ANJO GABRIELNa sexta-feira, Aquímedes acordou cedo. No corredor da casa encontrou com sua irmã Jacira. A menina não se divertia. De sua casa para a Igreja. Era uma menina comportada. Sonhava em casar com o advogado Rodrigo, mulherengo não tinha igual. Safado, sem-vergonha. O sujeito tinha um ímã para mulher. O cabra sabia ser agradável com a fêmea. Nunca prometeu casamento a nenhuma. Ele logo mudaria de assunto, quando se referia ao casamento. O homem queria mesmo era viver: beijava uma aqui, outra acolá e assim, ia levando a vida. Aquímedes era amigo de Rodrigo.
Aquímedes disse a sua irmã:
_ Jacira, a vida é tão curta, a vida é tão curta, a vida é tão curta, é preciso viver.
_ Por que você está me dizendo isso repetidamente?
_ Sei lá! É uma intuição.
Ainda Arquímedes:
_ Eu preciso falar com Marcos, já telefonei para ele umas três vezes e ele não respondeu. Eu quero que ele fique com minha moto neste fim-de-semana.
No dia de sábado, Aquímedes foi trabalhar com a sua moto.
No domingo, ligou para o amigo logo às 5 horas da manhã, Marcos dormia em sono pesado. Não atendeu ao telefone.
Arquímedes mais uma vez foi trabalhar com a sua moto. Todavia, um voz interior gritava: "Não vá trabalhar com a moto." Não atendeu a observação da intuição, do anjo-da-guarda.
Às 19 horas, a família de Arquímedes recebia a notícia que o acadêmico na Universidade Federal de Sergipe fora morto . Bateu em um cavalo e depois veio uma carreta e passou por cima do corpo atlético de Arquímedes.
É PRECISO ATENDER A VOZ DO ANJO!
