O representante maior do simbolismo brasileiro é o poeta João da Cruz e Souza, que assinava Cruz e Souza. Nascido na cidade de Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis - SC, no dia 24 de dezembro de 186l, período de escravidão no Brasil. Filhos de escravos, Grilherme e de Carolina Eva da Conceição.
Em 1883, fora nomeado promotor público de Laguna, cidade do Estado de Santa Catarina, entretanto, o cargo não chegou a ocupar, visto que os chefes políticos se opuseram por Cruz e Souza ser negro.
Publicou, em 1893, Missal e Broquéis.
Arquivista da Central do Brasil-RJ, jornalista e poeta.
Assistiu a morte de sua mãe e seu pai. A mulher do poeta Gravita, os 4 filhos do poeta e Cruz de Souza todos morreram tuberculosos, mal do século XIX e também que perdurou no início do século XX.
Cruz e Souza morreu no dia 19 de março de 1898 em Sítio, Minas Gerais.
CRISTO DE BRONZE do poeta Cruz e Souza:
Ó Cristos de ouro, de marfim, de prata,
Cristos ideais, serenos, luminosos,
Ensanguentados Cristos dolorosos
Cuja cabeça a dor e a luz retrata.
Ó Cristos de altivez intemerata,
Ó Cristos de metais estrepitosos
Que gritam como so tigres venenosos
Do desejo carnal que enerva e mata.
Cristos de pedra, de madeira e barro...
Ó Cristo humano, estético, bizarro,
Amortalhado nas fatais injúrias...
Na rija cruz aspérrima pregado
canta o Cristo do pecado
Ri o Cristo de bronze das Luxúrias!...