Visitante nº

domingo, 29 de abril de 2012

PÉ DO VEADO

Viriato no Rio de Janeiro. Ele nascido no Pé-do-Veado, povoado da grande Itabaiana do minúsculo Estado de Sergipe. Viriato lá estava para vender castanhas. Deixou em Sergipe, a mulher e seu filho Mateus. De janeiro a março no Rio de Janeiro. Aproveitar o turismo. Nos primeiros dias, se pudesse pegava o caminhão que o levou e voltaria. Saudade da feira de Itabaiana nos sábados. Ali que era lugar, Zé conhece Mané, que conhece Francisco, que conhece Malaquias, finalmmente que conhece Viriato. Parece coisa do poeta Carlos Drummond. No carnaval na cidade Maravilhosa, homem beijando homem, mulher beijando mulher. Pensava Viriato: "Meu Deus, é o fim do mundo." É por isso, que o padre Miro disse lá na Igreja Santo Antônio: - Quem não tarda o fim do mundo. O mundo vai se acabar. Viriato não admitia essa coisa moderna do amor livre. Sempre pensou: "Homem para mulher, mulher para o homem. O contrário é sem vergonhice, safadeza, falta de respeito." Viriato não estava preparado para os tempos hodiernos. Quando retornou do Rio de Janeiro, teve uma grande decepção, não esperava que poderia acontecer em família, sua cunhada deixou o marido para conviver com outra mulher. Um conto.