Juvenal amava Dulcinha loucamente. Todos os planos do futuro, Dulcinha estava em primeiro lugar. Viagem a Paris, uma nova casa, morar no Alfhaville, queria ter um filho, de preferência uma filha com Dulcinha.
Solteirão que fora, estava convivendo com Dulcinha. Não a queria tão somente para o instante do prazer, pensava em tê-la por toda vida.
Dulcinha loira, alta, bonita. Nem precisava malhar na academia. Tinha o corpo escultural, dos modelos da Grécia.
Dulcinha sempre gostou de escrever. A melhor amiga era a escrita. Seus desabafos estava no mundo das letras.
Naquela noite, em que Dulcinha dormia, Juvenal procurando um recibo de água, encontrou uma carta de amor. Dizendo que amava Saratiel e com ele queria ter um filho.
Juvenal foi ao desespero. Conversou com Dulcinha. Ela disse que escreveu aquilo no momento da ira.
Juvenal sempre acreditou que o amor e o ódio andam juntos. Daquele dia em diante, ficou convivendo com Dulcinha, mas não tinha o amor de outrora. Estava vivendo por viver.
E, quando Dulcinha disse que ia embora. Juvenal não ficou no lamento. Até que disse intimamente: "É melhor assim..."
Dulcinha se mandou pra bandas do Sul. Três dias depois da viagem de sua companheira, Juvenal trouxe Helena , para com ele conviver.
Os anos se passaram. Juvenal nunca mais ouviu falar de Dulcinha e continua com Helena.