Quando criança nunca acreditei em alma do outro mundo. Medo nunca tive! Em adulto, já possuo outra visão.
Estive recentemente no Rio de Janeiro. Rio é novidade, festa, alegria e igual a todos os cantos do país, há violência. Se mata na capital e no interior. O crack encontra-se no Rio como também é localizado em Simão Dias, Lagarto, Paripiranga, Aracaju. O mal é propagado mais rápido. O bem caminha em passo de cágado.
De quinta a sábado, o Bairro da Lapa é só festa. Lá há os casarões antigos. Fiquei hospedado na subida da ladeira do Bairro Santa Tereza. Os habitantes dizem que no casarão antigo morou o Barão do Café. já houve filmagem pelo uma rede de tevê. Mas o que mais me chamou atenção na casa-grande foi determinados fenômenos vivivos. Se fosse presenciado por mim tão-somente, poderia dizer que é produto da imaginação. Um copo se quebra , sem ninguém o tocar. No sótão, passos. O fogão estava apagado e o cheiro de gás, clima de incêndio. Tal fato foi também assistido por Nete, esposa de meu primo Paulo. E não fica por aí só, às 3 horas da manhã, tive a sensação de ser acordado por um homem para escrever um poema e escrevi:
A VELHICE
Quando eu me envelhecer
Não ficarei sentado
Numa cadeira de balanço
Chamada pra lá e pra cá.
Não me serei um velho banzo.
O passado hei de remoer
Em cada canto e em silêncio.
Ninguém quer ouvir conversa
De gente de cabelos brancos.
Não me venha com essa
De dizer não é assim...
Colherei flores do jardim,
Para perfumar o ambiente.
O sol tê-lo-ei perto de mim.
Criança não mente.
Tornar-me-ei ser menor.
Não me venha chamar de senhor,
O melhor termo é você.
Evitarei diálogo com tinha.
E quando eu me morrer,
Quero o sepulcro em terras alheias.
Aos meus nada de lembranças...
Viver é sol nascer
O passado é morrer:
Assassino da esperança.
Confesso que o poema não é meu. Servi de instrumento para alguém. Acordei sonolento, igual a uma criança, quando uma mãe a acorda, para ir à escola. Então direi o poema é de um DESCONHECIDO.