Em 1998, estive em Paris. Fui na ilusão que poderia entrar nos estádios para assistir os jogos do Brasil, que decepção! Turista de pouco dinheiro e cambistas exploradores. Na frente dos estádios, a entrada era de mil a dois mil dólares. A dor não foi maior, porque existiam os telões. A França tornou-se campeã. Em verdade, o que mais me animou foi o FÊTE NATIONALE FRANÇOISE - FERIADO OFICIAL DA FRANÇA - QUEDA DA BASTILHA. Hoje é dia 14 de Julho, festa em Paris. O Brasil para meu consolo é tetra campeão do mundo.
A ESCADA DE SUBIR É A MESMA DE DESCER. O PODER NÃO É ETERNO.
Bastilha
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Coordenadas: 48º 51' 12" N 002º 22' 09" E
A Bastilha, antes da Revolução Francesa.A Bastilha (em francês: Bastille) foi originalmente concebida apenas como um portal de entrada ao bairro parisiense de Saint-Antoine, na França, motivo pelo qual era denominada Bastilha de Saint-Antoine. Encontrava-se onde hoje está situada a Place de la Bastille ("Praça da Bastilha") em Paris. Mas ficou realmente conhecida por ter sido uma prisão, assim funcionando desde o início do século XVII até o final do século XVIII.
Ficou famosa por ter sido o palco do evento histórico conhecido como a Queda da Bastilha, em 14 de Julho de 1789, o qual aliado ao Juramento do Jogo da Péla, está entre os fatos mais importantes do início da Revolução Francesa.
O evento foi grandiosamente comemorado exatamente um ano depois (em 14 de Julho de 1790) na pomposa festa que ficou conhecida como a "Fête de la Fédération" (A Festa da Federação). A data tornou-se feriado nacional na França, sendo comemorada anualmente. É popularmente chamada de "Dia da Bastilha", apesar de na França denominarem-na "Fête Nationale" (A Festa Nacional).
Em novembro de 1789 a Bastilha foi totalmente demolida.
Índice [esconder]
1 História
2 A Bastilha como prisão
3 O assalto à Bastilha
4 A declaração dos direitos
5 Referências
[editar] História
Planta da BastilhaA Bastilha foi construída como "Bastião de Saint-Antoine" durante a Guerra dos Cem Anos, por Carlos V da França. Inicialmente serviu apenas como mero portal de entrada para o bairro de Saint-Antoine, mas de 1370 a 1383 o portal foi ampliado e reformado para se transformar numa fortaleza, que serviria para defender o lado leste de Paris, além de um palácio real que ficava nas proximidades, constituindo-se no mais forte ponto de defesa da muralha do rei. Após a guerra, começou a ser utilizada pela realeza francesa como prisão estadual (o rei Luís XIII foi o primeiro a enviar prisioneiros para lá).
A Bastilha foi construída como um retângulo irregular com 8 torres de 68 metros (223 pés) de comprimento, 27 metros (88 pés) de largura, com torres e paredes de 24 metros (78 pés) de altura, cercada por um largo e amplo fosso. Originalmente, possuía em seu interior dois pátios, além de edifícios residenciais contra as paredes. Um par de torres nas fachadas leste e oeste era o que servia de portal inicial de passagem para o bairro Saint-Antoine.
Uma característica militar significativa da construção é que as paredes e torres eram da mesma altura, e eram conectadas por um amplo terraço. Isto possibilitava que os soldados na parede frontal se movimentassem rapidamente até um setor ameaçado da fortaleza sem que precisassem descer por dentro das torres, assim como possibilitava o fácil posicionamento de artilharia defensiva.
Uma construção muito similar à Bastilha pode ser vista hoje no Château de Tarascon.
[editar] A Bastilha como prisão
À época da Revolução Francesa, por volta do século XVIII, servia muito mais como lugar de lazer e depósito de armas do exército francês do que como prisão, como nos anos passados, pelo que havia adquirido a simpatia do rei Luís XVI da França.
Neste período, encontrou-se a Bastilha dividida internamente em:
pavimento superior
pavimento térreo
calabouço
O pavimento superior proporcionava acomodações um pouco mais confortáveis para os detentos, em comparação aos outros dois.
O térreo funcionava como uma prisão comum, registrando-se a maior incidência de doenças como pneumonias, devido à temperatura ambiente.
O calabouço era a parte mais temida da Bastilha, uma vez que a sua arquitetura era de estreitos corredores e salas. A pessoa condenada ao calabouço deveria escolher uma posição corporal para entrar na sala, sendo que a mesma não possuía nenhum espaço para a locomoção, obrigando-a a ficar de pé. O prisioneiro do calabouço freqüentemente falecia, vítima de frio, fome ou doenças, visto que o tratamento prestado aos prisioneiros daquele setor era o pior.
[editar] O assalto à Bastilha
Prise de la Bastille por Jean-Pierre Houël (1735-1813)Ver artigo principal: Tomada da Bastilha
A grande prisão do estado terminou sendo invadida em 14 de julho de 1789 porque um jornalista, Camille Desmoulins, até então desconhecido, arengou em frente ao Palais Royal e pelas ruas dizendo que as tropas reais estavam prestes a desencadear uma repressão sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deviam socorrer-se das armas para defender-se. A multidão, num primeiro momento, dirigiu-se aos Inválidos, o antigo hospital onde concentravam um razoável arsenal. Ali, apropriou-se de três mil espingardas e de alguns canhões. Correu o boato de que a pólvora porém se encontrava estocada num outro lugar, na fortaleza da Bastilha. Marcharam então para lá. A massa insurgente era composta de soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos, o povo de Paris enfim. A fortaleza, por sua vez, defendia-se com 32 guardas suíços e 82 "inválidos" de guerra, possuindo 15 canhões, dos quais apenas três em funcionamento.
Durante o assédio, o marquês de Launay, o governador da Bastilha, ainda tentou negociar. Os guardas, no entanto, descontrolaram-se, disparando na multidão. Indignado, o povo reunido na praça em frente partiu para o assalto e dali para o massacre. O tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O número de mortos foi incerto. Calculam que somaram 98 populares e apenas um defensor da Bastilha.
Launay teve um fim trágico. Foi decapitado e a sua cabeça espetada na ponta de uma lança desfilou pelas ruas numa celebração macabra. Os presos, soltos, arrastaram-se para fora sob o aplauso comovido da multidão postada nos arredores da fortaleza devassada. Posteriormente a massa incendiou e destruiu a Bastilha, localizada no bairro Santo Antônio, um dos mais populares de Paris. O episódio, verdadeiramente espetacular, teve um efeito eletrizante. Não só na França mas onde a notícia chegou provocou um efeito imediato. Todos perceberam que alguma coisa espetacular havia ocorrido. Mesmo na longínqua Königsberg, na Prússia Oriental, atingida pelo eco de que o povo de Paris assaltara um dos símbolos do rei, fez com que o filósofo Emanuel Kant, exultante com o acontecimento, pela primeira vez na sua vida se atrasasse no seu passeio diário das 18 horas.
[editar] A declaração dos direitos
A Assembléia Nacional Constituinte, enquanto isso, continuava elaborando os artigos constitucionais. Uma pequena comissão de deputados, entre eles o marquês de La Fayette, Dupont, Barnarve, La Meth e Blancon, reunidos na casa de Thomas Jefferson, então embaixador norte-americano em Paris, pensaram em dotar a futura Constituição francesa com um preâmbulo, uma Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que sintetizasse os anseios maiores da Revolução. Pronta a sua redação, na qual adotaram o mesmo formato das Tábuas da Lei, com uma introdução redigida por Mirabeau, aprovaram-na na sessão de 26 de agosto de 1789. Em apenas 17 artigos, facilmente aprendidos, expuseram os direitos básicos da modernidade e o desejo de autonomia da burguesia (que como classe universal, falava em nome do povo inteiro). Com ela, com a declaração dos direitos, a revolução francesa de 1789 irmanou-se com a revolução americana de 1776, selando o início do fim do absolutismo e consolidando as assim chamadas, por R.R. Palmer e Jacques Godechot, "Revoluções Atlânticas". O documento tinha também outras ambições, os 17 artigos que a compunham serviriam como um novo catecismo elaborado pela burguesia que assim se auto-delegava a tarefa de emancipar o mundo do feudalismo e dos privilégios herdados pelo nascimento.
[editar] Referências
PEDRO, Antonio; LIMA, Lizânias de Souza. História da Civilização Ocidental. colab. esp. Yone de Carvalho. 2ª ed. São Paulo: FTD, 2005. vol. único.
ROCHA, Ruth. Grande Enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo: Universo, 1988 - vol. 4.
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A ESCADA DE SUBIR É A MESMA DE DESCER. O PODER NÃO É ETERNO.
Bastilha
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Coordenadas: 48º 51' 12" N 002º 22' 09" E
A Bastilha, antes da Revolução Francesa.A Bastilha (em francês: Bastille) foi originalmente concebida apenas como um portal de entrada ao bairro parisiense de Saint-Antoine, na França, motivo pelo qual era denominada Bastilha de Saint-Antoine. Encontrava-se onde hoje está situada a Place de la Bastille ("Praça da Bastilha") em Paris. Mas ficou realmente conhecida por ter sido uma prisão, assim funcionando desde o início do século XVII até o final do século XVIII.
Ficou famosa por ter sido o palco do evento histórico conhecido como a Queda da Bastilha, em 14 de Julho de 1789, o qual aliado ao Juramento do Jogo da Péla, está entre os fatos mais importantes do início da Revolução Francesa.
O evento foi grandiosamente comemorado exatamente um ano depois (em 14 de Julho de 1790) na pomposa festa que ficou conhecida como a "Fête de la Fédération" (A Festa da Federação). A data tornou-se feriado nacional na França, sendo comemorada anualmente. É popularmente chamada de "Dia da Bastilha", apesar de na França denominarem-na "Fête Nationale" (A Festa Nacional).
Em novembro de 1789 a Bastilha foi totalmente demolida.
Índice [esconder]
1 História
2 A Bastilha como prisão
3 O assalto à Bastilha
4 A declaração dos direitos
5 Referências
[editar] História
Planta da BastilhaA Bastilha foi construída como "Bastião de Saint-Antoine" durante a Guerra dos Cem Anos, por Carlos V da França. Inicialmente serviu apenas como mero portal de entrada para o bairro de Saint-Antoine, mas de 1370 a 1383 o portal foi ampliado e reformado para se transformar numa fortaleza, que serviria para defender o lado leste de Paris, além de um palácio real que ficava nas proximidades, constituindo-se no mais forte ponto de defesa da muralha do rei. Após a guerra, começou a ser utilizada pela realeza francesa como prisão estadual (o rei Luís XIII foi o primeiro a enviar prisioneiros para lá).
A Bastilha foi construída como um retângulo irregular com 8 torres de 68 metros (223 pés) de comprimento, 27 metros (88 pés) de largura, com torres e paredes de 24 metros (78 pés) de altura, cercada por um largo e amplo fosso. Originalmente, possuía em seu interior dois pátios, além de edifícios residenciais contra as paredes. Um par de torres nas fachadas leste e oeste era o que servia de portal inicial de passagem para o bairro Saint-Antoine.
Uma característica militar significativa da construção é que as paredes e torres eram da mesma altura, e eram conectadas por um amplo terraço. Isto possibilitava que os soldados na parede frontal se movimentassem rapidamente até um setor ameaçado da fortaleza sem que precisassem descer por dentro das torres, assim como possibilitava o fácil posicionamento de artilharia defensiva.
Uma construção muito similar à Bastilha pode ser vista hoje no Château de Tarascon.
[editar] A Bastilha como prisão
À época da Revolução Francesa, por volta do século XVIII, servia muito mais como lugar de lazer e depósito de armas do exército francês do que como prisão, como nos anos passados, pelo que havia adquirido a simpatia do rei Luís XVI da França.
Neste período, encontrou-se a Bastilha dividida internamente em:
pavimento superior
pavimento térreo
calabouço
O pavimento superior proporcionava acomodações um pouco mais confortáveis para os detentos, em comparação aos outros dois.
O térreo funcionava como uma prisão comum, registrando-se a maior incidência de doenças como pneumonias, devido à temperatura ambiente.
O calabouço era a parte mais temida da Bastilha, uma vez que a sua arquitetura era de estreitos corredores e salas. A pessoa condenada ao calabouço deveria escolher uma posição corporal para entrar na sala, sendo que a mesma não possuía nenhum espaço para a locomoção, obrigando-a a ficar de pé. O prisioneiro do calabouço freqüentemente falecia, vítima de frio, fome ou doenças, visto que o tratamento prestado aos prisioneiros daquele setor era o pior.
[editar] O assalto à Bastilha
Prise de la Bastille por Jean-Pierre Houël (1735-1813)Ver artigo principal: Tomada da Bastilha
A grande prisão do estado terminou sendo invadida em 14 de julho de 1789 porque um jornalista, Camille Desmoulins, até então desconhecido, arengou em frente ao Palais Royal e pelas ruas dizendo que as tropas reais estavam prestes a desencadear uma repressão sangrenta sobre o povo de Paris. Todos deviam socorrer-se das armas para defender-se. A multidão, num primeiro momento, dirigiu-se aos Inválidos, o antigo hospital onde concentravam um razoável arsenal. Ali, apropriou-se de três mil espingardas e de alguns canhões. Correu o boato de que a pólvora porém se encontrava estocada num outro lugar, na fortaleza da Bastilha. Marcharam então para lá. A massa insurgente era composta de soldados desmobilizados, guardas, marceneiros, sapateiros, diaristas, escultores, operários, negociantes de vinhos, chapeleiros, alfaiates e outros artesãos, o povo de Paris enfim. A fortaleza, por sua vez, defendia-se com 32 guardas suíços e 82 "inválidos" de guerra, possuindo 15 canhões, dos quais apenas três em funcionamento.
Durante o assédio, o marquês de Launay, o governador da Bastilha, ainda tentou negociar. Os guardas, no entanto, descontrolaram-se, disparando na multidão. Indignado, o povo reunido na praça em frente partiu para o assalto e dali para o massacre. O tiroteio durou aproximadamente quatro horas. O número de mortos foi incerto. Calculam que somaram 98 populares e apenas um defensor da Bastilha.
Launay teve um fim trágico. Foi decapitado e a sua cabeça espetada na ponta de uma lança desfilou pelas ruas numa celebração macabra. Os presos, soltos, arrastaram-se para fora sob o aplauso comovido da multidão postada nos arredores da fortaleza devassada. Posteriormente a massa incendiou e destruiu a Bastilha, localizada no bairro Santo Antônio, um dos mais populares de Paris. O episódio, verdadeiramente espetacular, teve um efeito eletrizante. Não só na França mas onde a notícia chegou provocou um efeito imediato. Todos perceberam que alguma coisa espetacular havia ocorrido. Mesmo na longínqua Königsberg, na Prússia Oriental, atingida pelo eco de que o povo de Paris assaltara um dos símbolos do rei, fez com que o filósofo Emanuel Kant, exultante com o acontecimento, pela primeira vez na sua vida se atrasasse no seu passeio diário das 18 horas.
[editar] A declaração dos direitos
A Assembléia Nacional Constituinte, enquanto isso, continuava elaborando os artigos constitucionais. Uma pequena comissão de deputados, entre eles o marquês de La Fayette, Dupont, Barnarve, La Meth e Blancon, reunidos na casa de Thomas Jefferson, então embaixador norte-americano em Paris, pensaram em dotar a futura Constituição francesa com um preâmbulo, uma Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que sintetizasse os anseios maiores da Revolução. Pronta a sua redação, na qual adotaram o mesmo formato das Tábuas da Lei, com uma introdução redigida por Mirabeau, aprovaram-na na sessão de 26 de agosto de 1789. Em apenas 17 artigos, facilmente aprendidos, expuseram os direitos básicos da modernidade e o desejo de autonomia da burguesia (que como classe universal, falava em nome do povo inteiro). Com ela, com a declaração dos direitos, a revolução francesa de 1789 irmanou-se com a revolução americana de 1776, selando o início do fim do absolutismo e consolidando as assim chamadas, por R.R. Palmer e Jacques Godechot, "Revoluções Atlânticas". O documento tinha também outras ambições, os 17 artigos que a compunham serviriam como um novo catecismo elaborado pela burguesia que assim se auto-delegava a tarefa de emancipar o mundo do feudalismo e dos privilégios herdados pelo nascimento.
[editar] Referências
PEDRO, Antonio; LIMA, Lizânias de Souza. História da Civilização Ocidental. colab. esp. Yone de Carvalho. 2ª ed. São Paulo: FTD, 2005. vol. único.
ROCHA, Ruth. Grande Enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo: Universo, 1988 - vol. 4.
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