A casa velha guarda no corredor, na grande sala, nos quartos e na cozinha a lembrança da gente que já viajou. Nela havia sorriso, choro e conversas. No alpendre, uma rede , um dia , cantava pra lá e pra cá. Uma mãe botava um menino pra dormir. No telhado, vê um esteio de Cedro, a madeira de mais de 90 anos.
Há um cheiro forte de coisas antigas dentro do casarão.
No último quarto, vizinho a cozinha, um homem morreu. Foi fazer o vaivém com duas mulheres novas. Ele já de cabelos prateados. As más línguas dizem que as meninas mataram o velho ou será que foi a pílula verdinha? Ademais, há uma conversa que o cabra sofria do coração. Ninguém sabe verdadeiramente a causa, se pudesse perguntar ao defunto. Conversar com os mortos não é privilégio para qualquer um.
Fico arrepiado, quando entro no quarto do homem que feneceu.
Minha amiga Jóia conheceu a casa velha. Ela não sabia que o homem morreu naquele quarto. Pedi que ela entrasse no quarto do último dia de uma vida terrena. Ela disse:
- Nem com o ouro ou prata, entro neste quarto. Há uma energia negativa no quarto.
Jóia sentiu mal no casarão antigo. Mas insiste em retorná-lo. Ela adora o sobrenatural.
Às vezes ficou arrepiado no casarão. Mas gosto dele. Há um vasto corredor, que me faz lembrar o poeta ÉZIO DÉDA, arquiteto caprichoso, meu conterrâneo de Simão Dias, e que escreveu o livro A CAUSA DAS AUSÊNCIAS:
"Naquele vasto corredor
Só o risco do destino das portas
Luz inexata, murmúrios fecundos
Entre inocências esquecidas
E a vigília secular das tradições
O que sentia mesmo
Era o forte cheiro das sensações ocultas
E a certeza de eternas alvoradas."
Ouço muito de muita gente:
"Derrube aquela casa assombrada."
Resisto, sofro. A casa velha não é uma Casa das Ausências do poeta Ézio Déda é uma Casa de Presenças de coisas estranhas.
Você já está querendo saber demais. Não vou contar tudo da Casa das Presenças.
Há um cheiro forte de coisas antigas dentro do casarão.
No último quarto, vizinho a cozinha, um homem morreu. Foi fazer o vaivém com duas mulheres novas. Ele já de cabelos prateados. As más línguas dizem que as meninas mataram o velho ou será que foi a pílula verdinha? Ademais, há uma conversa que o cabra sofria do coração. Ninguém sabe verdadeiramente a causa, se pudesse perguntar ao defunto. Conversar com os mortos não é privilégio para qualquer um.
Fico arrepiado, quando entro no quarto do homem que feneceu.
Minha amiga Jóia conheceu a casa velha. Ela não sabia que o homem morreu naquele quarto. Pedi que ela entrasse no quarto do último dia de uma vida terrena. Ela disse:
- Nem com o ouro ou prata, entro neste quarto. Há uma energia negativa no quarto.
Jóia sentiu mal no casarão antigo. Mas insiste em retorná-lo. Ela adora o sobrenatural.
Às vezes ficou arrepiado no casarão. Mas gosto dele. Há um vasto corredor, que me faz lembrar o poeta ÉZIO DÉDA, arquiteto caprichoso, meu conterrâneo de Simão Dias, e que escreveu o livro A CAUSA DAS AUSÊNCIAS:
"Naquele vasto corredor
Só o risco do destino das portas
Luz inexata, murmúrios fecundos
Entre inocências esquecidas
E a vigília secular das tradições
O que sentia mesmo
Era o forte cheiro das sensações ocultas
E a certeza de eternas alvoradas."
Ouço muito de muita gente:
"Derrube aquela casa assombrada."
Resisto, sofro. A casa velha não é uma Casa das Ausências do poeta Ézio Déda é uma Casa de Presenças de coisas estranhas.
Você já está querendo saber demais. Não vou contar tudo da Casa das Presenças.