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sexta-feira, 29 de abril de 2011

PRINCIPE WILLIAM E O CASAMENTO DE ZEFINHA



No Brasil, naquele tempo, havia o tabu sexual, repressão policial, época do AME-O OU DEIXE-o. O Brasil vivia sob o regime militar, o presidente das terras canarinhas, era o general Garrastazu Médice. O juiz da comarca do interior usava os rigores da Lei, mexeu com a moça virgem, o sujeito tinha que casar, caso fosse menor, ou então ia para a cadeia. E a legislação anacrônica previa: Que o sujeito que casasse com moça não virgem, poderia requerer a anulação do casamento. Moça descabaçada tinha o nome de perdida. E recebia a recomendação de sua mãe:

"NÃO ANDE COM FULANA QUE É PERDIDA, SICRANO A FUROU."
E a pobre moça perdia suas coleguinhas , porque se entregou ao cabra sem-vergonha, safado mesmo.
Em Simão Dias, terra do governador de Sergipe - Marcelo Déda Chagas e do senador Valadares, existiam os cabarés, tão necessários à época, Bico-da-Asa era o mais famoso, lá de quinta-feira aos domingos, a casa das meninas da noite era prazer, gozo, música, bebida e festa. As moças que se perdiam , corriam para a rua do Mulungu, quando jogadas na rua por pais repletos de preconceitos. Outro, menos famoso, era o da Maré Mansa, no Bairro Bomfim, que também chamavam o cabaré da Ilha das Cobras. E a rua da Aurora tinha também uma casa onde a carne humana era oferecida ao prazer e ao gozo. Quem conhece a cidade, bem sabe: que a rua fica bem próxima à Igreja Matriz. Muitas vezes, o sino badalava e a moça gemia e gritava na alcova.
E de lá da serra da Vargem-da-Isca, Curral dos Bois, veio se casar na cidade Zefinha de Seu Mané. Quando o jegue rinchou às quatro horas da manhã, A jega que vinha trazer a moça já estava com arreio. As irmãs da moça, o pai e a mãe seguiram o cortejo a pé, enquanto a donzela estava sentada no lombo do animal.
Chegaram na Igreja às oito horas da manhã, o noivo e sua família já estavam esperando. O sujeito matutava: "É hoje que eu tiro o cabaço de Zefinha."
O casamento foi realizado. À noite, depois do forró, com a saída de todos, Zefinha gritou, chorou e gritou e o sangue jorrou no lençol branco.
E o cabra se achou macho e a moça machucada.
Hoje, dia 29 de abril de 2011, foi o casamento do príncipe William e a plebéia Kate, matrimônio realizado na Inglaterra. Ela de 29 anos e ele de 28 anos. Tempo da liberdade sexual, a família real já não pode exigir o virgindade da moça.
Não se sabe se o casamento vai dar certo, afinal, vivemos o tempo do divórcio.
Dona Zefinha e seu Zé ainda vivem. Acordaram cedo e assistiram o casamento do casal inglês pela televisão. Dona Zefinha com as marcas e riscos do tempo s0nhou que era a moça que estava casando, sonhou que era princesa, imitando milhões de moças em todo mundo.