Seu Januário Foi cabra de Lampião. No período de 1930, tiroteio em Pão de Açuçar-AL, ele fingiu que era pedra, que morreu! Acreditaram... Ainda bem! Que não houve tempo de Lampião cortar a cabeça do vivo-morto, para sempre confundir a volante. Lampião, eta! Homem sabido, quando perdia um cangaceiro Sabiá, vinha outro com o mesmo nome. Assim confundia a polícia. O rei do cangaço era inteligente, tocador de sanfona e poeta, dançar era com ele mesmo.
Januário veio fugido para bandas de cá, povoado Apertado de Pedras. Conviveu com uma capa-bode, o primeiro amigamento não deu certo.
Januário tinha lá seus vinténs, chegando quase a um conto de réis, veio pra cidade de Simão Dias-SE montou uma bodega. E não é que a coisa deu certo. Bodega sempre cheia de homens de chapéu, a gente dos povoados fazia rancho na bodega de Seu Januário. Os homens: Uns bebiam cachaça, outros, jurubeba, leão do Norte, catuaba, casca-de-pau. De manhazinha, nos raios primeiros do sol, a bodega já estava repleta de barraqueiros, vendedores da feira do sábado em Simão Dias. Era a hora do café, café com pão, outros café sem pão, manteiga não. É preciso economizar, afinal, a feira não tinha começado. Podia dar uma chuvada e adeus mercadoria. Lá na rua do Armazém de Arnor Filipe, a enxurrada fazia arrastão, levava banana, laranja, manga, jaca, limão, abacaxi. A gente simples da zona rural voltava de caçuá vazio, sem dinheiro, sem a carne. O jeito era comer feijão com farinha. Um ovo de galinha fazia bem no angu.
Januário veio fugido para bandas de cá, povoado Apertado de Pedras. Conviveu com uma capa-bode, o primeiro amigamento não deu certo.
Januário tinha lá seus vinténs, chegando quase a um conto de réis, veio pra cidade de Simão Dias-SE montou uma bodega. E não é que a coisa deu certo. Bodega sempre cheia de homens de chapéu, a gente dos povoados fazia rancho na bodega de Seu Januário. Os homens: Uns bebiam cachaça, outros, jurubeba, leão do Norte, catuaba, casca-de-pau. De manhazinha, nos raios primeiros do sol, a bodega já estava repleta de barraqueiros, vendedores da feira do sábado em Simão Dias. Era a hora do café, café com pão, outros café sem pão, manteiga não. É preciso economizar, afinal, a feira não tinha começado. Podia dar uma chuvada e adeus mercadoria. Lá na rua do Armazém de Arnor Filipe, a enxurrada fazia arrastão, levava banana, laranja, manga, jaca, limão, abacaxi. A gente simples da zona rural voltava de caçuá vazio, sem dinheiro, sem a carne. O jeito era comer feijão com farinha. Um ovo de galinha fazia bem no angu.
O menino barriga-de-lombriga gritava:
- Pai, você trouxe meu boi de barro? O pai em lágrimas:
- Não, meu filho, Deus quis assim, a chuva levou nossas coisinhas.
Na bodega, quando o sujeito ficava bêbado e ficava enjoando, causando problema, Januário, de maneira apropriada, resolvia o problema. Chamar a polícia pra quê? Ele era soldado, sargento, capitão, delegado, claro! Em seu jeito de ser. Noutro dia, o bêbado com a cara mais sem-vergonha estava na bodega. A moral do viciado está na ponta dos pés já dizia a avô de Zé. Quem é Zé? Zé Mané da Orelha em pé.
Não é, que o elemento de nome Pedro Pio, grande jogador de dados, tentou conquistar a mulher de Januário. O homem percebeu o pisca-pisca de olhos. Pedro Pio, farejando, olhava a mulher de Januário de cabo-a-rabo. Januário manhoso só gato de hotel, um certo dia, fingiu que estava dormindo no balcão. O sujeito foi logo mexer com a mulher de quem? Logo a de Januário. Bicho besta!
Januário em seu fingimento, deixou seu revólver 38 com seis balas azedas, preparadas para o disparo. Coitado de Pedro Pio. Não hora que o sujeito trouxe os galanteiros, Januário deu-lhe um tiro na cabeça, mas pegou na orelha, se direita ou esquerda, você também quer saber demais. Chega de detalhes!
O tiro saiu sem trazer prisão. A polícia não abriu o inquérito, quando soube da verdade.
E Pedro Pio ficou caladinho da silva.
Andava pelas ruas de Simão Dias faltando um pedaço da orelha.
ASSIM, PEDRO PIO NUNCA MAIS QUIS PIAR A MULHER ALHEIA!
Não é, que o elemento de nome Pedro Pio, grande jogador de dados, tentou conquistar a mulher de Januário. O homem percebeu o pisca-pisca de olhos. Pedro Pio, farejando, olhava a mulher de Januário de cabo-a-rabo. Januário manhoso só gato de hotel, um certo dia, fingiu que estava dormindo no balcão. O sujeito foi logo mexer com a mulher de quem? Logo a de Januário. Bicho besta!
Januário em seu fingimento, deixou seu revólver 38 com seis balas azedas, preparadas para o disparo. Coitado de Pedro Pio. Não hora que o sujeito trouxe os galanteiros, Januário deu-lhe um tiro na cabeça, mas pegou na orelha, se direita ou esquerda, você também quer saber demais. Chega de detalhes!
O tiro saiu sem trazer prisão. A polícia não abriu o inquérito, quando soube da verdade.
E Pedro Pio ficou caladinho da silva.
Andava pelas ruas de Simão Dias faltando um pedaço da orelha.
ASSIM, PEDRO PIO NUNCA MAIS QUIS PIAR A MULHER ALHEIA!