Visitante nº

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O RABUGENTO








Diómedes, até o nome é estranho, é um sujeito rabugento. Vê defeito em tudo. Pense em um cabra de mau-humor. Ninguém nunca ouviu um elogio de Diómedes. É cri-cri mesmo. Ateu convicto, não acredita em nada. Ai daquele que escorregar na língua do cara de mal com a vida. Diómedes é explosivo. Dizer o que pensa é com ele mesmo. Nada de atenuante. Se o sujeito morreu, para que eufemismo, suavizar:
"José entregou a alma a Deus."
No mundo de Diómedes:
"O filho do cabrunco, filho da peste morreu, pensou que não morria. " Assim diz com o seu vizinho Lindolfo.
Eu escrevi este poema o RABUGENTO em homenagem a Diómedes:
Tua boca escarra xingamentos!
Não aprendeste no tempo
Só atirar pedras não edifica
És um cão raivoso em ira
Não enxergas a beleza da flor
O colibri beijoqueiro ao entardecer
Sangue, amargura e dor
Ofertam a ti grão prazer
Interroga-se vale a pena a lida?
És um defunto a caminhar
Pobre alma ferida
Há um novo nascer do sol
É mister metamorfose na vida.

Se este poema chegar a Diómedes, serei mais um filho do cabrunco. Poeta de rima fraca, de versos capengas.