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quinta-feira, 1 de abril de 2010

CRISTO DE BRONZE E O POETA

CRISTO REDENTOR - Rio de Janeiro - BRASIL.

O representante maior do simbolismo brasileiro é o poeta João da Cruz e Souza, que assinava Cruz e Souza. Nascido na cidade de Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis - SC, no dia 24 de dezembro de 186l, período de escravidão no Brasil. Filhos de escravos, Grilherme e de Carolina Eva da Conceição.

Em 1883, fora nomeado promotor público de Laguna, cidade do Estado de Santa Catarina, entretanto, o cargo não chegou a ocupar, visto que os chefes políticos se opuseram por Cruz e Souza ser negro.

Publicou, em 1893, Missal e Broquéis.

Arquivista da Central do Brasil-RJ, jornalista e poeta.

Assistiu a morte de sua mãe e seu pai. A mulher do poeta Gravita, os 4 filhos do poeta e Cruz de Souza todos morreram tuberculosos, mal do século XIX e também que perdurou no início do século XX.

Cruz e Souza morreu no dia 19 de março de 1898 em Sítio, Minas Gerais.


CRISTO DE BRONZE do poeta Cruz e Souza:


Ó Cristos de ouro, de marfim, de prata,

Cristos ideais, serenos, luminosos,

Ensanguentados Cristos dolorosos

Cuja cabeça a dor e a luz retrata.


Ó Cristos de altivez intemerata,

Ó Cristos de metais estrepitosos

Que gritam como so tigres venenosos

Do desejo carnal que enerva e mata.


Cristos de pedra, de madeira e barro...

Ó Cristo humano, estético, bizarro,

Amortalhado nas fatais injúrias...


Na rija cruz aspérrima pregado

canta o Cristo do pecado

Ri o Cristo de bronze das Luxúrias!...