Visitante nº

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

REVELAÇÃO DO CASAMENTO


Fingir era com Dulcinha mesmo. Atrás daquele voz macia tinha um mar em turbilhão. Dona Beatriz , quando sua filha noivou:

- Dulcinha, se Abelardo souber quem você é no íntimo, lhe deixa na porta da Igreja.
Respondia ela:
- Minha mãe , os homens são abestalhados, da mulher autêntica eles fogem como o diabo corre da cruz.

Dona Beatriz:
- Dulcinha, é melhor ser autêntica, dizer o que pensa, pois depois que a máscara cai, não há como levantar, isso, minha filha, eu tenho muitos exemplos, é por isso, que hoje em dia, o casamento não dá certo!

Dulcinha casou com Abelardo, o casamento não durou seis meses.
Nas brigas do casal, dizia Abelardo:
- Pensei que estava casando com uma mulher decente, casei com uma víbora.
Os xingamentos eram de ambos.
E dona Beatriz:
- Minha filha, seu pai era raparigueiro, safado, sem-vergonha, mas nunca passei na cara. Via nele sempre as virtudes. Hoje , estou viúva, vivemos por mais de 50 anos.
Ele elogiava sempre a minha comida.
Para sobreviver ao casamento é preciso ver as virtudes e não os defeitos. Elogiar faz bem.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A INDESEJADA MORTE

EVITA PERON - A ARGENTINA AINDA HOJE CHORA A SUA MORTE


De repente, você acorda e recebe a má notícia, morreu sua mãe, seu pai, seu filho, seu irmão, seu amigo.
O choro é estampado no semblante. Quase ninguém está preparado para a morte.
A morte iguala todos sem discriminação. Todos irão ao mesmo caminho da sepultura. Não há privilégio nem do pobre, nem do rico.

Escrevemos um poema a INDESEJADA MORTE:

NÃO LAMENTES A PARTIDA DERRADEIRA,
JÁ FOI,
FOI A HORA DA DESCIDA NA LADEIRA.
BOA HORA INEXISTE!
NÃO FIQUES TRISTE!
VOA A FLOR,
VOA A FOLHA,
VOA AO VENTO.
NADA CHEGA ANTES,
É O TRISTE INSTANTE.
NÃO HÁ A MÁ SORTE!
TODOS SEGUIRÃO O CAMINHO
DA INDEJADA MORTE...

domingo, 5 de setembro de 2010

A PUTA E A SANTA

OBRA DE TINTORETO


Há um conflito gritante n'alma feminina ou é a santa ou é a puta. Se é a santa, ele pode procurar a puta; se é a puta, ele procura a santa. E, nesta confusão, a mulher não sabe: se é a santa ou se é a puta.
A PUTA E A SANTA
Poema de Osvaldo Abreu

Gotas de orvalho
Caídas duma planta,
Ilude!
No vermelho do lençol,
Nenhum homem deseja a santa,
Almeja a puta!
Bem melhor!
E na luta entre uma e a outra,
A mulher vai ao hospício,
Enlouquece, fica louca!
Aí vem o conflito,
Coisa de mulher:
"Sou a santa
Ou sou a puta."
E, quando se é totalmente a santa,
O homem viaja
E vai buscar tantas...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O ESTUPRO E O SUICÍDIO DE ZEFINHA

Josefa Maria Bragança de Assis de Oliveira Castro era o nome verdadeiro de Zefinha. Nome e sobrenome grandes, parecia parente de Dom Pedro, segundo ou primeiro, você quer saber demais, nos mínimos detalhes, mulher é assim mesmo gosta das coisas mais detalhadas.
O nome Zefinha odiava, gostaria de ser chamada de Anne, soaria a título de romance. Zefinha, apesar do nome feio, era uma moça bonita. Seios avantajados, pernas longas, arcas grandes, cabelos longos. Zefinha falava mansamente, ouvi-la dava prazer.
Zefinha desfilando na rua, homens e mulheres a olhavam. Era boa de ver. Zefinha era uma moça religiosa. Mas não noivou com Jesus, desejando ser freira. Quem assim fez foi sua prima Beatriz, decepção amorosa. Gostava de Manoel e este casou com sua irmã Dejanira. Coisa da vida!
Zefinha fez uma jura a si mesmo:
"Só dou a Carlos depois do papel e da aliança."
Carlos, mulherengo, safado, descarado, sem-vergonha, até que tentou tirar a calcinha, mas a moça não deixava. Intimamente Carlos: "Ainda como esta bandida."
Carlos ficou noivo de Zefinha. O sujeito pensou que com o noivado e ia possuí-la. Ela mandou que ele tirasse o cavalo da chuva.
E dizia:
"Carlos, a gente só faz amor , depois de casar."
Zefinha era professora. Onze horas da noite, esperava Zefinha o ônibus de volta para sua casa, quando , de repente, surge Jeremias , um viciado em crak. Furta o celular da moça e ainda a estupra.
Zefinha não contou a ninguém o que ocorrera. Três dias depois se mata.