Visitante nº

sexta-feira, 28 de maio de 2010

TUAS LEMBRANÇAS

Quadro de CÂNDIDO PORTINARI




Guardei comigo as tuas lembranças,
Folhas amareladas,
Desgastadas pelo tempo.
Poderia jogá-las,
Seria desprezo meu,
Afinal, tuas pequenas coisas
São grandiosas.
Penso, a qualquer momento,
Que estás voltando,
Abrindo aquela porta
Como sempre tu fazias
E gritas:
- Cheguei.
Era uma festa a tua chegada.
O semblante banhava de sorriso!
Igual a um menino ,
Sorrias com as pequenas coisas.
Quando tu ficavas sério,
Eu indagava a meu anjo:
"O que está acontecendo."
De repente, que bom!
Fugia a tristeza na velocidade de um raio,
Um raio de sorriso surgia,
Tu retornavas a sorrir!
A nossa casa já não é a mesma...
Desde que tu partiste,
O seu cão faleceu,
O passarinho morreu,
A roseira, que tu aguava com carinho,
Perdeu as folhas
Coitada! Na primavera,
Não botou mais uma flor.
A roseira está morrendo aos poucos.
E o colibri do fim de tarde,
Que cheirava a rosa,
Não mais voltou.
O menino, que tu brincavas,
Sofreu um acidente
Já não corre mais.
Coitadinho! Pra lá e pra cá
Com a sua cadeirinha de roda.
Tudo mudou, depois que tu partiste...
O teu rádio,
Que tu varrias madrugada,
Ouvindo Dolores Duran,
Está no canto,
Esperando o teu retorno.
Já não fala
Já não chia.
O gato fofão
Já não mia,
Perdeu o grito do telhado!
Êta! Animal barulhento
Quando fazia amor!
Sem tesão, está emagrecendo.
A qualquer instante,
A má notícia.
Muitas vezes, quando a porta abre,
Vejo a tua imagem...
Loucura
Ou a chegada de teu espírito
Não sei ao certo!
Sinto a tua presença,
Um perfume chega as minhas narinas.
Nunca conheci perfume tão bom!
Sempre indago a Deus:
Por que tu foste tão cedo?
O Senhor nunca me responde.
É compreensível, há tanta gente
Fazendo pedidos.
Continuo te aguardando,
Na esperança de abraçaste,
Beijaste.
Se eu morrer na ilusão,
Não sou mais um,
Afinal, a vida é uma incógnita,
Repleta de incertezas.
Certeza maior,
A partida do último adeus.

Escrito por Osvaldo Abreu

quarta-feira, 26 de maio de 2010

VOCÊ NA IDADE

A POETISA CORA CORALINA
Cora Coralina - poetisa brasileira - nasceu no Estado de Goiás, escreveu seu primeiro livro depois dos 70 anos.
A juventude de hoje, no amanhã será a velhice. Chegar nela, nos tempos atuais, não é coisa fácil, a gente vê a droga, a violência, o assassinato. A intranquilidade e a falta de segurança são manchetes do dia a dia.
Ao lembrar da poetisa Cora Coralina, escrevemos estes versos:
Bem tardinha,
Boquinha da noite,
No canto da Ave-Maria,
A pobre velhinha faz sua oração;
Coração saudade
Ai , ai, outrora
Tocava uma viola
No salão, casa de taipa
Conversa farta
A luz do candeeiro
Claridade duma vela
A lua de clarão
Iluminava o terreiro
Um vaga-lume ligeiro
Lançava pingos de luz
Se olhava pro céu
Contava-se estrelas
A moça pedia
Um rapaz em casamento
Foi embora a primavera
Murchou a flor
A velha que você olhou
Não carece de piedade
É a folha que o vento levou
Você na idade.

Poema de Osvaldo Abreu

CHICO XAVIER, VITÓRIA E ZEZÉ


Em 1968, o escritor brasileiro - JOSÉ MAURO VANCONCONCELOS - escreveu um livro MEU PÉ DE LARANJA LIMA, bem vendido em todo mundo e que se tornou novela e fime de sucesso.

É a história de Zezé, uma criança não compreendida pelos adultos. Ele fala no quintal de sua casa com o Pé de Laranja Lima.

O menino Zezé possui uma amigo o português Manuel Valadares, o Portuga.

Esta observação é nossa: Quando Zezé fala com o Pé de Laranja Lima, ali está presente um espírito invísivel que o menino não consegue enxergar.

Acredita-se que a história de Zezé é do próprio autor, de pais nordestinos que fogem para o Rio de Janeiro, buscando uma vida melhor. O autor nasceu em Bangu, viveu no Nordeste, Rio Grande do Norte.

Na infância de Chico Xavier ele fala com sua mãe que falecera e conversa com o espírito Emmanuel.

Chico Xavier e Zezé são crianças pobres.

Vitória, uma criança filha de milionário, que aos três anos vê e conversa com o Anjo Anástácia.

Não é fácil para uma criança está vendo o sobrenatural e os outros imaginando que é doidinha. Na idade média e em outros tempos, muitos foram enviados para o hospício por familiares, eles achando que uma mãe, uma irmão, um filho estava louco.

Vitória, um paradoxo, tinha tudo e nada tinha. Sonhava brincando com outras crianças, andando de pé no chão. Desejava não está sendo vigiada por guarda-de-segurança.

No Filme de Chico Xavier, surgiu em mim uma indagação: Viajar cedo ou tarde é coisa do destino? Vejamos:



JOSÉ MAURO DE VASCONCELOS viajou aos 64 anos;

CHICO XAVIER com mais de 90 anos;

A PEQUENA VITÓRIA antes de completar 8 anos.


VOCÊ POSSUI A RESPOSTA?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

UM MINUTO SÓ, SUICIDA.

CRIANÇAS BRINCANDO DE RODA - Quadro de Thoma Der kinderreigen - 1872.

Um minuto só, suicida. Todos nós temos problemas. Se você acha que o dinheiro dinheiro vai resolver seus problemas. O que acha daquele milionário que perdeu sua pequena filha, ele daria tudo que possui para trazê-la de volta?
Um minuto só, suicida. Cristo orienta "ORAI E VIGIAI."
Um minuto só, suicida. Se o médico passou um remédio para a sua depressão, por favor, cumpra a prescrição médica.
Um minuto só, suicida. O sobrenatural existe. Deus deu ao homem o dom da vida. Você não vai querer ofender ao Senhor.
Suicida, seu filho está lhe chamando, ele grita:
- Te amo, papai, você é minha vida!
Suicida, não mate também seu filho.
Que bom! Você desisistiu.
O seu cachorro está latindo, o passarinho cantando, uma rosa brotou no jardim.
Sorria, JESUS TE AMA.
O surto foi embora, a vida é boa. Veja nas pequenas coisas: Uma criança a sorrir, um pássaro a cantar, uma semente a brotar.
Meu amigo, a vida não finda por aqui.
Você deixou de ser suicida, agora você é amante, sim, amante da vida!

sábado, 22 de maio de 2010

UM CÃO EM PARIS

O médium brasileiro Chico Xavier e sua cadela Boneca

Nas principais capitais do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, muitos cães são abandonados pelos seus ingratos donos. Um cão , um gato, uma criança precisam ser adotados. Para se conhecer o ser humano é preciso saber : se gosta de planta, criança e animal.
Quando me estive em Paris, não vi cães abandonados. Vi em bons restaurantes o cão ao lado de seu dono. Nas ruas de Paris, senhoras com um saquinho plástico limpando o que o animal expeliu.
Em terras brasileiras, as madames não devem deixar nas ruas as fezes de seus animais, afinal, uma criança abandonada pode pisar. Leis municipais devem regulamentar, com as devidas sanções.
Escrevemos UM CÃO EM PARIS no livro Corpo e Alma, pág. 22, edição esgotada:

UM CÃO EM PARIS

Um cão dialogando com o outro:
- Colega, que discriminação!
O nosso nome, às vezes, é pejorativo,
Quando o ser humano em discussão,
Conosco mostra-se esquivo.

O outro:
- Vê aquela briga
De um homem com uma rapariga:
Ele a chama de "cachorra"
E ela de "filho de uma fila."

O cão:
- Vou me embora pra Paris,
Lá a gente é mais gente,
Chamar-nos-ão "Nobre Clien."
Monsier amor por nós sente!

O outro:
- Se eu pudesse também me ia,
Estou chateado com o meu dono,
Vive rabugento, sarnento.
Não se cuida, dorme no abandono!

Poema de Osvaldo Abreu

sexta-feira, 21 de maio de 2010

A VINGANÇA DO BOI


Todos às vezes que o boi via o fazendeiro, o coração do animal acelerava. Desde de bezerro que o animal sofria os maus-tratos. Agora, o boi já era adulto, mais de 25 arrobas. Tinha o pêlo negro. Na fazenda, quando o bicho avistava o seu dono, era um corre-corre, queria pegá-lo.

O vaqueiro Valdemar dizia:

- Patrão, vosmecê deve vender este animal, qualquer dia, o bicho lhe dá uma pontada

Argemiro respondia:

- Que nada, Valdemar, deixe este cão raivoso aí, gosto de ver ele brabo, me dá prazer.

Valdemar insisitia:

- Patrão, bicho é como a gente gosta de carinho e de ser tratado bem. Assim como a gente na alma do animal fica a tristeza, o sentimento. A gente tem que respeitar os animais.

- Valdemar, você é besta, onde já se viu animal com sentimento.

- Patrão, tem. O senhor pensa que todo animal é como o cachorro que a gente bate e depois vem de rabo balançando, se aproxima, perdoando.

- Você tem cada conversa doida.

- O tempo dirá, patrão.

Era domingo, Valdemar ainda ordenava uma vaquinha. O boi de pêlo negro se encontrava no curral. O bicho, como sempre, manso com o vaqueiro e bravo com o patrão.

O animal, quando percebeu a presença de Argemiro, começou a cavar o chão.

Argemiro pegou um ferrão, para se proteger do animal. Quando foi abrir a cancela, Valdemar gritou:

- Patrão, pelo amor de Deus! Não entre. Este boi pode lhe matar!

- Ser morto por um boi, onde já se viu?

De repente, Argemiro entrou no curral. O boi partiu em cima de seu dono, não respeitou o ferrão. O animal jogou o patrão no ar. O sangue jorrou pela barriga.

O fazendeiro gritou suas últimas palavras:

Ai, ai, ai, meu Deus! Bem que eu fui avisado!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

DIA DO DEFENSOR PÚBLICO


Hoje, 19 de maio, é o dia do Defensor Público. O nosso patrono é Santo Ivo. Ele nasceu na França - Kermartin em 17 de outubro de 1253 e faleceu no dia 19 de maio de 1303. Doutor em Teologia, Direito, Letras e Filosofia. Advogado dos pobres, órfãos e viúvas. Dizia ele:

"JURA-ME QUE VOSSA CAUSA É JUSTA E EU DEFENDEREI VOSSA CAUSA GRATUITAMENTE."


VEJA A HISTORIA DE DONA ZEFA DE SINHÁ E SEU FILHO:

Dona Zefa de Sinhá veio lá do sertão de Sergipe, município de Nossa Senhora da Glória, outrora tinha o nome de Boca da Mata, local visitado por Virgulino Ferreira da Silva, o famoso Lampião.
Trouxe também a Aracaju o pequeno Ananias, uma criança de cinco anos. O dinheiro que possuía mal dava para retornar a Glória.
Dinheiro para lanche, ai meu Deus! Pobre tem o dinheiro contadinho. Ainda bem! Que sua irmã Severina está bem melhor de uma tosse arranca pulmão. Zefa de Sinhá carregava umas folhas de arruda e dois dentes de alho, não perdeu tempo , logo que chegou na periferia de Aracaju, no bairro Lamarão, foi logo entrando no quarto da irmã, e tome reza e tome oração, fez pedido para Padim Ciço do Juazeiro, Nossa Senhora da Glória e também para o menino Jesus.
Pensava ela: "Pedir só a muitos, porque se um não tiver tempo, outro pode ter." Cinco dias depois , Severina estava saltitando só cabrita, anunciando chuva. Agradeceu a todos sem discriminação e sem privilégio.
Zefa, na região do sertão, era a rezadeira mais procurada. Deu bicho na ferida duma vaca, estava lá Zefa rezando. Cobrar não cobrava, mas se o sujeito desse qualquer coisa, qualquer coisa serve - assim dizia.
Zefa de Sinhá, eta sertaneja sincera no mundo de hoje. Dizia o que pensava. Xingava no momento de ira , um fio do cabrunco, fio da peste, fio da gota serena. Mas Zefa não era rancorosa, não guardava no peito, ainda levantado, mágoas.
Dizia: "Eu tenho que dizer o que sinto para lavar a alma."
Quando ia embora pra Glória, o pequeno Ananias:
- Mãe , quero mijar.
Zefa encaminhou Ananias ao sanitário da rodovia Luiz Garcia no centro de Aracaju.
O homem disse que Zefa tinha que pagar para o menino urinar.
Zefa respondeu:
- É a fia do cabrunco que paga, não eu.
Menino é como cachorro pode mijar em qualquer canto.
Zefa ainda:
- Meu fio, arreie o calção e mije aí.
O menino, na sua obediência, cumpriu o determinado por sua mãe.
Foi um alvoroço dentro da rodovia.
Veio até um cabo de polícia chamado Jesus.
E Zefa gritava alto:
- Meu dinheiro mal dá pra eu chegar em casa, vou pagar para uma criança mijar.
O sargento Diógenes resolveu o problema.
Mandou Zefa ir embora.
E, no ônibus, a sertaneja ia resmungando:
- Lugar de fio do cabrunco, tem que pagar para mijar.
Hoje dona Zefa pode voltar tranquila a Aracaju, porque na rodovia, na velha e na nova, o pobre mija e caga gratuitamente.
A DEFENSORIA PÚBLICA DE SERGIPE entrou com uma Ação Civil Pública , o pedido foi procedente.
E sabe quem foi o Defensor Público que requereu? Jesus. Há tantos Jesus por aí: cabo Jesus, pastor Jesus, padre Jesus, lavrador Jesus e o menino Jesus.
"SÓ JESUS SALVA."
"ALELUIA, ALELUIA, ALELUIA" grita o coral da Igreja.
Tomara! Que apareça um jogador chamado Jesus, que faça o Brasil ganhar a Copa do Mundo na África do Sul. Senão dona Zefa de Sinhá há de dizer:

- Dunga, fio do cabrunco, quem disse que vosmecê é bom técnico, deixando o Ronaldinho Gaúcho de fora.

Osvaldo Abreu Mendes é Defensor Público em Sergipe. Poeta, escritor, radialista, doutorando em Direito na Universidad Nacional de Lomas de Zamora na Argentina.

sábado, 15 de maio de 2010

LA DOLCE VITA

O poema que escrevemos LA DOLCE VITA (A DOCE VIDA) nenhum relacionamento possui com o filme LA DOLCE VITA do cineasta italiano Federico Fellini. Excelente filme - drama. Que fora premiado em 1962 com o OSCAR, sendo indicado nas categorias de melhor diretor, melhor roteiro original e melhor direção de arte.



LA DOLCE VITA


VIVER A CADA INSTANTE
COMO SE O AMANHÃ
FOSSE O INSTANTE DERRADEIRO
SE POSSUI DINHEIRO
DEVE USUFLUIR
HÁ TANTOS PRAZERES POR AÍ
DIZER QUE AMA
FAZ BEM
SE É AMANTE DA CAMA
PASSAR UM DIA INTEIRO
ESQUECER A VIDA
FALAR MAL DE ALGUÉM
É DEITAR NA LAMA
QUERER SEMPRE E SEMPRE BEM
AMAI UNS AOS OUTROS
JÁ DIZIA O GRANDE MESTRE
O AMOR NÃO É COISA DE LOUCO
QUANDO SE AMA
ASSSASSINA A ALMA AGRESTE
É MISTER TENTAR UM POUCO
VALE O PRIMEIRO PASSO
SE POSSUI DUAS PERNAS
VÊ ALGUÉM DE UMA PERNA SÓ
SORRIA
ENXERGA A BELEZA DO SOL
E AQUELE QUE NÃO CONTEMPLA
A LUZ DO DIA
ORE PRA SANTA LUZIA
AGRADEÇA
HÁ MUITA GENTE QUE NÃO NASCEU
SEM ALENTO
SEM LENÇO
SEM DOCUMENTO
SOFRIMENTO
CADA UM TEM
HÁ SUSPIRO
HÁ ESPERANÇA
LAMENTAR
NÃO AVANÇA
VIVER É LUTA
PARAR É MORRER
NADA CUSTA
TENTAR
TENTAR
TENTAR
LA DOLCE VITA
É CONQUISTA
DO GUERREIRO
VAI
CAMINHA
VOCÊ TEM O DIA INTEIRO
PRA MODIFICAR
LA DOLCE VITA
SONHAR
PODE REALIZAR
LA DOLCE VITA
LA DOLCE VITA
SÓ CONQUISTA
SEM DESANIMAR
CAMINHE
ANDE
VÁ À LUTA
E DEPOIS CANTE
A COISA MAIS BONITA
LA DOLCE VITA
LA DOLCE VITA
LA DOLCE VITA

sexta-feira, 14 de maio de 2010

VICTÓRIA É ANJO DO SENHOR




A vida da gente é nascer, crescer e morrer. Fazia frio em Roma. Muitas vidas foram passadas e vividas na Itália. A pequena Victória seguia ao templo. Filha do milionário Lombardi. Tinha a criança tudo, mas ao mesmo tempo não possuía nada, paradoxo. É isso mesmo, era rica, tinha babá, seguranças, mansão, bom carro para passear e avião. O sonho da pequena Victória era dotado de coisas simples: voar como pássaro, ter uma vida brincando com outras crianças. Todavia, as circunstâncias não autorizavam. A vida de rico requer segurança, medo, receio. O tempo é exíguo. A criança foi crescendo e Lombardi, prisioneiro aos negócios da sucedida empresa, não reservava um dia para brincar, pular, saltar com a pequena Victória.

Naquela manhã, a pequena Victória completou sete aninhos. A pequena Victória ouvia sempre os conselhos de Maria Clara, uma moça de família pobre, com dons espirituais. Victória sonhava em tê-la como mãe adotiva, a sua tinha falecido. Pelo gosto de seu pai, casaria com Maria Clara, esta sempre resistiu. Dirão outras moças: tola, boba...

Ouvindo as recomendações de sua mãe adotiva, Victória fez sua consagração a Deus e ao Espírito Santo.

O que a pequena Victória não esperava, ia ter de acontecer, o tempo de seu avô na terra.

Sua amiga Anastácia, anjo de luz, apareceu e disse-lhe:

- Você tem que ser muito forte, vai perder o seu avô.

Para um adulto é uma tempestade, imagine para uma criança?

A pequena Victória, em seu grande quarto, chorou muito. Brincava muito com seu avô, amava-0 demasiadamente.

Contou a seu pai a conversa com o anjo. O pai levou a pequena Victoria para conversar com algumas freiras. Estas coitadas! Disseram que a criança tinha surtos psicológicos e recomendaram que ele a levasse a um psiquiatra.

A criança passou duas horas com o psiquiatra.

De repetente, Victória:

"Doutor, acha que estou ficando louca, vou lhe provar que tenho algo espiritual. Doutor, o senhor tem dois filhos e sua esposa viajou, porque sua sogra faleceu. A roupa que ela usou no primeiro encontro de vocês, há 20 anos atrás: era azul e o senhor estava usando um cueca verde. Ainda acha que sou louca, como adivinharia essas coisas, doutor?"

O psiquiatra ficou surpreso!

E perguntou com ironia:

- Como eu posso me tornar milionário como seu pai?

- Doutor isso eu não sei, mas, doutor, sei que vai ficar mais pobre pelo número de amantes que tem: uma é sua assistente e a outra é a moça de café. Certamente com esses tipos de mulheres, o senhor vai cair cada vez mais e mais.

O doutor percebeu que a pequena Victória possuía alguns fenômenos paranormais e nada era imaginação . E ficou matutando: "Como uma criança de sete anos sabe de coisas que só ele sabia!!!"

Lombardi não ouviu a conversa do médico com a criança. Depois fora convidado a entrar na sala e indagou:

- Doutor, o que minha filha tem?

- Sua filha tem fenômenos espirituais, consulte alguém nessa área. Apesar de não acreditar, acho que ela tem o que se chama de mediunidade. Sua filha não possui distúrbios neuróticos ou psicológicos. Cuide bem desta criança , ela é muito especial.

O avô de Victoria faleceu e Victoria retornou para o céu.

Em memória da pequena Vitória.

Victória é um anjo do Senhor.



]

sábado, 8 de maio de 2010

MENSAGEM DE VITÓRIA - ANJO DE LUZ






Não sabia eu que a pequena Vitória tinha adormecido, para não mais acordar no amanhecer do outro dia. Logo pela manhã do dia seguinte, às sete horas, Anastácia começou a sentir fortes dores no peito, quando isso acontece, a notícia não é boa, já vi esta cena antes.

Anastácia:

- Me arranje um caneta e papel.

A voz de Anastácia estava transformada.

Dê-lhe o que ela pediu.

De imediato, Anastácia começou a escrever.

Em menos de três minutos, havia uma mensagem, uma missiva.

Disse ela :

- É para você. Quem mandou foi Vitória.

De Anastácia vieram gritos e lágrimas.

Do texto da pequena Vitória:

"DOCE É A VIDA, COMPLICADO OS SERES HUMANOS. DEUS É SUPREMO E PODEROSO. VIVI INTENSAMENTE CADA MINUTO, APESAR DE UM VIDA BREVE. VOLTO PARA DEUS E AGRADEÇO PELOS SETE ANOS VIVIDOS.

(...)

AME A VIDA! APROVEITE E CONQUISTE SEUS SONHOS. DEUS DERRAME-LHE BÊNÇÃOS.

A VIDA ME FOI CURTA, MAS VIVI GRANDES ENSINAMENTOS.

ANJOS EXISTEM E CONTINUAM VINDO SEM SEREM VALORIZADOS.


ABRAÇO APERTADO DA PEQUENA VITÓRIA.


A MENSAGEM, NA ÍNTEGRA, SERÁ DADA AO PAI DA PEQUENA VITÓRIA.


À TARDE DO DIA SEGUINTE, O PAI DA PEQUENA VITÓRIA, QUE RESIDE EM UM PAÍS DA EUROPA, LIGOU ANUNCIANDO A MORTE TERRENA DE SUA QUERIDA FILHINHA.


VITÓRIA CONTINUA VIVA, AFINAL, ANJO NÃO MORRE!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

VAI, VITÓRIA, PARA O CÉU





Vitória era a filha que todo pai gostaria de ter: inteligente, meiga, sabia mais de um idioma. Mas estava escrito nas estrelas que a pequena Vitória viajaria bem cedo para o mundo dos anjos. Ela que vivia entre nós, todavia, era uma mensageira do Senhor.

Fim de tarde , a pequena Vitória adormeceu. E no amanhecer repleto de pássaros, de flores e de outras crianças indo à escola, a criança não abriu os olhos da cor do firmamento. Vai, Vitória, para o céu é um poema do blogueiro Osvaldo Abreu.
É bom lembrar que os anjos não morrem, são eternos.




A pequena Vitória adormeceu,
Caiu em sono profundo.
Em palácio nasceu,
Viveu bocadinho neste mundo.

Anjo bom e de luz,
Pássaro de bom canto.
Foi pra perto de Jesus,
Um recanto santo.

Meu Deus! Por que a viagem imediata?
Será que é coisa do destino!
De gente ruim a vida está farta;
A criança é um anjo sorrindo!

Vitória, Vitória , Vitória, Vitória,
De apenas oito aninhos,
Foi pro paraíso da glória!
Meu Deus! Por que não deixá-la mais um pouquinho?

PÁSSARO PRISIONEIRO


A liberdade sempre é restrita. Ampla liberdade é utopia. Sempre estamos presos ao passado, a um filho, à família, aos códigos.
Com medo do ladrão, o homem está trancado em condomínio.

As normas, as Leis estabelecem regras.

A liberdade possui freios. Rédeas.


Escrevemos o poema PÁSSARO PRISIONEIRO:


Um pássaro entristecido

Lamentava o tempo vivido

Na masmorra, triste gaiola.

De um pardal ouviu o conselho:

"Doravante você enrola,

Emudece e não canta,

Faz-de-conta que adoeceu da garganta."

Ele assim respondeu:

Caro amigo meu,

Não cantar 'tou fora!

Cantar a coisa ruim espanta!

O canto é dom de Deus.

Não se pode ferir a natureza.

A liberdade pra mim não adianta,

O perigo corre lá fora,

O sol perdeu lume,

Mata-se até por ciúme.

Todos nós somos prisioneiros,

Liberdade geral e irrestrita:

Sonho que se grita!

Vê lá cada dia um gesto feio

A ganância por dinheiro

Assassinam a mata, a flora,

A natureza se rebela nas enchentes,

Há gritos, choros e morre gente!

A natureza todos os dias chora."

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A DESGRAÇA E A GRAÇA

Quadro de CÂNDIDO PORTINARI

Escrevemos este poema em homenagem a um colega. O cabra pisava, humilhava e ria. Hoje, chora.

Não festejes a desgraça alheia!
De planície e planalto,
A vida é cheia.
A qualquer momento, uma tempestade
A gente de sangue nas veias.
Incompleta, a felicidade!
A vida é incerteza!
Mesmo com o ouro e a prata
A alma não é farta.
Sempre há uma mensagem,
um e-mail, telefone, uma carta:
Chegou a hora!
A natureza possui a resposta,
Quem ao sol do dia sorri;
No amanhecer, chora!
Não festejes a desgraça alheia!
A graça e a desgraça são inseparáveis,
Irmãs que n'alma humana moram!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

BONS TRATOS A CRIANÇA E AOS ANIMAIS


Os bons tratos não fazem mal a ninguém. Aquele sujeito tão educado, que beija as mãos das mulheres na hora do cumprimento, você não pode acreditar, é assim mesmo, a surpresa acontece, o sujeito sempre bate na esposa.

O vaqueiro que bate na vaca, ela em sua vingança esconde o leite. Os animais como os seres humanos não devem sofrer maus-tratos.

O Ansinho, de apelido a Morte, pense no sujeito malvado, outro dia matou um sapo, diz ele:

- Matei porque o bicho é feio.

Já imaginou: as pessoas sendo mortas em razão da feiúra!

O Ansinho fora vingado por um cavalo dias depois. O cavalo deu um coice que a Morte passou uns três meses mancando.

Uma procuradora de Justiça, Vera Lúcia Gomes, é acusada de maltratar uma criança de dois anos. O crime contra animais e criança deveria ser inafiançável. Afinal, são frágeis e carentes de

auto-defesa.

Os animais quando são bem tratados reagem melhor. Animal é como a gente.

terça-feira, 4 de maio de 2010

HOMEM NU

Um bom livro do zoólogo inglês Desmond Morris é a MULHER NUA, um Estudo do Corpo Feminino. O corpo feminino é poesia, encantamento com suas curvas. Uma mulher nua é beleza. Um homem nu é parecido com um macaco. É feiúra, atentando violento ao pudor. O autor também escreveu também o livro O MACACO NU que fala do aspecto do corportamento sociaL, sexual e alimentar do homem.
E o cabra resolveu retornar aos instintos selvagens, ficando por quatro horas nu em cima de outdoor nos EUA, vejamos a notícias que saiu no G1 da Globo:

"Homem fica quatro horas nu em cima de outdoor nos EUA
James Apple desceu após negociação com a polícia.Incidente ocorreu no Centro de Fort Worth, no Texas.
Do G1, em São Paulo

Um homem foi flagrado nu em cima de um outdoor no Centro de Fort Worth, no estado do Texas (EUA), nesta segunda-feira (3). O jovem identificado como James Apple, de 24 anos, ficou cerca de quatro horas no alto e só desceu por volta das 15h30 (horário local).
Segundo a emissora "Fox", a polícia de Fort Worth usou um megafone para tentar persuadi-lo a descer do outdoor. Os negociadores contaram com ajuda da namorada de Apple e de um cunhado. Depois de momentos de apreensão, o jovem aceitou descer.
Homem ficou quatro horas nu em cima de outdoor. (Foto: Reprodução)."

domingo, 2 de maio de 2010

MARIA, E AGORA?






Um dos mais belos poemas da literatura brasileira é José do mineiro Carlos Drummond de Andrade, nascido em Itabira em 1902 e faleceu no Rio de Janeiro em 1987. Drummond, poeta, contista e tradutor.
"SE AMAR SE APRENDE AMANDO." ESTA GENTE QUE NÃO AMA, PODE FALAR DE AMOR?

Escrevemos o nosso MARIA , E AGORA?





Maria, e agora?
És tão bonita,
Repleta de galanteios.
Estás só!
A porta não se abriu...
Não chegou a missiva,
Nem tampouco o e-mail.
Ele não veio...
Cadê o teu amor?
A vida, Maria,
Sabes lá o que é?
Será, porventura,
Teu semblante radiante?
Teu perfume francês?
Tua roupa de grife?
Teu carro importado?
Olvidaste, Maria, da montanha!
Não viste o sol nascer,
À tardinha, o pôr-do-sol,
O teu cão a correr.
Não chores, Maria,
Ele vai voltar.
A qualquer momento,
A porta vai ranger,
E abrirá...
Consola-te!
Devagarinho, bem mansinho
Ele vai chegar!
Mulher não dorme!
Ânsia, medo, dúvida...
Maria, teu veraz amor
Já se sabe , não trocas.
Maria, mude esta cara,
Sorrias!
No teu descuido,
Ele abriu a porta,
Agora, dorme!
Mamãe, é assim mesmo,
Fica aguardando o filho retornar!

O APELIDO DE ZEQUINHA DA ÉGUA

TENENTE PORTELA é um município do estado de Rio Grande Sul

Seu nome era Zequinha da Égua. Veio do sertão de Jeremoabo-BA para as bandas do povoado Pau Grande, município de Lagarto-SE. Chegou menino ainda mijando na cama. Seus pais, Chico de Beata e Maria de Chico vieram passar uns dias na casa de um parente. E dias foram esses que resolveram ficar para sempre. Para quem morava numa casa de taipa, sem luz, a água, se a jega velha pudesse contar, que andava mais de uma légua para trazer o líquido para o seu dono. Água limpa é coisa de gente fina, a água era mesmo barrenta, para dar graças a Deus! Ainda dizem que água não possui gosto. Vá, sujeito, de mãos finas, roupa bem passada, sapato lostrado para os recantos do sertão, vai nada!

Nos primeiros dias, morou Chico de Beata e alojados ficaram seus 9 filhos no galpão abandonado da fazenda Capivara do fazendeiro Chico de Sinhá. Depois, vendendo um dia aqui, outro - noutro canto, Trabalho duro de inchar as mãos e fazer calo: labuta da enxada, da foice - roçar pasto. Roçar só é bom mesmo no namoro. Seu Chico de Beata conseguiu fazer economia e comprou uma tarefa de terra , com uma casinha de barro cru. Que bom! De água e luz. Os meninos e as meninas foram crescendo. Sete homens e duas mulheres. Valdete e Vanesa casaram cedo, a primeira com quinze anos e a segunda com 16 anos. Dos filhos, cinco foram para Santos e dois ficaram: João Coelho e Zequinha da Égua.

O Coelho de João é em homenagem as suas orelhas grandes. No início, ela dava uma popa, se fosse um cavalo, quem pegasse o baque, ia ficar aleijado.

O apelido de Zequinha da Égua, dizem as más linguas que Zequinha criava uma égua e, quando o animal avistava o menino, rinchava muito. E não fica só por isso não! O Zequinha foi acusado de transar com o animal.

Zequinha ficava uma fera na jaula, quando de calça curta. Hoje , ele relaxou.

O apelido no Nordeste brasileiro é comum.

sábado, 1 de maio de 2010

POESIA - SIMÃO DIAS

Simão Dias-SE



Recebi um bom presente do ex-prefeito de Simão Dias-SE, José Matos Valadares, um CD que fala de Simão Dias -SE - Terra Boa de Viver . O CD possui um bom ritmo. Enaltece os Valadares, governadores e desembargadores.
A música é alegre. Poeta é alma, sentimento. Dizer que deveria citar os nossos heróis, pintores, poetas, escritores, professores, a criança , o jovem e o povo , não é de bom conselho, visto que cada poeta possui seu estilo, sua rima, seu verso.
Elaboramos mais um poema SIMÃO DIAS

Simão Dias, Simão Dias, Simão Dias,
Teus heróis morreram na Segunda Guerra mundial.
Poucos retornaram!
Coitados!
Esquecidos e enlouquecidos!
Muitas mães choram
E choraram!
Uma bomba aqui;
Outra acolá.
Grito, morte, agonia!
Um corpo estendido!
Ó Simão Dias,
Terra do vaqueiro,
Terra da esperança!
Tantos prédios caídos:
A velha prefeitura,
Antigo Fórum,
Açougue da carne,
Ginásio Industrial,
Cine Ypiranga,
As Escolas Reunidas.
Cada tijolo, uma vida;
Cada parede, um genocídio.
Meu Deus! O patrimônio, destruído.
Simão Dias, Simão Dias, Simão Dias,
Tantos homens do poder:
Governadores, desembargadores.
A gente não pode olvidar
Dos pintores, poetas , escritores,
Do povo a lutar,
Dos nossos mestres, doutores e professores.
Da criança a brincar,
Do jovem esperança.
Simão Dias, Simão Dias,
Que bom ti recordar!
Uma saudade, uma lembrança!