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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

CARTA INFELIZ

Juvenal amava Dulcinha loucamente. Todos os planos do futuro, Dulcinha estava em primeiro lugar. Viagem a Paris, uma nova casa, morar no Alfhaville, queria ter um filho, de preferência uma filha com Dulcinha.
 
Solteirão que fora, estava convivendo com Dulcinha. Não a queria tão somente para o instante do prazer, pensava em tê-la por toda vida.
 
Dulcinha loira, alta, bonita. Nem precisava malhar na academia. Tinha o corpo escultural, dos modelos da Grécia.
 
Dulcinha sempre gostou de escrever. A melhor amiga era a escrita. Seus desabafos estava no mundo das letras.
 
Naquela noite, em que Dulcinha dormia,  Juvenal procurando um recibo de água, encontrou uma carta de amor. Dizendo que amava Saratiel e com ele queria ter um filho.
 
Juvenal foi ao desespero. Conversou com Dulcinha. Ela disse que escreveu aquilo no momento da ira.
 
Juvenal sempre acreditou que o amor e o ódio andam juntos. Daquele dia em diante, ficou convivendo com Dulcinha, mas não tinha o amor de outrora. Estava vivendo por viver.
 
E, quando Dulcinha disse que ia embora. Juvenal não ficou no lamento. Até que disse intimamente: "É melhor assim..."
 
Dulcinha se mandou pra bandas do Sul. Três dias depois da viagem de sua companheira, Juvenal trouxe Helena , para com ele conviver.
 
Os anos se passaram. Juvenal nunca mais ouviu falar de Dulcinha e continua com Helena.