O advogado Demétrio acreditava para ser juíza de família, a magistrada tinha que ser casada, ter filhos, se fosse divorciada, solteira, ele acreditava que não podia ser da vara familiar. A Lei devia, em sem ponto de vista, criar restrição. Afinal, ainda pensava que padre não podia falar do relacionamento amoroso, pois não podia casar. Filosofava: "É preciso vivenciar." Tal pensamento não era comungado pelo seu amigo Pascoal, este falava: não é preciso viver o problema, mas é necessário ter sensibilidade e espírito de justiça.
Quando adentrou na sala de audiência a juíza substituta Dra. Feliciana, no recôndito d'alma ele já criou a discriminação:
"ESTA JOVEM JUÍZA NÃO PODE JULGAR CASO DE FAMÍLIA, MAL SAIU DA FACULDADE, AGORA É JULGADORA." Matutou: "Esta poderia bem está desfilando e concorrer para o concurso de Miss." Viu nos dedos delicados da juíza que inexistia aliança. De forma proposital, disse:
- Doutora, bom dia, a senhora está bem?
- Doutor, senhora não, senhorita de preferência!
Pelo dito da juíza percebeu que era solteirinha da silva.
Para encurtar a história, a audiência era uma Ação de Alimentos.
A jovem mãe já entrou no recinto chorando. O pai da criança há muito tempo não dava a pensão alimentícia de seu filho Obama. Nome de presidente dos Estados Unidos, mas nordestino passando necessidade.
A juíza tinha pressa na audiência, determinou 10 % do salário mínimo para descontar na folha de pagamento do pedreiro Severino Malaquias da firma Edificar.
Mais uma audiência finda. E a juíza estava feliz , mais um processo julgado. Uma mãe voltava triste a sua casebre, revoltada com o pouco estabelecido. E a juíza, em estágio probatório, adicionando mais um processo.