A historia foi contada pelo próprio Mundinho. Ele era vendedor de mel de abelha. Meu pai possuía uma bodega de mais de 60 anos. Só a deixou depois de sua morte.
A feira de Simão Dias ficava na av. Coronel Loiola e se estendia pela rua Pedro Valadares, coronel Felisberto Prata, a bodega de meu pai ficava na coronel Felisberto Prata, três casas depois do Banco do Nordeste, o mesmo banco que derrubou um prédio antigo que fora a prefeitura de Simão Dias e também foi residência do coronel Felisberto Prata.
Mundinho vendeu um litro de mel a meu pai, dizendo que era de abelha Uruçu.
O velho Pedro Mendes sempre fora um homem desconfiado, não confiando no sujeito passou o mel do litro escuro para o claro.
No dia de sábado, dia da feira, lá na bodega estava Mundinho, tomando café com pão, manteiga não.
O velho Pedro Mendes:
- Mundinho comprei este litro de mel, o rapaz disse que era de Uruçu, você que é vendedor de mel, repare se é verdadeiro!?
Mundinho verificou o mel da garrafa e disse:
- Seu Pedro, o rapaz lhe roubou, o mel é falso.
Meu pai era um homem autêntico, para dizer a verdade não esperava nem a chuva e nem o sol, respondeu:
- O ladrão é você, Mundinho. Eu troquei de garrafa.