Visitante nº

terça-feira, 31 de maio de 2011

A MULHER DO HOMEM BONZINHO

MONALISA do pintor Leonardo da VINCI.


Bartomeu era um homem apaixonado por Dicinha. Por ela era até capaz de matar ou morrer. Chamava-a de Mor e ela também assim retribuía.




Viajaram juntos para Buenos Aires. Dançaram tango, conheceram a Casa Rosada, fizeram compra na Florida, adentraram na galeria Pacífico.




E foram conhecer a Província de Tigre. Dicinha queria passear de barco, mas Bartolomeu tinha muito medo, afinal não sabia nadar. O amigo do casal, Viriato, ante a recusa de Bartolomeu, insistiu e convidou Dicinha para o passeio. Dicinha sempre fora uma mulher independente. E foi passear com o amigo. Bartolomeu para não contrariar a amada, não protestou.




Se você seu amigo Severino, este cabra macho lá da Paraíba, não ia admitir sua esposa passeando com um amigo. Dizia Severino:




- Homem que entrega a mulher de bandeja, se não é corno, corno vai ser.




Pensava ainda " Homem bonzinho com a mulher dos outros, é cabra sem-vergonha. Quer dar uma beliscadinha.




Quando Dicinha estava se beijando com o amigo Viriato, ao abrir os olhos, percebeu a presença de Januário, irmão de Bartolomeu. A safada da Dicinha enrubesceu.




Ainda tentou consertar , dizendo ao cunhado:




- Januário, não é o que você está pensando.




Januário:




- Não se preocupe, não vou falar nada!




Mas lá no recôndito d'alma dizia:




- Vou salvar meu irmão, ainda bem que está bandida não tem filhos.




Com a chegada no Brasil, a bomba estourou.




Bartolomeu ficou decepcionado. Divorciou de Dicinha. Um ano depois, Dicinha morria de AIDS.