. Afinal, neste dia, pode ser falar em a Prefeitura adquirir o prédio do cine Brasil e lá voltar a ser cinema e teatro. O prefeito pode fazer isso com ajuda do primo governador de Sergipe, Marcelo Déda, que já recebeu alta do hospital Sírio-Libanês, extraiu nódulo benigno nos pâncreas.

O vice-governador e que está em exercício, Belivaldo Chagas, o cabra não nega que é da política do senador Valadares, age prudentemente e com cautela.

A volta do cinema ao interior, vai deixar a velha guarda feliz.

Outro dia, uma criança do interior gritou para seu pai, em assistindo um filme no shopping Jardins em Aracaju:

- Pai, que televisão da tela grande.

O pai riu!








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