MEU ANJO DE LUZ
Capítulo A
Quando eu me nasci, minha mãe teve que fazer a última viagem, todavia, nunca mais retornou. Não amamentei nos seios de minha mamãe. A mamadeira foi minha companheira durante um ano. A babá que cuidava de mim, chamava Bá. Seu nome verdadeiro era Severina Maria da Silva Santos.
Bá tinha os cabelos prateados.
Era gorda, de belos dentes, trazia no corpo o sangue negro. Caminhava em passos lentos, sua voz era suave.
Chamava-me de Princesa. Quando eu Tinha um aninho de idade, ela adormeceu em sono profundo e não mais acordou.
Chorei muito, papai disse-me: "
Que o menino Jesus a chamou para ir morar no céu. Tive minha raivinha. Melhorei o meu choro, depois que ela apareceu no sonho e falou:" Minha princesa, não chore, foi Deus que quis assim".
Não sabia direito quem era Deus, mas dito por Bá só podia ser coisa boa.
Perdi mamãe, perdi a minha segunda madre.
Uma criança só, apesar de uma casa-grande, repleta de empregados.
Homens de ternos e gravatas eram quatro.
Com a viagem derradeira de Bá, papai botou duas babás, Alice e Simone. Duas pessoas boas. Gostava mais de Simone, achava-a meio parecida com Bá.
O sorriso era igual. Eu via em Simone como se fosse Bá, tinha momentos que eu pensava que Bá estava naquele corpo.
Papai tinha outros nomes papito, papa e padre. Este último ele não gostava que fosse chamado, depois ele pacientemente me explicou que tinha sido homem que fala aos homens em nome de Deus. Mais uma vez veio a recordação de Bá que o que vem de Deus é bom chocolate, bom doce.
Mamãe Bá adorava com o nome de mama, madre.
Lá em casa havia um grande jardim. Muitos passarinhos vinham cantar em minha janela. Sempre eu pedia ao papa que ele não esquecesse do milho dos meus pequenos amiguinhos.
Papa raramente os esquecia. E falava: " Victória, minha filhinha, trouxe o alimento de seus amiguinhos".
Antes de dormi, deixava os milhozinhos à janela.
O sol nascia em frente de meu quarto, eu me acordava com os cantores do amanhecer.
Capítulo A
Quando eu me nasci, minha mãe teve que fazer a última viagem, todavia, nunca mais retornou. Não amamentei nos seios de minha mamãe. A mamadeira foi minha companheira durante um ano. A babá que cuidava de mim, chamava Bá. Seu nome verdadeiro era Severina Maria da Silva Santos.
Bá tinha os cabelos prateados.
Era gorda, de belos dentes, trazia no corpo o sangue negro. Caminhava em passos lentos, sua voz era suave.
Chamava-me de Princesa. Quando eu Tinha um aninho de idade, ela adormeceu em sono profundo e não mais acordou.
Chorei muito, papai disse-me: "
Que o menino Jesus a chamou para ir morar no céu. Tive minha raivinha. Melhorei o meu choro, depois que ela apareceu no sonho e falou:" Minha princesa, não chore, foi Deus que quis assim".
Não sabia direito quem era Deus, mas dito por Bá só podia ser coisa boa.
Perdi mamãe, perdi a minha segunda madre.
Uma criança só, apesar de uma casa-grande, repleta de empregados.
Homens de ternos e gravatas eram quatro.
Com a viagem derradeira de Bá, papai botou duas babás, Alice e Simone. Duas pessoas boas. Gostava mais de Simone, achava-a meio parecida com Bá.
O sorriso era igual. Eu via em Simone como se fosse Bá, tinha momentos que eu pensava que Bá estava naquele corpo.
Papai tinha outros nomes papito, papa e padre. Este último ele não gostava que fosse chamado, depois ele pacientemente me explicou que tinha sido homem que fala aos homens em nome de Deus. Mais uma vez veio a recordação de Bá que o que vem de Deus é bom chocolate, bom doce.
Mamãe Bá adorava com o nome de mama, madre.
Lá em casa havia um grande jardim. Muitos passarinhos vinham cantar em minha janela. Sempre eu pedia ao papa que ele não esquecesse do milho dos meus pequenos amiguinhos.
Papa raramente os esquecia. E falava: " Victória, minha filhinha, trouxe o alimento de seus amiguinhos".
Antes de dormi, deixava os milhozinhos à janela.
O sol nascia em frente de meu quarto, eu me acordava com os cantores do amanhecer.