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sábado, 17 de abril de 2010

O VAQUEIRO CELINO

Sexta-feira, eu menino, eu estudante no Grupo Escolar João Carvalho em Simão Dias-SE, tinha, naquele tempo, 6 a 7 anos, adormecia na quinta-feira, sonhando com a sexta-feira, para assistir o boi ofertando trabalho ao vaqueiro Celino. Quando o boi era brabo, os fazendeiros contratravam o vaqueiro Celino, o boi valente vinha de qualquer jeito ou são ou aleijado, sem sangue ou com sangue.
Menino podia, no tempo de minha infância, caminhar traquilamente pelas ruas da cidade. Carros eram uns gatos pingados dos filhos de Seu Dorinha, de Pedro Valadares , de Nélson Pinto e de Dr. Salustino, se a conta chegasse a dez autos , era uma grande novidade.
O velho caminhão de Seu Juca, pai do procurador de Justiça, Dr. Luiz Walter. Seu Juca atravessava o sertão da Bahia com o seu caminhão. Os passageiros repletos de poeira comiam e bebiam café na bodega de meu pai.
Éramos os meninos da praça de São João, até o Marcelo Déda estava lá, que ficávamos na casa de Herval de Zé Ribeiro, para festejar a relutância de um boi, que não aceitava o caminho da morte, o animal parece que pressentia a infeliz caminhada, triste fim do abate.
Joguei muitas vezes sal no fogo, os outros meninos também atiravam sal na labareda, diziam que assim fazendo o boi dava trabalho. E dava mesmo. Acredite se quiser!
Hoje, vejo o vaqueiro Celino puxando uma perna, vendendo ferrão.
Será que o vaqueiro Celino caiu do cavalo ou um boi vingador acertou em sua perna!?