Visitante nº

sábado, 21 de abril de 2012

BODE BITO


O ser humano é animal frágil. Depois de um ano é que vai andar. Sempre dependente de pai, mãe.
Muitos e muitos até 25 anos estão sob a saia da mãe, sob o arrimo do pai. Casa, buscando a cara metade, a cara metade não existe, vem a decepção, busca o divórcio.
Vê a natureza, o nascimento de um cabrito, nasce, cai, levanta e anda. Aos seis meses , já é um bicho independente.
Vi recente, lá no sertão, na querida cidade de Poço Verde, sertão de Sergipe, o nascimento de um cabrito. Depois de poucos instantes da luz, o pequeno ser estava andando, mamando nas tetas de sua mãe, dona cabra.
Inspiro-me a fazer um poema:
Nasceu.
Abriu os olhos ao sol.
A mãe lambeu
O corpo de placenta.
Ao brotar feriu a venta.
Enxergar é para poucos...
O anjo fez o parto,
Mas o louco viu.
E quem vai acreditar na loucura...
Tentou levantar, caiu.
Porém, o animal não desiste
Ser humano é fraco.
O bicho levantou, caiu,
Caiu, levantou.
Tropeçou, caiu.
E, agora, andou, andou.
O menino riu ao ver o cabrito,
Do ser veio o grito
É macho, é macho.
É um bodinho, bode bito.