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quinta-feira, 21 de junho de 2012

VIDA DO INTERIOR

A vida no interior melhorou, apesar da violência no campo e na cidade.
Nos anos 30, época do réis e vintém, se vivia muito mal. O homem do campo vivia no regime de escravidão na casa do coronel, que recebia comida e vestimenta, em troca oferecia o trabalho, tinha o nome de agregado.
Tempo bom é agora. Outro dia, ouvi uma canção Saco de Feijão de uma das melhores sambistas do Brasil - Beth Carvalho - onde  dizia: " No tempo do dez réis e vintém se vivia muito bem..." Vivia nada.
O trabalhador não possuía carteira assinada, a mulher não podia votar. O analfabetismo era gritante. Estudar mesmo era para o filho do coronel que se mandava para Aracaju, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Vinha doutor. O pobre sempre curvado como escravo.

  • JECA TATU representado pelo cinesta e ator Massaropi. O personagem Jeca Tatu foi criado pelo escritor brasileiro Monteiro Lobato em seu livro Urupês



Viva os novos tempos, no campo: o rádio, a televisão, a internet. A notícia do Japão chega quentinha como uma panela no fogão.
Já se tem saudade do fogão de lenha, o fogão elétrico e de bujão a gás cozinham a buchada da cabrita ou quem sabe, a galinha de caipira.
Motos e carros cortam o sertão. O gado é tangido pela moto. E a vida bucólica fora transformada pela violência no campo, mesmo assim, tudo é melhor.
Zefinha, filha de Januário, casou via internet.
Tabaréu ou matuto foi interrado pelo mundo da informação.
A informação que chegava no lombo do burro, vem correndo, bem depressa por intermédio do satélite.
Dulcinéia, com a seca, não vai plantar milho e feijão, vai passear em Paris.